
Levando as guloseimas para vender nas ruas de Del Castilho, bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro, a inten��o � conseguir dinheiro para custear a viagem a S�o Louren�o, no interior de Minas Gerais, e se inscrever no torneio infantojuvenil que ocorre em dezembro.
A m�e do jovem perdeu o emprego antes da pandemia e o pai est� com o sal�rio atrasado. Fellype pediu a ela para fazer os docinhos para que, com o dinheiro das vendas, pudesse arcar com a inscri��o no campeonato, passagem, hospedagem e alimenta��o. Brigadeiro, pa�oca, cajuzinho e leite ninho s�o os quitutes que podem ajud�-lo a ser ouro no Mundial em Minas.
"O jiu-j�tsu me ajuda a dormir e me alimentar melhor, me empenhar, me esfor�ar, ter disciplina, respeitar o pr�ximo e a lidar bem com a fam�lia. Me faz ser um adolescente melhor", declara. No intervalo sem treinos por causa da pandemia, continuou a pr�tica da luta na casa de amigos, al�m de corridas no estacionamento de um supermercado. Para ele, as medalhas t�m um sentido especial. "Me mostram que sou capaz de superar meus pr�prios limites."

Ela conta que sente muito a falta de praticar a arte marcial, e acredita que os treinos n�o ser�o reiniciados em 2020. "Converso com meus amigos pelo celular, mas n�o � a mesma coisa de estar ao seu lado, darmos risadas juntos. Ficando s� em casa, acabo comendo mais, e ganhei peso. Tamb�m achei complicado prestar aten��o nas aulas virtuais da escola."
Na equipe de v�lei do col�gio Marista Paranaense, em Curitiba, com as aulas coletivas ainda n�o permitidas, alguns atletas t�m realizado treinos individuais com professores nas pr�prias casas, e outros mant�m a forma atrav�s de atividades como corrida, pedaladas e caminhadas. O t�cnico Murilo Meira conta que, no in�cio, os alunos foram afetados pelo distanciamento social, principalmente por estar em per�odo de aprimoramento da parte f�sica. "Com o cancelamento de aulas e treinos, esse per�odo de prepara��o foi desperdi�ado e os alunos acabaram perdendo muitas competi��es", diz.
Como alternativa, a escola ofertou planilha de treinamento f�sico para que os atletas sigam com a rotina de exerc�cios, mesmo em casa. Tamb�m foram organizadas reuni�es on-line com as equipes, em que eram discutidos fundamentos do esporte, corre��es de erros e explica��es na esfera t�tica.
Alguns alunos voltaram aos treinamentos, respeitando todos os cuidados. S�o treinos individuais ou em pequenos grupos, com o uso de m�scaras por atletas e professores, e higieniza��o dos materiais com �lcool em gel. "A principal recomenda��o � que os atletas voltem dentro de suas limita��es, visto que a pausa foi maior do que o habitual nas f�rias, por exemplo. Cada atleta deve respeitar o seu tempo e o seu corpo", ensina Murilo.
VALORES

Para a adolescente, os principais aprendizados com o v�lei s�o sobre a import�ncia do trabalho em equipe, a desempenhar lideran�a e coopera��o, ajudar as outras pessoas, ter respeito, responsabilidade e autonomia. "Tem um significado para o meu pr�prio desenvolvimento enquanto ser humano", diz Maria Julia, que tamb�m adora dan�a e medita��o, n�o sabe quando voltar�o os treinos de v�lei.

Desde os 8 anos, Lucca Vieira Motta participa de competi��es de nata��o. Aos 16, celebra o convite recente para ingressar na Sele��o Brasileira de Maratona Aqu�tica, esporte que come�ou a desempenhar em 2018. Costuma treinar em piscinas e no mar, quando tem a oportunidade de ir ao litoral pr�ximo a Curitiba, onde reside. At� agora, esteve em 10 competi��es de maratona aqu�tica, figurando em segunda e terceira coloca��es em torneios nacionais e, no ano passado, foi classificado em quarto lugar no ranking brasileiro do esporte.
