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Estado de Minas

O inc�modo refluxo

Entre azia, m� digest�o e queima��o na garganta, 20 milh�es de brasileiros sofrem com os sintomas da doen�a. Especialistas indicam principais exames e dicas de tratamentos


10/03/2019 05:05

O médico gastroenterologista Mauro Jacome acompanha o paciente José Maurício Aburachid, que se sente melhor a cada dia
O m�dico gastroenterologista Mauro Jacome acompanha o paciente Jos� Maur�cio Aburachid, que se sente melhor a cada dia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)


Doen�a cr�nica recidivante e caracterizada por sintomas decorrentes do retorno das secre��es, gases ou alimentos do est�mago para o es�fago e a garganta, o refluxo ataca milh�es de pessoas em todo o mundo, sendo que, no Brasil, atinge cerca de 12% da popula��o. Entre azia, m� digest�o e inc�modos na garganta, 20 milh�es de brasileiros sofrem com os sintomas dessa doen�a. Segundo o cirurgi�o-geral Mauro Jacome, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparasc�pica, da Federa��o Brasileira de Gastroenterologia, e diretor t�cnico da Cronos Medicina Diagn�stica, o diagn�stico � cl�nico e por proped�utica complementar.

Os principais exames, diz ele, s�o a endoscopia digestiva alta, a phmetria esof�gica (monitoriza��o do potencial hidrogeni�nico intraesof�gico, ou seja, medi��o da presen�a de pH �cido dentro do es�fago. Impedanciophmetria (m�todo que detecta e classifica o refluxo), manometria (medi��o das press�es dos fluidos ou t�cnica de realiz�-la) de alta resolu��o esof�gica e o estudo radiol�gico de es�fago, est�mago e duodeno.

O gastroenterologista tranquiliza aos que sofrem de refluxo, afirmando que h� tratamento para a doen�a. “Uma vez diagnosticado, o refluxo patol�gico deve ser tratado. Os tratamentos s�o bem preconizados por consensos m�dicos mundiais de refluxo. Sempre iniciamos com adequa��es diet�ticas e de h�bitos. Esse � o principal ato terap�utico. Al�m disso, o m�dico pode incluir o uso de medicamentos. Na maioria das vezes, o tratamento medicamentoso d� �timos resultados, mas o paciente pode necessitar do uso constante, sob vigil�ncia e acompanhamento m�dico”, afirma.

“Nesses casos, pode ser melhor para o paciente realizar procedimento cir�rgico videolaparosc�pico ou quando indicado e o paciente n�o desejar operar, ele pode se submeter ao tratamento endosc�pico do refluxo por radiofrequ�ncia (Stretta). O empres�rio Jos� Maur�cio Aburachid, de 57 anos, sentia muita queima��o no es�fago e na garganta, al�m de uma pequena secre��o gelatinosa e constante chegando � l�ngua. “O procedimento durou cerca de uma hora, com anestesia geral. � totalmente indolor. N�o se percebe praticamente nenhum inc�modo nem durante, nem depois.”

Ele conta que voltou para casa no mesmo dia, cerca de seis horas depois do tratamento. “A recupera��o � gradual, por�m j� tenho sentido imensas melhoras com rela��o ao refluxo.” Ele diz que ainda n�o est� curado. “A promessa para que o paciente n�o sinta mais nenhum sintoma � de 60 a 90 dias, mas sinto melhora a cada dia”, garante o empres�rio. “As secre��es gelatinosas desapareceram por completo.”


CLASSIFICA��ES
O especialista ressalta que o refluxo pode subdividir em v�rias classifica��es ou tipos, mas as mais comuns dizem respeito � normalidade ou n�o, uma vez que todos podem ter um certo grau, sem ser considerado doen�a (fisiol�gico ou patol�gico). O refluxo pode ser prim�rio ou secund�rio (ser pr�prio de uma condi��o de doen�a do es�fago ou do est�mago, ou causado por anormalidade de uma doen�a em outro �rg�o, provocando refluxo (por exemplo, doen�as musculares autoimunes e obesidade, entre outras). � em rela��o � posi��o do corpo que predominam os refluxos: ortost�tica (em p�) ou dec�bito (deitado).

Ele explica que o refluxo, em geral, est� associado a v�rios fatores. “O mais comum � o mau funcionamento de uma v�lvula muscular autom�tica de conten��o, chamada de esf�ncter inferior do es�fago, que todos n�s temos. Ela se localiza entre o es�fago e o est�mago. Nesse caso, o paciente n�o consegue reter o conte�do g�strico no est�mago e este reflui para o es�fago e a faringe. A obesidade tamb�m � causa importante, assim como determinados alimentos, medicamentos e h�bitos, como o tabagismo, deitar ap�s as refei��es e tamb�m comer muita quantidade por refei��o”, alerta o especialista.

Mauro esclarece que o sintoma mais comum � ter pirose, uma queima��o na regi�o do est�mago, que sobe para o centro do peito e para a garganta. “O paciente tamb�m pode sentir regurgita��o dos alimentos ou secre��es para o peito ou garganta, eructa��es (arrotos), pigarro, tosse, rouquid�o, sensa��o de garganta ardendo, chieira, infec��es de repeti��o de pulm�o, faringe ou ouvidos. Existem sintomas mais graves, como hemorragia digestiva e dificuldade para engolir alimentos. Algumas vezes, o refluxo noturno pode determinar sintomas importantes, como engasgos e apneia noturna.”

O m�dico ressalta que pode haver, em alguns casos, complica��es graves, como desnutri��o por dificuldade de engolir, hemorragias com anemia, pneumonias, laringites e sinusites. Algumas vezes, o refluxo pode estar relacionado com o c�ncer do es�fago terminal (adenocarcinoma do es�fago). Em geral, o refluxo � cong�nito ou determinado por modifica��es na composi��o corporal, principalmente obesidade, ou determinado pelos maus h�bitos alimentares e de vida adquiridos.”

Comendo sem sofrimento
Cuidado com os pratos muito cheios. Coma menos e mais vezes
Evite a ingest�o excessiva de l�quidos durante as refei��es
Depois de comer, espere at� duas horas para se jogar na cama
Durma com a cabeceira mais elevada (dois travesseiros funcionam bem)


Alimentos inimigos do refluxo
Caf�, chocolate e ch�
A cafe�na irrita a mucosa estomacal j� inflamada e contribui para o afrouxamento da v�lvula do es�fago

Gordurosos
Embutidos, frituras e algumas carnes diminuem o esvaziamento g�strico, al�m de irritar e desequilibrar o pH do est�mago

C�tricos
H� controv�rsias se causam ou n�o acidez. Mas n�o custa moderar ao consumir laranja, lim�o abacaxi e afins

�lcool
Leva � produ��o de �cidos e ao relaxamento do esf�ncter esof�gico. Diante disso, a comida volta

Picantes
Provocam acidez e agridem a mucosa do est�mago. Pimentas mais fracas podem ser consumidas uma vez ou outra


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