O Hospital Risoleta Tolentino Neves, 100% SUS, em Belo Horizonte, come�ar� na pr�xima semana a realizar um tratamento inovador em pacientes internados com a COVID-19. O estudo usar� a oxigenoterapia hiperb�rica (OHB) como op��o terap�utica em situa��es graves com o objetivo de adiar ou mesmo evitar a necessidade de intuba��o do doente com dispneia ou hip�xia. O primeiro paciente ser� submetido ao tratamento j� na pr�xima segunda-feira (24/5).
O equipamento � concedido pela ind�stria Oxy C�maras Hiperb�ricas e � respons�vel por melhorar a oxigena��o e pode reduzir infec��es no organismo. A c�mara � de a�o e acr�lico incolor e sua abertura � vedada ap�s a entrada do paciente.
Possui televis�o para entretenimento durante a sess�o e telefone para comunica��o com a equipe externa. O diferencial � que, dentro do equipamento, o oxig�nio inalado tem 100% de pureza e a c�mara eleva a press�o atmosf�rica ao dobro da press�o ambiente.
Possui televis�o para entretenimento durante a sess�o e telefone para comunica��o com a equipe externa. O diferencial � que, dentro do equipamento, o oxig�nio inalado tem 100% de pureza e a c�mara eleva a press�o atmosf�rica ao dobro da press�o ambiente.
O Risoleta ser� o 1º hospital do Brasil a utilizar esse equipamento para pacientes internados com a COVID-19 como um complemento � terapia padr�o. A expectativa � de que esse tratamento tenha impacto positivo na libera��o de leitos e de respiradores e poss�vel redu��o das sequelas e da mortalidade associadas � doen�a.
O estudo ser� conduzido pelo m�dico coordenador da Cirurgia Vascular do Hospital, Tulio Navarro, por meio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o m�dico Marcelo Moraes, da Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp).
“S� conseguimos trazer esta pesquisa para o Risoleta gra�as ao empenho de muita gente. Na assist�ncia nossos bons resultados devem-se ao trabalho e envolvimento de uma equipe multiprofissional, que tamb�m est� inserida neste estudo. O tratamento de oxigenoterapia hiperb�rica tem foco inicial no usu�rio com COVID-19 e, mais pra frente, possibilitar� utilizarmos tamb�m para tratamento de feridas. Queremos criar no Risoleta um centro de regenera��o tecidual. Com essa pesquisa estamos de fato centrados nos benef�cios para os pacientes”, explica Tulio Navarro, autor do projeto.
O uso do equipamento ser� feito em 48 pacientes que atendem a alguns pr�-requisitos como os que est�o internados em enfermaria COVID sem indica��o para intuba��o, os que fizeram teste PCR e deram positivo ou tomograma de t�rax e an�lise cl�nica sugestivas para a COVID-19, que estejam com satura��o de oxig�nio abaixo de 93% em ar ambiente, que est�o com frequ�ncia respirat�ria maior ou igual a 24 resp/min e que tenham assinado o termo de consentimento (paciente ou familiar).
“� uma alegria ter o hospital como campo de estudo em uma pesquisa pioneira como esta e em um momento delicado em que a ci�ncia vem sendo desacreditada. Somos refer�ncia em assist�ncia, ensino e pesquisa e a ci�ncia � uma aliada da sa�de. � muito importante que a ind�stria colabore com a melhoria da sa�de de nossos pacientes, por meio de novas tecnologias e que a sua responsabilidade social se traduza em benef�cios para a popula��o”, afirma a diretora-geral do Risoleta Neves, Alzira Jorge, destacando o pioneirismo do hospital no tratamento.
Pesquisa com oxigenoterapia durar� cinco meses
O uso da oxigenoterapia como op��o terap�utica contra a COVID-19 � objeto de estudos, desde 2020, nos Estados Unidos, Su�cia e Fran�a, tendo evidenciado um efeito ben�fico e nenhum dano aos pacientes, j� que ela acelera o processo de recupera��o por meio do aumento da concentra��o de oxig�nio que se dissolve no plasma, potencializando o processo de cicatriza��o e controle de infec��es.
A pesquisa que ser� realizada no Risoleta Neves tem dura��o prevista de cinco meses e, ap�s esse per�odo, o equipamento ser� doado ao hospital para ser utilizado em pacientes com feridas atendidos pela equipe multidisciplinar da Cirurgia Vascular, visando � recupera��o tecidual, prote��o contra infec��es e salvamento de membros, como terapia adjuvante.