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Estado de Minas

Agricultura lidera empregos no pa�s

Quase a metade das vagas de trabalho criadas no campo desde o in�cio do ano no pa�s foi gerada pela atividade agr�cola de Minas. Das 117 mil nos estados, 49 mil sa�ram daqui


postado em 24/07/2017 06:00 / atualizado em 24/07/2017 08:04

Colheita de café aumentou demanda por mão de obra, com mais de 100 mil postos criados, mas variações de preços preocupam produtores mineiros(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Colheita de caf� aumentou demanda por m�o de obra, com mais de 100 mil postos criados, mas varia��es de pre�os preocupam produtores mineiros (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

A agricultura mineira foi respons�vel por quase metade das vagas de trabalho criadas no campo em todo o pa�s desde o in�cio do ano. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), entre janeiro e junho, a varia��o de vagas de trabalho criadas e fechadas no Brasil foi positiva, com 117 mil vagas abertas.

Deste saldo total, 49 mil vagas foram criadas em Minas Gerais. A forte demanda por m�o de obra foi puxada principalmente pela colheita do caf�, com mais de 10 mil postos criados, mas produtores mineiros alertam que varia��es do pre�o e instabilidade no mercado internacional continuam preocupando e impedem proje��es otimistas.

Em junho, Minas fechou o m�s com o saldo positivo de 17,1 mil novos postos, melhor resultado entre todos os estados brasileiros. Em maio a varia��o positiva foi ainda maior no estado, com 18,7 mil novas vagas.

“As caracter�sticas de nosso relevo montanhoso propiciam a necessidade de m�o de obra, uma vez que n�o � poss�vel o uso da colheita mecanizada. O agroneg�cio vem sustentando e garantindo bons n�meros para a economia do estado nos �ltimos anos”, explica Aline Veloso, coordenadora da assessoria t�cnica da Federa��o de Agricultura e Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg).

A colheita da safra do caf�, que come�a em abril e vai at� agosto, foi apontada como principal motivo dos n�meros positivos na cria��o de empregos. Milhares de trabalhadores de v�rias de regi�es de Minas e de outros estados s�o chamados para trabalhar nas fazendas produtoras durante o per�odo.

“O impacto da sazonalidade de algumas lavouras fez a diferen�a nos �ltimos levantamentos do Caged. Desde abril tivemos a expans�o do emprego. E tamb�m se destacaram outras culturas tempor�rias, como o tomate, ab�bora e a batata”, diz Aline.

O produtor Beto Proc�pio, de Santa Rita do Sapuca�, no Sul de Minas, avalia que a boa temporada de chuvas no in�cio do ano e a estiagem nos �ltimos meses contribu�ram para uma boa safra no estado. Sua fazenda que tem normalmente 20 funcion�rios est� hoje com 65 trabalhadores. No entanto, ele v� com preocupa��o a queda do pre�o do caf� no mercado internacional, que podem desvalorizar muito a arrecada��o.

“De maio a setembro a colheita funciona a todo vapor e as propriedades do Sul de Minas t�m o n�mero de trabalhadores triplicado ou quadruplicado. Este ano a colheita foi boa, mas o neg�cio da cafeicultura est� preocupante pela queda do valor generalizado das commodities. Os pre�os praticados quase n�o cobrem mais os custos da produ��o”, conta Proc�pio, que produz caf� h� mais de 30 anos.

Crise descolada da agricultura


Para Mario Guilherme, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Guaxup�, a crise econ�mica enfrentada pelo pa�s est� descolada da agricultura, mas o baixo rendimento da produ��o serve de alerta para que o poder p�blico se preocupe com pol�ticas para o setor se manter forte e competitivo.

“Nos �ltimos anos � o setor da agropecu�ria que tem conseguido oferecer um suspiro para a economia brasileira. Tivemos anos muito bons, por exemplo, na produ��o do caf�, e os produtores ainda est�o tentando capitalizar esse momento”, avalia Mario. Segundo ele, a colheita do caf� j� est� em fase final e os produtores entram agora em fase da varri��o do caf� que ficou no ch�o.

A partir de agosto e setembro, a m�o de obra contratada para a colheita do meio do ano come�a a ser dispensada e os n�meros de cria��es de vagas de trabalho podem cair.

“Neste per�odo � muito comum receber trabalhadores das regi�es urbanas, que v�o para o campo aproveitar as oportunidades de trabalho. Hoje a maior parte da m�o de obra � qualificada e bem treinada. Muitos migram para outras regi�es em diferentes �pocas do ano de acordo com as safras de cada esta��o”, afirma Mario Guilherme.


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