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Estado de Minas

Mel brasileiro se destaca nos mercados europeu e norte-americano

Setor ap�cola nacional faturou mais de R$ 470 milh�es em 2016. Segundo o IBGE, as exporta��es superaram 24 mil toneladas, com boa aceita��o, principalmente, na Europa


postado em 22/01/2018 06:00 / atualizado em 22/01/2018 08:28

O mel também é usado em cosméticos como cremes, hidratantes e máscaras faciais(foto: Divulgacao/EMATER )
O mel tamb�m � usado em cosm�ticos como cremes, hidratantes e m�scaras faciais (foto: Divulgacao/EMATER )

O setor ap�cola vem registrando crescimento na produ��o e exporta��o de mel e derivados. A pr�polis verde, produzida somente em Minas Gerais, chega a atingir mais de US$ 100 por quilo, enquanto o mel in natura recebe, em m�dia, US$ 4 por quilo. O produto j� tem certifica��o de indica��o geogr�fica, e em breve contar� com um selo de garantia da origem e qualidade. Em 2016, o setor faturou mais de R$ 470 milh�es. O pa�s exportou, naquele ano, segundo o Instituto Brasileiro de Estat�stica e Geografia (IBGE), mais de 24 mil toneladas.

Pr�polis verde tem origem na flora��o do alecrim-do-campo, nativo em regi�es de minera��o de ferro. A produ��o tem a ver com altitude, temperatura e tipos de abelhas. Muito comum no Sul, Zona da Mata e parte de S�o Paulo.

O mel brasileiro e seus derivados s�o considerados entre os mais puros do mundo e t�m grande aceita��o nos mercados europeu e norte-americano. “O mel brasileiro � org�nico e um dos melhores do mundo, pela alta qualidade”, atesta Andresa Aparecida Berretta, vice-presidente da Associa��o Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel).

Nos Estados Unidos, o maior produtor e um dos maiores consumidores do mundo, o mel agregado (misturado com xarope de milho ou de cana) passou a sofrer restri��es. Laborat�rios na Alemanha, outro pa�s de grande consumo, desenvolveram tecnologia para detectar essas misturas. Entretanto, a China desenvolveu um xarope de arroz n�o detectado pelos laborat�rios germ�nicos, provocando restri��es ao produto de origem asi�tica.

“O mel � um alimento, mas no Brasil � considerado rem�dio”, reconhece Cristiano Carvalho, presidente da Cooperativa Nacional de Apicultores (Conap). Enquanto cada europeu consome 1,5 quilo per capta, entre os brasileiros o consumo n�o ultrapassa 100 gramas. Mais conhecido in natura, ele tamb�m � utilizado na ind�stria de cosm�ticos, com variedade de produtos, cremes, hidratantes e m�scaras faciais, entre outros. Muitos pa�ses europeus, segundo Cristiano, compram o mel brasileiro e agregam a produtos inferiores de outras na��es, para ganhar volume e diminuir os pre�os. A mistura n�o � aceita pelos mercados europeus.

GOURMET

Nas mesas brasileiras, o mel gourmet come�a a ganhar espa�o, assim como o vinho e a cerveja. Os grandes chefs de cozinha j� introduzem em seus card�pios a harmonia de cada tipo de mel com pratos espec�ficos. “O mercado hoje pede mel monofloral espec�fico, como de assa-peixe, muito comum em nossa regi�o, eucalipto ou mesmo aroeira, produzido no Norte de Minas, mais escuro e menos atrativo, mas com bom pre�o no mercado medicinal”, explica Get�lio Ferreira de Oliveira, t�cnico agr�cola e produtor de mel e pr�polis. O mel silvestre � um mix de flora��es diversas.

J� o mel composto ainda tem consumo incipiente, como os de extrato de rom�, guaco, plantas medicinais, mas tamb�m utilizado em cozinhas sofisticadas. Outros s�o sazonais e de plantas com floradas r�pidas, que exigem manejo mais espec�fico, como o caf� e a jabuticaba. Segundo o presidente da Conap, a validade do mel � infinita. Em temperatura ideal e umidade abaixo de 20%, ele pode durar por s�culos.

O maior entrave est� na perda de colmeias proporcionadas pelo uso de agrot�xicos, monoculturas em grandes extens�es, provocando algumas doen�as e, algumas vezes, dizimando as colmeias. “A cultura de soja, por exemplo, se d� em grandes extens�es. As abelhas visitam as plantas rasteiras que nascem nessas planta��es e acabam levando agrot�xico, que contaminam as comunidades de insetos”, explica Get�lio. Segundo Cristiano, o n�mero de abelhas nos Estados Unidos � a metade da �poca da Segunda Guerra Mundial, na d�cada de 1940.


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