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Estado de Minas SA�DE

Impacto do isolamento na qualidade do sono

Ansiedade provocada pelo coronav�rus desregula o rel�gio biol�gico e pode comprometer o sistema imunol�gico, fundamental para conter infec��es. Alguns cuidados s�o essenciais


21/06/2020 04:00

(foto: Divulgação )
(foto: Divulga��o )

Estudo realizado pela rede I wanna sleep com mil pessoas aponta que o isolamento social provocou piora na qualidade de vida para 45% delas. Dado este que, ao longo da pesquisa, pode ser associado ao sono, visto que, aproximadamente, 63% das pessoas afirmaram que cochilam mais ao longo do dia e 48% revelaram que est�o mais pregui�osas.

Al�m disso, 36% dos entrevistados relataram ter aumentado, em m�dia, em duas horas o tempo de dura��o do sono. Para Rafael Moura, fundador e CEO da I wanna sleep – retail tech focada em sono e relaxamento –, e desenvolvedor da pesquisa, este � um reflexo do atual cen�rio da pandemia.

“Nunca vivemos um momento como este, portanto, � natural que cada pessoa viva de uma forma. H� os que ficam mais pregui�osos, os que ficam mais ativos, os que dormem mais, os que dormem menos etc. O fato de estarmos em casa e distantes f�sica e socialmente tamb�m afeta nosso humor, o que pode influenciar diretamente no sono e bem-estar”, diz.

A pesquisadora em direito Mariana Bicalho, de 29 anos, destaca que, ap�s o in�cio do isolamento social, a dificuldade de dormir a afetou. “Acredito que, por passar muito tempo na frente do computador, al�m da ansiedade e do estresse provenientes do momento, tenho mais dificuldade para dormir. O que tem feito com que algumas altera��es de hor�rio na minha rotina sejam feitas, e que dores de cabe�a e no pesco�o apare�am.”

De acordo com Dirceu de Campos Valladares, especialista e psiquiatra com �rea de atua��o em medicina do sono, diretor da Cl�nica do Sono e da Funda��o Nacional do Sono (Fundasono), diversos fatores, internos e externos, podem influenciar na qualidade do sono, como no caso de Mariana.

“A quantidade de sono geralmente diminui e se torna mais fragmentada � medida que envelhecemos.” Entre os fatores que afetam o sono est�o o estresse e muitas condi��es m�dicas, especialmente aquelas que causam dor cr�nica e/ou outro desconforto. “Fatores externos, como o que comemos e bebemos, os medicamentos que tomamos e o ambiente em que dormimos, tamb�m podem afetar muito a quantidade e a qualidade do sono. Em geral, todos esses fatores tendem a aumentar o n�mero de despertares e limitar o sono profundo”, explica.

COVID-19  
 
(foto: Divulgação )
(foto: Divulga��o )
 
 
 

Fatores externos, como o que comemos e bebemos, os medicamentos que tomamos e o ambiente em que dormimos, tamb�m podem afetar muito a quantidade e a qualidade do sono”


Dirceu de Campos Valladares, 
especialista e psiquiatra com �rea de atua��o em medicina do sono, diretor da Cl�nica do Sono e da Funda��o Nacional do Sono (Fundasono)
 
 
 
Em meio � pandemia, o especialista ressalta que o momento tende a proporcionar uma esp�cie de reviravolta comportamental no indiv�duo, o que tem rela��o direta com a novidade do cen�rio atual correlacionada ao medo, mudan�a abrupta na rotina, dificuldade econ�mica e com o pr�prio isolamento social, a considerar que este, segundo Valladares, fere os instintos b�sicos de sociabilidade do ser humano.

“Ansiedade, quando excessiva, corr�i o bem-estar, a clareza no pensar, e torna as pessoas mais irritadi�as, dificultando os relacionamentos e tomadas de decis�o. Ao se sentir incapaz de gerenciamento do estado ansioso, deve-se contar com o apoio psiqui�trico e psicol�gico, agentes facilitadores pr�-desempenho”, destaca.

Neste contexto, o transtorno de ansiedade pode comprometer a qualidade do sono, visto que a ins�nia pode ser um dos sintomas a afetar o indiv�duo caracterizado com quadro ansioso. O sistema imunol�gico tamb�m pode ser afetado.

“Apesar de n�o existirem pesquisas destinadas � rela��o da doen�a causada pelo novo coronav�rus com a imunidade, � fato que o corpo das pessoas que dormem menos tem o sistema imunit�rio comprometido. Alguns estudos ilustram esse aspecto, um deles aponta que pessoas que t�m horas de sono reduzidas apresentam mais risco de infec��o pelo v�rus influenza, com risco aumentado em torno de duas ou tr�s vezes quando comparado com pessoas que dormem sete horas ou mais por noite.”

Portanto, para Valladares, os cuidados se tornam essenciais nesta fase, como m�todos de educa��o mental, a fim de reduzir o estresse, manter rotinas, com hor�rio para in�cio e t�rmino de atividades, bem como para dormir e acordar, e exerc�cio f�sicos.

*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram




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