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Estado de Minas Apoio multidisciplinar

Condi��es f�sicas mais comuns ap�s a COVID-19 s�o cansa�o e fadiga muscular

A recupera��o completa � proporcional � rapidez no in�cio das terapias, sempre com apoio de sa�de multidisciplinar para um trabalho coordenado


26/09/2021 06:00 - atualizado 24/09/2021 16:05

'Muitas vezes, a pessoa recebe alta sem condição de ir embora, por isso adotamos o protocolo de alta segura, que teve adesão de 80%. Verifica-se que o indivíduo está bom para esse retorno, e vai já com a consulta de retorno marcada' - Amanda Santos Pereira, coordenadora do programa de reabilitação do Hospital Sírio-Libanês
"Muitas vezes, a pessoa recebe alta sem condi��o de ir embora, por isso adotamos o protocolo de alta segura, que teve ades�o de 80%. Verifica-se que o indiv�duo est� bom para esse retorno, e vai j� com a consulta de retorno marcada" - Amanda Santos Pereira, coordenadora do programa de reabilita��o do Hospital S�rio-Liban�s (foto: Arquivo pessoal)
No Brasil, at� o momento, n�o h� informa��es robustas que mostrem oficialmente o n�mero de sequelados pela COVID-19. Alguns estudos, como publicado na revista cient�fica Lancet, no entanto, j� apontam que os efeitos negativos da infec��o podem ser sentidos ainda um ano depois do per�odo inicial da doen�a, o que, no caso dessa pesquisa, aconteceu com metade dos pacientes. As condi��es f�sicas mais comuns s�o cansa�o e fadiga muscular, sendo que uma em cada tr�s pessoas, ouvidas no levantamento, tamb�m manifesta dificuldade para respirar.

S�o incapacidades tempor�rias – pelo menos � o que se espera. Mas o in�cio precoce da reabilita��o � crucial para evitar a evolu��o para quadros mais graves. A recupera��o completa � proporcional � rapidez no in�cio das terapias, sempre com apoio de sa�de multidisciplinar para um trabalho coordenado, ainda que a necessidade pelo tipo de tratamento seja vari�vel conforme cada indiv�duo.

Al�m dos servi�os nos hospitais, como de praxe, no Brasil, estados e munic�pios tamb�m t�m criado ambulat�rios espec�ficos para a reabilita��o p�s-COVID, mas a capacidade do Sistema �nico de Sa�de (SUS) nesse sentido ainda n�o supre a demanda, gerando demora no in�cio dos tratamentos recomendados, como alertam os m�dicos. Os programas de recupera��o, em ess�ncia, tamb�m buscam minimizar a taxa de reinterna��o, que est� em aproximadamente 20% em at� seis meses.

Para pacientes que precisaram de ventila��o mec�nica, esse n�mero alcan�a os 40%, conforme estudo multic�ntrico brasileiro – nessas situa��es, o uso necess�rio de um bloqueador neuromuscular, que paralisa completamente os m�sculos para que um ventilador mec�nico substitua as fun��es do pulm�o, faz com que os m�sculos atrofiem muito r�pido. Em seguida, isso pode ocasionar, por exemplo, dificuldade para engolir e engasgos frequentes, e nisso muito se v� que a indica��o do cuidado posterior est� al�m da mais comum fisioterapia.

RISCOS AUMENTADOS 

Segundo estudo recente dos Centros de Controle e Preven��o de Doen�as dos EUA (CDC), a chance de miocardite (inflama��o do m�sculo card�aco) � 16 vezes maior entre infectados pelo coronav�rus, se comparados a quem n�o foi contaminado. A doen�a aumenta ainda os riscos de infarto e acidente vascular cerebral (AVC). Outros dados que refor�am a import�ncia dos cuidados posteriores � infec��o.

Em S�o Paulo, est� a coordena��o central de um programa de reabilita��o importante, realizado a pedido do Minist�rio da Sa�de ao Hospital S�rio-Liban�s, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). A institui��o est� a cargo do treinamento de hospitais p�blicos pelo pa�s nesse sentido. Do in�cio do segundo ciclo para c�, que come�ou em janeiro e continua pelo menos at� o fim de 2023, houve melhora de 26 funcionalidades dos pacientes que tinham limita��es causadas pela COVID, como destaca a coordenadora do projeto, a m�dica Amanda Santos Pereira.

Com o envolvimento de enfermeiros (entre eles os especializados em integridade cut�nea), nutricionistas, fonoaudi�logos, fisioterapeutas, m�dicos infectologistas e intensivistas, especialistas em gest�o hospitalar, al�m de assistentes sociais que acompanham o paciente no p�s-alta, o trabalho j� est� presente em cinco regi�es do pa�s: em Bel�m, Cuiab�, Porto Alegre, Jo�o Pessoa e Rio de Janeiro. Desde o in�cio at� agora, cerca de 500 a 600 pessoas foram atendidas. "A fadiga � a principal queixa p�s-COVID. Depois vem a cefaleia, a perda de aten��o, a perda do olfato, a queda do cabelo", descreve Amanda.

A m�dica explica que o impacto que a doen�a gera na vida, como um todo, � mensurado conforme os par�metros do chamado �ndice de Barthel. Em uma escala crescente de 1 a 5, sendo o primeiro est�gio o pior, a classifica��o do paciente assim � observada: depend�ncia total, depend�ncia severa, depend�ncia moderada, depend�ncia ligeira e independ�ncia total. "Avaliamos as capacidades da pessoa em realizar sozinha algumas atividades, como se alimentar, manter a higiene pessoal, usar o banheiro, tomar banho, controlar urina e fezes, vestir-se, subir e descer escada, andar e se transferir da cama e da cadeira", explicita a profissional.

Para toda reabilita��o, Amanda esclarece que a melhora esperada � de at� 30%, aproximadamente, dentro de um �ndice total que vai de zero a 50. Do in�cio ao fim da reabilita��o, a melhora de 26% � a medida para 35 dias-projeto, e agora a medi��o ser� a partir de um ciclo de 4 meses. � principalmente observado se o paciente consegue voltar para casa em seguran�a.

"Muitas vezes, a pessoa recebe alta sem condi��o de ir embora, por isso adotamos o protocolo de alta segura, que teve ades�o de 80%. Verifica-se que o indiv�duo est� bom para esse retorno, e vai j� com a consulta de retorno marcada. Mesmo que no in�cio o programa n�o tenha tido tanta ades�o, agora j� � sabido que o atraso para come�ar a reabilita��o piora as consequ�ncias da doen�a. Quanto antes come�ar o paciente sai do hospital com menos sequelas", ensina.

Cuidado completo

Entenda como atuam os especialistas de cada �rea da sa�de na reabilita��o de pacientes que venceram a COVID-19


» Fisiatria - Especialidade m�dica indicada quando h� limita��es f�sicas, altera��es no desempenho das atividades do cotidiano ou dores cr�nicas, sejam de origem neurol�gica, oncol�gica, cardiopulmonar ou musculoesquel�tica. O fisiatra atua no diagn�stico e preven��o de incapacidades, orientando o processo de reabilita��o do paciente.

» Fisioterapia - Atua com reabilita��o respirat�ria, motora, neurol�gica e uroginecol�gica, por meio de exerc�cios terap�uticos (cinesioterapia) e uso de equipamentos que ajudam a melhorar a mobilidade, aliviar a dor e prevenir ou amenizar as disfun��es f�sicas de pacientes que evolu�ram com alguma sequela de uma doen�a ou trauma. Entre os tratamentos, eletroterapia, termoterapia, fototerapia e hidroterapia.

» Terapia ocupacional (TO) - O trabalho do terapeuta ocupacional visa treinar movimentos e situa��es do dia a dia do paciente, sobretudo estimulando seu envolvimento com atividades que lhe d�o prazer, para assim melhorar o desempenho funcional e favorecer o m�ximo de independ�ncia pessoal e qualidade de vida.

» Fonoaudiologia - O profissional realiza tratamentos que auxiliam no desenvolvimento ou na recupera��o da comunica��o, com atividades que estimulam a voz, a audi��o e a linguagem oral e escrita. Al�m disso, o fonoaudi�logo � respons�vel pela reabilita��o de disfun��es da mastiga��o, degluti��o e respira��o, que podem ocorrer em pacientes que tiveram acidente vascular cerebral (AVC), tumor cerebral, quadros de dem�ncia e doen�as pulmonares cr�nicas, entre outras.

»Treinamento f�sico - O educador f�sico atua na avalia��o e desenvolvimento de programas de exerc�cios f�sicos adaptados para auxiliar o paciente em sua recupera��o e melhora da for�a, flexibilidade, mobilidade, capacidade cardiorrespirat�ria e consci�ncia corporal.

Fonte: Rede de Hospitais S�o Camilo


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