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Estado de Minas SA�DE

Atividade f�sica: hora de tomar atitude

Atividade f�sica e alimenta��o saud�vel: receita para quem quer viver mais e melhor, com qualidade, bem-estar, independ�ncia, sociabiliza��o e sa�de


28/11/2021 04:00 - atualizado 29/11/2021 12:01

Daniel Oliveira, médico ortopedista especializado em coluna vertebral
Daniel Oliveira, m�dico ortopedista, explica que � importante fazer, antes de iniciar a atividade f�sica, a Avalia��o Ortop�dica e Fisi�trica Pr�-Participa��o F�sica, principalmente por quem est� acima do peso ou � sedent�rio (foto: Violeta Andrada/Divulga��o)
  A promo��o da sa�de tem sido amplamente divulgada e incentivada nos �ltimos anos. E uma das formas de melhorar a qualidade da vida est� atrelada ao n�vel de atividade f�sica que se pratica. Al�m dos benef�cios para o corpo e mente, ela diminui o risco de in�meras doen�as cr�nicas, v�rios tipos de c�nceres, al�m de prevenir e combater a obesidade, porta de entrada para uma outra s�rie de enfermidades.

O Guia de Atividades F�sicas  lan�ado recentemente pelo Minist�rio da Sa�de busca n�o s� incentivar, mas envolver diversas camadas da sociedade na promo��o de atividades f�sicas. Com o documento em m�os, feito por v�rios professores, pesquisadores e estudiosos, � poss�vel ter informa��es precisas sobre o que realizar e durante quanto tempo, com o objetivo de atingir uma popula��o saud�vel e com mais qualidade de vida”, destaca Daniel Oliveira, m�dico ortopedista especializado em coluna vertebral.

O m�dico ressalta que, para alcan�ar o resultado esperado, o guia tem de ser divulgado e abra�ado por outros setores da sociedade e apresentado aos brasileiros como um documento com dicas vi�veis e alcan��veis, que podem ser realizadas por todos, no tempo e no lugar que estiverem e que impactem positivamente no dia a dia.


A falta ou diminui��o das atividades f�sicas, que s�o respons�veis pela menor queima cal�rica do corpo, leva ao aumento do peso corporal. Isso � uma bomba-rel�gio para a popula��o, j� que aumenta o risco de diversas doen�as

Daniel Oliveira, m�dico ortopedista especializado em coluna vertebral



Ele alerta sobre o n�mero de obesos que tem aumentado assustadoramente nos �ltimos anos no Brasil e, al�m dele, uma parcela crescente da popula��o com sobrepeso e que pode evoluir para um quadro de obesidade. “A falta ou diminui��o das atividades f�sicas, que s�o respons�veis pela menor queima cal�rica do corpo, leva ao aumento do peso corporal. Isso � uma bomba-rel�gio para a popula��o, j� que aumenta o risco de diversas doen�as e causa impactos severos tanto na sa�de f�sica como financeira das pessoas e tamb�m nos cofres p�blicos, �rg�os governamentais e hospitais p�blicos que atuam cuidando das pessoas que j� est�o doentes em consequ�ncia da obesidade e sedentarismo.”


N�O � BOBAGEM 

Pesos e tênis para fazer exercício físico
O importante � escolher a atividade f�sica que voc� sinta prazer (foto: stevepb /Pixabay)


Assim como todos j� sabem que para viver mais e melhor � preciso ter uma alimenta��o saud�vel, com menos sal, gordura e a��car, sabem tamb�m que se exercitar � fundamental. O ideal seria uma mudan�a total, tanto no que diz respeito a uma alimenta��o saud�vel e equilibrada, como de pr�ticas de atividades f�sicas todos os dias. “Como sabemos que isso n�o funciona na pr�tica, temos que incentivar a mudan�a de pequenos h�bitos na nossa rotina”.

Parece bobagem, mas algumas dicas podem ser valiosas, continua o ortopedista, como: cozinhar o pr�prio alimento em vez de consumir processados; n�o utilizar �leo e gorduras ao preparar os alimentos ou diminuir a quantidade utilizada; dar prefer�ncia a frutas nos lanches, assim como os alimentos integrais; aumentar a ingest�o de �gua; reduzir os n�veis de a��car; incluir legumes e verduras no prato e n�o substituir o almo�o e jantar por lanches r�pidos.

No caso do comportamento sedent�rio, o m�dico lembra que vale procurar n�o permanecer muito tempo parado, come�ar a se deslocar mais dentro de casa, trocar o elevador pela escada, o carro pela caminhada ao ir � padaria ou supermercado, fazer pequenas caminhadas, mesmo que no quarteir�o de casa. 


AVALIA��O M�DICA 


Regra �nica � que, antes de come�ar um exerc�cio f�sico, � preciso ter um diagn�stico m�dico que o libere para a pr�tica. Dentro da sua especialidade, o m�dico ortopedista tem na “Avalia��o Ortop�dica e Fisi�trica Pr�-Participa��o F�sica” um modelo que deve ser feito em pessoas que estejam acima do peso ou sedent�rias e que desejam iniciar uma atividade f�sica.

“Com ela � poss�vel averiguar clinicamente o paciente por meio de exames de imagem, analisando a postura, pisada, tipo de p�, poss�veis desgastes articulares, al�m de desvios no joelho e nos p�s. Se o indiv�duo apresentar qualquer tipo de disfun��o, ele � encaminhado para outro profissional com o intuito de reabilit�-lo para, em seguida, come�ar a pr�tica da atividade f�sica”, explica Daniel Oliveira.

Segundo ele, existem v�rios estudos indicando que as pessoas ficaram ainda mais sedent�rias durante a pandemia. Muitas daquelas que praticavam algum tipo de atividade viram-se presas em casa e n�o tiveram a mesma motiva��o de continuar praticando exerc�cios. Aquelas que caminhavam ou corriam nas ruas estavam com medo de se expor.

“Junto � inatividade f�sica, muita gente se viu mais ansiosa e acabou descontando o emocional na comida. O resultado foram os quilos a mais na balan�a. Mas, ao mesmo tempo, uma campanha em prol dos cuidados com a sa�de vislumbrando mais qualidade de vida e imunidade por meio de bons h�bitos tamb�m cresceu, j� que os casos mais graves da COVID-19 estavam relacionados a comorbidades. Quanto mais saud�veis estamos, mais chances o organismo tem de combater doen�as, v�rus e bact�rias.”


CARGA SOBRE AS MULHERES 


Na preocupa��o com o movimento, a mulher est� no centro, j� que na �ltima pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia Estat�stica (IBGE) de 2019, divulgada em 2020, a obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2% e se manteve acima da masculina, que subiu de 9,6% para 22,8%. “Apesar de as mulheres serem mais preocupadas com a sa�de do que os homens, elas t�m uma tend�ncia maior ao ac�mulo de gordura corporal, al�m disso, enfrentam maiores varia��es hormonais ao longo da vida, tend�ncia a altos n�veis de estresse com a tens�o pr�-menstrual, per�odo pr�-menopausa, gesta��o, menopausa, climat�rio. Tudo isso interfere no metabolismo e nos n�veis de estresse, que tamb�m facilitam o ganho de gordura corporal.”

A faixa et�ria � outro sinal de alerta quanto ao ganho de peso e suas consequ�ncias para a sa�de. Conforme dados da mesma pesquisa do IBGE, a popula��o de 40 e 59 anos, tem o maior ganho de peso, chegando a 34,4%, e o percentual tem crescido tanto no excesso de peso quanto na obesidade em si. “� medida que envelhecemos, ele se torna cada vez mais lento e o organismo tem mais dificuldade em queimar gorduras, fazendo que ela fique estocada por mais tempo. Isso faz com que haja um aumento de peso.”

Argumentos n�o faltam, resultados cient�ficos tamb�m n�o. O que tem faltado � uma atitude, tomada de decis�o para come�ar a se exercitar e se cuidar mais, antes de mais nada. “Minha recomenda��o � procurar um m�dico antes de iniciar qualquer atividade f�sica. Por mais que ela seja fundamental para uma vida saud�vel, � por meio dessa avalia��o m�dica que s�o analisadas as condi��es f�sicas do paciente.”


TR�S PERGUNTAS PARA...

Gabriel Vieira, nutr�logo do Hospital Vila da Serra e m�dico do esporte

Gabriel Vieira, nutrólogo do Hospital Vila da Serra e médico do esporte
(foto: Arquivo Pessoal)
 
Dietas restritivas, modismos, low carb, s� prote�na, barras energ�ticas, whey protein... Entre tantas ofertas e regras/receitas no mercado fitness, como se alimentar sem se preocupar com tudo isso e, assim, ter um bom desempenho na pr�tica do exerc�cio f�sico?
A alimenta��o baseada em produtos org�nicos in natura e minimamente processados favorece um bom desempenho na pr�tica de exerc�cio f�sico. Conservantes, acidulantes, estabilizantes e edulcorantes s�o subst�ncias que afetam o funcionamento normal de c�lulas e �rg�os, al�m de alterar a composi��o e funcionamento do intestino, interferindo direta e indiretamente no desempenho esportivo. Uma alimenta��o balanceada com carboidratos (60%), gorduras (25%) e prote�nas (15%) tamb�m � importante para este bom desempenho.


Por outro lado, h� alimentos que s�o fundamentais para um bom resultado nesta parceria nutri��o e exerc�cio. Frango, batata-doce, ovo... Quais alimentos deveriam fazer parte da rotina de cada um e dependendo da fase da vida?
Mais do que determinados alimentos, temos que pensar na alimenta��o como um todo. Quanto maior a variedade de alimentos presentes respeitando-se a propor��o entre macronutrientes, melhor. Carne, frango e ovos s�o boas fontes de prote�nas e devem estar presentes, assim como as prote�nas de origem vegetal. Os carboidratos, tanto simples como complexos, t�m suas indica��es, n�o existe um melhor que o outro, e sim o mais indicado para determinado hor�rio e situa��o. As gorduras compostas por �cidos graxos poli-insaturados, como azeite e �leo de peixe, s�o as mais saud�veis, enquanto gorduras saturadas, como o �leo de coco, devem ser ingeridas com bastante modera��o.


Qual o valor da hidrata��o no equil�brio de uma boa alimenta��o com a pr�tica de uma atividade f�sica?
Estar bem hidratado � essencial para o bom desempenho esportivo. Todas as rea��es qu�micas acontecem em meio aquoso. A redu��o da quantidade de �gua intracelular interfere na velocidade das rea��es, reduzindo o desempenho esportivo. �gua � o melhor meio de hidrata��o. Sucos naturais, �gua de coco e isot�nicos tamb�m podem ser usados, cada um com sua indica��o. Fuja dos l�quidos a�ucarados, como sucos de caixinha, refrigerantes e energ�ticos.


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