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Estado de Minas Outubro Rosa

C�ncer de mama e colo de �tero: h�bitos saud�veis contam nesta luta

Campanha "Quanto antes melhor" destaca cuidados na preven��o do c�ncer de mama e de colo de �tero ligados a condutas e alimenta��o, al�m da pr�tica constante de exerc�cio f�sico


04/10/2020 04:00 - atualizado 04/10/2020 10:50

Cerca de 66 mil novos casos de c�ncer de mama entre mulheres s�o esperados neste ano, de acordo com o Instituto Nacional do C�ncer (Inca). N�o h� estimativa da incid�ncia entre homens. Dados do Instituto Oncoguia indicam que uma a cada mil pessoas do sexo masculino s�o acometidas por essa forma de manifesta��o da doen�a. Segundo informa��es disponibilizadas pelo Inca, s� em 2018 foram registrados 17.763 �bitos em consequ�ncia do c�ncer de mama no pa�s, dos quais 189 acometeram homens.

Quanto ao c�ncer de colo de �tero, ainda com base na estat�sticas levantadas pelo Inca, surgem, aproximadamente, 570 mil novos casos por ano no mundo, sendo este o quarto tipo de c�ncer mais comum entre as mulheres e respons�vel por 311 mil mortes ao ano. No Brasil, em 2020, s�o esperados 16.710 novos casos, com risco estimado de cerca de 15 casos a cada 100 mil mulheres.

Por isso, a presidente da regional mineira da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM-MG), Annamaria Massahud, destaca a import�ncia de que o rastreamento e o diagn�stico da doen�a sejam feitos o quanto antes, a fim de otimizar as chances de tratamento e cura. “A cura do c�ncer de mama depende do est�gio da doen�a ao ser tratada, das caracter�sticas das c�lulas neopl�sicas malignas (c�lulas do c�ncer) e da resposta individual do paciente contra a doen�a”, diz.

Por�m, a especialista observa que, com a descoberta de medicamentos mais eficazes contra a doen�a, o acesso a essas drogas tamb�m passa a interferir na chance de cura, apresentando dados promissores. “Nos est�gios precoces, com doen�a localizada na mama, a chance de cura � pr�xima de 99% em cinco anos, e quando a doen�a est� presente nos linfonodos axilares essa chance reduz para 85%. Entretanto, na doen�a metast�tica, essa probabilidade cai para cerca de 30%.”

S�o alertas essenciais neste m�s, que contempla a campanha Outubro Rosa, movimento internacional de conscientiza��o sobre o controle dos c�nceres de mama e de colo do �tero. A falta de informa��o sobre a doen�a e as dificuldades de acesso das mulheres aos m�todos diagn�sticos e ao tratamento adequado e oportuno resultam na chegada das pacientes aos consult�rios com est�gios mais avan�ados do c�ncer. Isso leva � piora do progn�stico. Por isso, as chances de cura dependem direta e indiretamente de conscientiza��o e cuidado.

“Exame de rastreamento � aquele usado para pessoas sem sintomas. Ele deve ser sens�vel o suficiente para detectar a les�o antes de apresentar-se clinicamente e determinar um tratamento precoce que demonstre ser mais eficiente do que ap�s a doen�a j� estar demonstrando sinais e sintomas”, explica Annamaria Massahud. A mamografia � considerada o exame ideal para o rastreamento do c�ncer de mama.

O exame impacta na redu��o da mortalidade e na morbidade, ou seja, as mulheres sem sintomas que fazem a mamografia t�m menores chances de morrer de c�ncer de mama e, tamb�m, maiores possibilidades de ter um tratamento menos agressivo e se recuperar melhor. “O rastreamento mamogr�fico reduz a mortalidade por c�ncer de mama em 15%. O risco de c�ncer induzido pela radia��o da mamografia � m�nimo, muito menor do que os benef�cios que o exame confere para a coletividade”, pontua a presidente do SBM-MG.

A periodicidade padr�o, segundo a especialista, � anual entre os 40 e os 74 anos. A partir dos 75, esse exame deve ser reservado �quelas pessoas com expectativa de vida superior a sete anos. Para mulheres com alto risco de c�ncer heredit�rio, que foram submetidas � radioterapia tor�cica antes dos 30 anos ou t�m somat�ria de risco de c�ncer de mama maior que 20%, o in�cio desse rastreamento deve ocorrer mais cedo: entre os 25 e os 30 anos.

O rastreamento de c�ncer de colo de �tero � feito anualmente, por meio do exame Papanicolau, que embora n�o seja o ideal para diagnosticar a doen�a, � feito como forma de preven��o. Ou seja, em caso de anormalidade, demais exames dever�o ser realizados para determinar a presen�a de um c�ncer ou uma les�o pr�-cancer�gena. Esses exames incluem a colposcopia, raspagem endocervical e bi�psias.

O que interfere?  


O consumo de �lcool � o fator relacionado ao estilo de vida mais consistentemente associado ao aumento do risco de surgimento do c�ncer de mama. “Pode elevar os n�veis de estrog�nio por meio de v�rios mecanismos biol�gicos, inclusive por promover a atividade da enzima aromatase, que converte androg�nios em estrog�nios nos tecidos perif�ricos, o que, por sua vez, pode aumentar o risco de c�ncer de mama, particularmente para c�nceres dependentes de horm�nio”, explica Annamaria Massahud.

Contudo, outros h�bitos influenciam no aparecimento da doen�a, como o sedentarismo e o tipo de alimenta��o. Segundo a presidente da SBM-MG, a estimativa � de que alimenta��o, nutri��o e atividade f�sica proporcionem, juntas, redu��o de 30% do risco de desenvolvimento do c�ncer de mama.

“A preven��o do c�ncer de mama de forma n�o invasiva ou farmacol�gica pode e deve ser realizada por meio da ado��o de h�bitos saud�veis, como praticar atividade f�sica, alimentar-se de forma saud�vel, com menor teor de gordura na dieta e maior ingest�o de frutas e vegetais, manter o peso adequado, evitar o consumo de bebidas alco�licas e, tamb�m, o tabagismo”, afirma. Essas pr�ticas n�o s� promovem o bem-estar, como melhoram o metabolismo de alguns horm�nios relacionados com o c�ncer de mama, o que pode evitar e at� melhorar o quadro de uma paciente com a doen�a.

Outras a��es tamb�m podem ser tomadas para se reduzir o risco de contrair esses tipos de c�ncer. Entre elas est�o prolongar a amamenta��o dos filhos e evitar o uso de horm�nios sint�ticos, como os dos anticoncepcionais e de terapias hormonais da menopausa.
 

Autoexame

  
O autoexame � recomendado como autoconhecimento e n�o mais como instru��o formal para reduzir a ansiedade da mulher que, ao palpar altera��es usuais das mamas, pode imaginar que sejam anomalias ou c�ncer. No entanto, no Brasil, onde 70% dos casos t�m diagn�stico em est�gio avan�ado, o autoconhecimento e a informa��o sobre a doen�a podem fazer com que esse percentual se reduza. Por isso, n�o use a palpa��o das mamas como forma de autoexame, mas sim como autoconhecimento, sem t�cnicas pr�-estabelecidas.


 
ATEN��O AOS SINAIS 
Procure um m�dico em caso de apresentar algum desses sintomas:

» Dor p�lvica ou press�o abaixo do umbigo
» Incha�o abdominal e flatul�ncia
» Dores intensas e persistentes na parte inferior das costas
» Sangramento vaginal anormal
» Febre com dura��o superior a 7 dias
» Dores de est�mago ou altera��es intestinais
» Perda de peso equivalente a 10 quilos ou mais, sem que esteja fazendo dieta
» Anormalidades na vulva e na vagina, como feridas, bolhas ou altera��o de cor
» Altera��es na mama, como dor, secre��o, n�dulos, vermelhid�o ou incha�o
» Fadiga, que, embora seja comum em diversas outras doen�as, pode ser mais frequente nos casos de c�ncer em est�gio avan�ado

Fonte: Oncoguia

Uma experi�ncia de for�a e amor


M�rcia Maria Rangel, de 46 anos, recebeu em 2015 o diagn�stico de c�ncer de mama, por meio da mamografia. Posteriormente, a doen�a foi confirmada em bi�psia, ainda no est�gio inicial, o que propiciou, nas palavras de M�rcia, a��o muito r�pida, com a retirada parcial da mama esquerda e o prosseguimento do tratamento com quimioterapia, radioterapia e medica��o oral. Hoje, curada, a dona de casa relembra os momentos desafiadores que passou durante o processo de enfrentamento da doen�a.

“Encarei tudo com muita f� e coragem, na certeza de que aquilo ali era um momento dif�cil, e que tudo iria voltar � harmonia. E essa f� na vida e em Deus foi determinante, porque, assim, tive certeza de que n�o estava s�.” O apoio da fam�lia – marido, filhos e m�e – e dos amigos tamb�m foi crucial para M�rcia.

Ela considera que viveu, com eles uma experi�ncia de for�a e amor. “Durante os nove meses em que fiquei em tratamento cont�nuo, foram eles que ajudaram a me manter firme, fazendo o que gosto, curtindo a vida e sendo feliz”. M�rcia afirma ter encarado a fase mais dif�cil da vida da melhor maneira poss�vel e com serenidade.

Neste Outubro Rosa, para conscientizar as pessoas sobre a preven��o do c�ncer de mama e de colo de �tero, a Sociedade Brasileira de Mastologia criou a campanha “Quanto antes melhor”, que visa refor�ar o autocuidado. O enfoque na preven��o destaca a import�ncia de atividades f�sicas e h�bitos de vida saud�veis, al�m de enfatizar o diagn�stico precoce, o tratamento oportuno e o que pode ser feito para evitar sequelas da doen�a e de seu controle.

“� uma campanha de valoriza��o da vida. Para ela, convidamos todos, seja de forma virtual, por meio de amigos e influenciadores digitais, seja presencial, pelos amigos e parentes, a incentivar cada um de seus pares a se cuidar”, diz Annamaria Massahud. A proposta � disseminar conhecimento e incentivar a aten��o com o cuidado das mamas e do colo de �tero, sem medo. “Quanto antes houver um cuidado maior com a sa�de, melhor ser� o benef�cio.”

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Marta Vieira


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