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Estado de Minas DIA DA ENFERMAGEM

Enfermeiras da di�lise enfrentam luta di�ria na pandemia de COVID-19

Al�m do medo e da ang�stia, equipe de enfermagem precisa superar barreiras e assumir o front na assist�ncia de quem precisa de tratamentos na pandemia


12/05/2021 14:41 - atualizado 12/05/2021 15:09

(foto: Pixabay)

A rotina dos profissionais de sa�de mudou muito nos �ltimos meses em raz�o da pandemia de COVID-19. Nesse cen�rio, a enfermagem, respons�vel pelo tratamento de di�lise de pacientes renais cr�nicos e, tamb�m, daqueles que sofreram quadros de insufici�ncia e/ou fal�ncia renal em decorr�ncia de infec��o pelo novo coronav�rus, precisou se desdobrar em jornadas de trabalho extensas, e isso n�o s� em hospitais e CTIs COVID.  

Isso porque milhares de pacientes renais precisaram, e ainda precisam, manter os tratamentos em dia para ter qualidade de vida, mesmo expostos a contamina��o e ao medo. E alguns deles, inclusive, sem a possibilidade de dar continuidade � terapia em domic�lio. 

Nesse contexto, al�m de saber escutar, identificar as necessidades e manifestar empatia para planejar a��es de cuidado de forma sistematizada e humanizada, os profissionais de enfermagem precisaram ir al�m e enfrentar medos, ang�stias e cansa�o f�sico e mental para dar conforto e alento a quem precisa de cuidado e, principalmente, de qualidade vida.

Foram eles os respons�veis por manter os cuidados de pacientes que faziam hemodi�lise em cl�nicas, um tratamento que n�o pode jamais ser interrompido. Foram eles, tamb�m, os respons�veis pelo tratamento de di�lise em hospitais, onde a demanda pelo servi�o em UTIs foi a maior de todos os tempos com o coronav�rus levando � fal�ncia s�bita dos rins de at� 50% dos internados, al�m dos profissionais que acompanharam pacientes em suas casas para realizar di�lise domiciliar.

"H� in�meros relatos de amor, medo, ang�stia, for�a, mas acima de tudo de coragem e f�. Nossas equipes lutaram muito pela vida e s�o um grande orgulho para todos que precisaram delas.” 

� o que afirma Ana Beatriz Barra, nefrologista e diretora m�dica da Fresenius Medical Care. Regina Alves, gerente nacional de enfermagem da F�rum Mineiro de Enfermagem, concorda. Ela destaca que a enfermagem � presen�a crucial na manuten��o da vida de milhares de pessoas e afirma que o Dia da Enfermagem, comemorado nesta quarta-feira (12/5), deve ser de valoriza��o da categoria.   

“A enfermagem est� presente no dia a dia dos pacientes, cuidando e proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferen�a na vida do paciente, podendo mudar o rumo de sua hist�ria, com muita dedica��o, cuidado e amor. Celebramos nosso dia com muito orgulho”, diz. 

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) concorda. “Parabenizo a enfermagem mineira. Apesar de todas as dificuldades, esses trabalhadores n�o abandonaram a voca��o de salvar vidas. E, sim, a enfermagem de Minas Gerais pode ter certeza de que vamos represent�-la e apoi�-la em todos os pleitos justos”, diz.

Ele lembra, ainda, que a enfermagem, em todas as �reas de atua��o, tem trabalhando incansavelmente, mesmo com condi��es de trabalho n�o ideais. 

“A enfermagem tem sido fundamental no combate � pandemia da COVID-19. Assumimos riscos ao estar na linha de frente. Trabalhamos em jornadas exaustivas. Vimos colegas morrerem. Tamb�m, vimos colegas adoecerem f�sica e mentalmente por conta da exaust�o. Ainda assim, a enfermagem n�o abandonou a popula��o. E � fundamental em leitos, UTIs e, tamb�m, na imuniza��o das pessoas. Mesmo assim, n�o fomos priorizados. Por�m, nos vemos agora com esperan�a na aprova��o do PL 2.564/2020, que cria o piso nacional da enfermagem”, afirma o presidente do Coren-MG. 

NO FRONT DA DI�LISE 


Em Minas Gerais e em outros estados do Brasil, os profissionais de enfermagem que atuam no tratamento de pacientes renais cr�nicos e/ou com sequelas em raz�o da infec��o por COVID-19 relatam o misto de sensa��es em raz�o de enfrentar o front para cuidar e salvar vidas na di�lise. Veja relatos: 

(foto: Arquivo pessoal)
Endie Gomes, 41 anos, enfermeira da Fresenius Medical Care Savassi, em Belo Horizonte:
“No in�cio da pandemia, a situa��o ficou um pouco mais complicada porque n�o conhec�amos a doen�a, todo mundo ficou muito ansioso e preocupado, at� para sair de casa, pegar �nibus. Esta fase foi muito dif�cil, viver com a ang�stia da falta de informa��o � dif�cil. A partir de outubro, as coisas melhoraram, mas em janeiro tudo piorou novamente. Perdemos paciente e � terr�vel para n�s. Todo paciente quando vai embora leva um peda�o da gente e agora sou enfermeira com v�rios peda�os faltando e isso � muito dolorido. Continuo na luta pedindo pelos cuidados. Eu higienizo as m�os deles quando chegam na cl�nica, troco suas m�scaras e sempre lhes apoio dizendo que isso vai passar. Infelizmente, n�o posso abra�ar e beijar e eu amo acolher. Dou abra�os de amor. Nossa miss�o � cuidar do f�sico e do emocional e dizer estou aqui. Tenho feito isso como posso, sem tocar neles." 

(foto: Arquivo pessoal)
Anna Carolina Meira, 34 anos, enfermeira de servi�os hospitalares da Fresenius Medical Care, em Belo Horizonte:
“Ser enfermeira, para mim, � como um dom. E, nesses �ltimos meses, ser enfermeira nos servi�os hospitalares durante o momento da pandemia tem sido um grande desafio. Em um primeiro momento, tivemos que nos adaptar a todas as novas rotinas, a nossa nova forma de atender e principalmente tivemos que aprender a lidar com as nossas sensa��es, emo��es e situa��es de medo, ang�stia e anseio. Tivemos que lidar com os nossos medos e sentimentos, com os da nossa equipe e, tamb�m, de nossos pacientes. Ent�o, gerenciar essa quest�o foi muito mais dif�cil do que gerenciar a parte assistencial. E sempre tentamos transmitir uma mensagem otimista de que isso vai passar. E nesse Dia da Enfermagem � importante mostrar para a nossa equipe o quanto eles foram, e est�o sendo, her�is, realizando o trabalho com toda a maestria e qualidade que eles sabem realizar.”  

(foto: Arquivo pessoal)
Simone Novaes, 47 anos, enfermeira das cl�nicas da Fresenius Medical Care, no Rio de Janeiro:
“A pandemia foi muito dif�cil para os profissionais de sa�de. Superamos nossos limites f�sicos e mentais o todo tempo, e foi gra�as � nossa solidariedade em distribuir palavras de conforto e momentos de carinho e descontra��o que superamos tudo isso. At� mesmo momentos de leituras n�s tivemos em nossa unidade. Tivemos que vencer o medo do transporte p�blico, a tristeza de ver amigos infectados, entre outros obst�culos, mas realizamos o melhor em cada cl�nica, agradecendo sempre a Deus por cumprir com o nosso trabalho e nos trazer pessoas especiais para cuidar.” 

(foto: Arquivo pessoal)
Cristiane Cavalcante, 43 anos, enfermeira chefe da cl�nica Fresenius Medical Care Jardim, em S�o Paulo:
“Foi o ano dos maiores desafios enfrentados pelas equipes de enfermagem, num cen�rio que j� costuma ser mais delicado. Tivemos dificuldade em fazer os pacientes irem a uma unidade b�sica de sa�de para fazer a vacina��o de hepatite B. Foi ent�o que buscamos junto a estas unidades a possibilidade de as vacinas serem aplicadas dentro da cl�nica de hemodi�lise. E a ideia foi um sucesso. Vieram outras vacinas como a de gripe e pneumonia. Foi algo muito positivo para os pacientes ter esse conforto e seguran�a e tamb�m muito bom para os nossos �ndices de qualidade.” 

(foto: Arquivo pessoal)
Diana Cristina Didier, 41 anos, enfermeira da Nefrocl�nica, em Recife, Pernambuco:
“A enfermagem sempre enfrentou muitos desafios e a supera��o nos trouxe muitos aprendizados. Mesmo vivendo dias intermin�veis em situa��es nunca antes vividas, nos mantivemos ali fortes e levando esperan�a para os pacientes. Mais do que nunca demonstramos como somos essenciais para o conforto, confian�a e a cura das pessoas. Que permane�amos confiantes rumo � vit�ria e que se solidifiquem ainda mais em nossos cora��es, a confian�a, a f� e a esperan�a.” 

*Estagi�ria com a supervis�o da editora Teresa Caram 


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