
Em Minas Gerais, a fabrica��o de farinha se concentra nas regi�es Norte e Tri�ngulo, j� a f�cula (polvilho) � mais comum ao Sul, em Concei��o dos Ouros e Cachoeira de Minas, que tamb�m produz a mandioca industrial. J� na ind�stria de panifica��o, de acordo com S�rgio Br�s Regina, coordenador de Culturas da Empresa de Assist�ncia T�cnica e Extens�o Rural do Estado Minas Gerais (Emater-MG), falta maior conhecimento das vantagens de utiliza��o do produto: “A ind�stria de panifica��o poderia aproveitar mais a mandioca em rela��o ao trigo. Cultivo barato, de alto valor alimentar, com excelentes propriedades nutricionais. E � uma planta estrat�gica uma vez que o trigo � cultura de inverno, exige muita tecnologia, em grande, parte � importado. O polvilho e as farinhas poderiam ser mais utilizados na panifica��o, melhorando a renda da agricultura familiar”.
O cultivo da raiz r�stica enfrenta diversidades clim�ticas em Minas, entre o frio do sul e o calor do Norte do estado, resiste bem � seca, uma vez que n�o necessita de muita �gua e n�o depende de mutos defensivos ou nutrientes qu�micos. Em sistemas de monocultura e em �reas mais extensas, h� a necessidade de controle de algumas pragas, como no caso do percevejo e do mandrov� (uma lagarta) origin�ria de mariposa que come as folhas. Grande parte da produ��o � org�nica, no caso da esp�cie de mesa, e por ser produto sem valor agregado, esses cultivos n�o s�o certificados.

BOAS PROPRIEDADES A mandioca Manihot esculenta (g�nero), tem vari�veis, mas a que consumimos tem o centro de origem de diversidade na Am�rica do Sul, principalmente no Brasil, de onde na �poca das grandes navega��es foi distribu�da para todo o mundo, explica Georgeton Soares Ribeiro Silveira, coordenador de Olericultura da Emater-MG. Entre suas propriedades abriga dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose que fazem a glicose ser liberada mais lentamente para o corpo evitando aumento de a��car no sangue, e poupa o p�ncreas de trabalhos exaustivos, reduzindo o risco de diabetes tipo 2. Al�m do carboidrato, possui fibras, vitamina C e minerais como o pot�ssio, o magn�sio e o c�lcio. Pesquisadores utilizam o cruzamento de variedades real�ando a presen�a de carotenoides que protegem contra o envelhecimento.
Georgeton explica que a Embrapa Cerrados, com sede em Bras�lia-DF, por interm�dio do seu pesquisador, Josefino Fialho, trabalhou algumas cultivares de mandioca para mesa e ind�stria. “Entre as cultivares para mesa foram lan�adas aquelas denominadas biofortificadas. A cultivar biofortificada possui na sua composi��o algum tipo de enriquecimento nutricional, que no caso destas cultivares � rica em carotenoides, que denota a cor amarela na polpa, precursores de vitamina A. Em outra cultivar houve o enriquecimento com licopeno que previne o c�ncer de pr�stata”.
PREPARATIVOS Para o plantio, Georgeton Silveira recomenda avalia��o t�cnica de adapta��o para verificar o n�vel de produtividade e resist�ncia a pragas e doen�as. O terreno escolhido para o cultivo dever� ter uma declividade inferior a 5% para evitar o processo erosivo. Para que haja um bom desenvolvimento das ra�zes o solo dever� ser de textura m�dia facilitando a colheita. “Mesmo sendo uma planta r�stica, para que haja um maior aproveitamento da capacidade produtiva, � necess�rio avaliar a capacidade nutricional do solo por meio da an�lise de solo e assim fazer as corre��es necess�rias para o suporte da cultura.”
A propaga��o ou multiplica��o da planta � feita de forma vegetativa, atrav�s da divis�o do caule da planta, chamada de maniva (muda), seccionando em tamanhos de aproximadamente 20 cm e fazendo o plantio na cova ou sulco. Para mandioca de mesa o tempo de colheita dever� ser de 8 a 12 meses, j� a mandioca para ind�stria para que haja um maior ac�mulo de mat�ria seca, dever� ser de 14 a 16 meses.
O cultivo deve ocorrer, em regi�es onde n�o h� irriga��o, no in�cio do per�odo chuvoso. Caso haja possibilidade de irrigar, em regi�es onde as temperaturas estejam entre 20 graus Celsius a 27 graus, o plantio poder� ocorrer durante o ano todo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGER), o Par� � o maior produtor, seguidos do Paran� e Bahia. Minas Gerais cultiva 85 mil hectares entre mesa e industrial, uma m�dia de 844 mil toneladas de mandioca por ano. A produtividade m�dia � em torno 14 toneladas por hectare.
IDENTIFICA��O DE ANIMAIS O Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa) publicou na sexta-feira instru��o normativa que cria o Banco Central de Dados de Identifica��o Animal para todas as esp�cies. Os dados ser�o padronizados conforme as normas internacionais e cada c�digo de identifica��o de animais ser� formado pelo n�mero 076 (c�digo ISO Brasil), seguido por uma sequ�ncia exclusiva de 12 d�gitos num�ricos. Com isso, quando um bovino, por exemplo, for exportado e estiver no novo sistema, o c�digo 076 ser� visualizado em elemento externo (brinco) ou pela leitura eletr�nica de dispositivo implantado (chip). O dispositivo de radiofrequ�ncia pode ser lido em qualquer pa�s do mundo, n�o havendo necessidade de reidentifica��o em outros sistemas existentes. O banco far� parte do m�dulo rastreabilidade da Plataforma de Gest�o Agropecu�ria (PGA). Segundo o secret�rio de Defesa Agropecu�ria, Luis Rangel, a ades�o ao banco de dados � opcional. O benef�cio para o produtor ser� a possibilidade de ter seus animais identificados conforme as exig�ncias internacionais, em uma plataforma p�blica.
