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Estado de Minas LESTE DE MINAS

Transplante de c�rnea realizado pela primeira vez no Hospital M�rcio Cunha

A paciente S�lvia Maria Bara de Oliveira, de 52 anos, se emocionou depois que o m�dico retirou o curativo e ela p�de voltar a enxergar normalmente


21/10/2021 15:25 - atualizado 21/10/2021 15:55

Equipe médica durante cirurgia de transplante de córnea
A equipe m�dica do Hospital M�rcio Cunha durante o transplante de c�rnea (foto: FSFX/Divulga��o )
Diagnosticada com doen�a na c�rnea aos 7 anos, S�lvia Maria Bara de Oliveira, de 52, n�o escondeu a emo��o quando o m�dico retirou o curativo do seu olho direito: “Meu Deus, doutor! Eu estou vendo!”.
 
“A cirurgia consiste na substitui��o de um disco corneano doente por outro sadio de um doador. Ela foi um sucesso. A paciente j� est� enxergando normalmente e precisa agora manter o acompanhamento m�dico”, comentou Silas Machado Franco J�nior, oftalmologista respons�vel pela cirurgia.
 
Silas explicou que o transplante de c�rnea � um dos �ltimos recursos e mais eficientes para tratar o ceratocone em est�gio avan�ado, como no caso da paciente S�lvia.
 
“A c�rnea � a nossa primeira e mais externa lente natural, sendo respons�vel por 2/3 da tarefa de focalizar a imagem. O ceratocone � uma doen�a que afeta a c�rnea tornando-a mais pontiaguda e mais fina que o normal. A estrutura fica curvada para fora do olho, semelhante a um cone. Os tratamentos dependem da fase da doen�a. A S�lvia tinha um hist�rico longo de perda de vis�o, com menos de 10% da vis�o no olho direito. O transplante � o principal procedimento nestes casos", disse.

Sílvia Maria Bara de Oliveira sorrindo
S�lvia Maria Bara de Oliveira, de 52 anos, voltou a enxergar perfeitamente depois do transplante de c�rnea (foto: FSFX/Divulga��o )

 
Para Silvia, o transplante de c�rnea foi um renascimento. “Eu nasci de novo, n�o consigo nem descrever direito a minha felicidade. Depois da cirurgia, eu queria ver tudo ao meu redor. Mas confesso, o que me deixou ainda mais feliz foi ver a alegria da minha fam�lia com o meu bem-estar”, disse.
 
S�lvia convive com o ceratocone desde crian�a e a doen�a foi progredindo com o tempo. “Aos 7 anos, fui diagnosticada. Minha m�e me levou a um m�dico no Rio e ele nos disse que eu ficaria cega. Cresci com muito temor disso”, disse.

Ela lembra que sofreu bullying quando crian�a e preconceito na fase adulta. “As pessoas n�o sabem a dificuldade que um deficiente visual tem para fazer as coisas. Consegui trabalho de dom�stica, servi�os gerais e bab�, mas acabei sem emprego e com receio de sair de casa”.

Para corrigir o ceratocone, S�lvia come�ou usando �culos, daqueles de fundo de garrafa, dito popularmente. Aos 13 anos, ela passou a usar lentes de contato, mas com o tempo a lente come�ou a cair do olho e a vis�o foi piorando.

“Eu me casei aos 18 anos e j� estava com a vis�o bastante comprometida. O meu maior medo era n�o poder ver minhas filhas crescerem”, afirmou a paciente, que est� enxergando normalmente.

A doen�a no Brasil

No Brasil, mais de 150 mil pessoas s�o diagnosticadas com ceratocone anualmente. A doen�a, de acordo com o dr. Silas, afeta mais adolescentes e indiv�duos no in�cio da fase adulta.

“Quanto mais cedo o ceratocone se apresenta, mais agressivo ele �. Por isso, a import�ncia de observamos as dificuldades visuais de nossos filhos e lev�-los a consultas oftalmol�gicas regulares com acompanhamento anual. Em casos de suspeita da c�rnea com ceratocone, as visitas ao especialista devem ser semestrais para a realiza��o de exames complementares”, orienta.


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