(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas PANDEMIA

Metade dos pacientes com COVID t�m sequelas que podem passar de um ano

Um estudo da Fiocruz mostrou que metade das pessoas diagnosticadas com covid-19 apresentam sequelas que podem perdurar por mais de um ano


12/05/2022 11:14

Quarto e uma pessoa insone com a luz ligada
Transtornos como ins�nia foi relatada por 8% dos pacientes acompanhados (foto: Marcello Casal Jr./Ag�ncia Brasil)

Metade das pessoas diagnosticadas com COVID-19 apresentam sequelas que podem perdurar por mais de um ano, revela estudo da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) Minas. Pesquisadores da institui��o identificaram 23 sintomas ap�s o t�rmino da infec��o aguda. Cansa�o extremo, ins�nia e dificuldade em realizar atividades rotineiras est�o as queixas relatadas pacientes.


Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Transactions of The Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene. O estudo acompanhou durante 14 meses, 646 pacientes que tiveram a infec��o em 2020 e 2021 e verificou que 324 deles (50,2%) tiveram sintomas p�s-infec��o, caracterizando o que a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS) classifica de COVID longa.

A fadiga, que � caracterizada por cansa�o extremo e dificuldade para realizar atividades rotineiras, foi relatada por 115 pessoas, ou seja, 35,6% dos pacientes acompanhados. Outras sequelas relatadas foram tosse persistente (34%), dificuldade para respirar (26,5%), perda do olfato ou paladar (20,1%), dores de cabe�a frequentes (17,3%) e trombose (6,2%). Foram constatados ainda transtornos como ins�nia, relatada por 8% dos pacientes acompanhados, ansiedade (7,1%) e tontura (5,6%). 

De acordo com a pesquisadora Rafaella Fortini, que coordena o estudo, todos os sintomas relatados come�aram ap�s a infec��o aguda. Muitos dos sintomas persistiram durante os 14 meses, com algumas exce��es, como a trombose, da qual os pacientes se recuperaram em um per�odo de cinco meses, por terem sido devidamente tratados por meio interven��es m�dicas adequadas.
 
 
A pesquisa constatou que a presen�a de sete comorbidades, como hipertens�o arterial cr�nica, diabetes, cardiopatias, c�ncer, doen�a pulmonar obstrutiva cr�nica, doen�a renal cr�nica e tabagismo ou alcoolismo, levou � infec��o aguda mais grave e aumentou a chance de ocorr�ncia de sequelas.

As sequelas foram constatadas em pacientes que tiveram desde a forma mais leve ou assintom�tica at� a mais grave de COVID-19. Na forma grave, de um total de 260 pacientes, 86, ou seja, 33,1%, tiveram sintomas duradouros. Entre os 57 diagnosticados com a forma moderada da doen�a, 43, isto �, 75,4%, manifestaram sequelas e, dos 329 pacientes com a forma leve, 198 (59,3%) apresentaram sintomas meses ap�s o t�rmino da infec��o aguda. 

Rafaella Fortini ressalta que � importante buscar os servi�os de sa�de para o tratamento da COVID longa, at� mesmo no caso de sequelas mais leves, que tamb�m podem interferir na qualidade de vida. 

A pesquisa acompanhou pacientes atendidos no pronto-socorro do Hospital da Baleia e Hospital Metropolitano Dr. C�lio de Castro, ambos refer�ncia para COVID-19 em Belo Horizonte. Os pacientes procuraram atendimento entre abril de 2020 e mar�o de 2021.

Todos foram testados e tiveram diagn�stico positivo para a doen�a. Dos 646 pacientes acompanhados, apenas cinco haviam sido vacinados e, destes, tr�s tiveram a COVID longa. A idade dos participantes variou entre 18 e 91 anos; sendo que 53,9% eram do sexo feminino.

O monitoramento dos sintomas e sequelas remanescentes foi feito por meio de entrevistas realizadas uma vez por m�s, presencialmente, ou por meio de uma plataforma virtual, no decorrer de 14 meses ap�s diagn�stico confirmat�rio, no per�odo compreendido entre mar�o de 2020 a novembro de 2021.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)