
“Isso � mais que o dobro da incid�ncia nas esta��es quentes antes da pandemia de COVID-19, quando a disfun��o atingia 12% dos brasileiros”, destaca o oftalmologista.
Le�ncio Queiroz Neto ressalta que a avalia��o dos pacientes mostra que prevalece entre eles o olho seco evaporativo. “� o tipo mais frequente desencadeado pelas altera��es ambientais, nas p�lpebras e no n�mero de piscadas. Normalmente piscamos cerca de vinte vezes por minuto. Na frente das telas de seis a sete vezes e toda a popula��o ficou mais conectada durante a pandemia”, pontua.
O oftalmologista afirma que o olho seco tem efeitos significativos na fun��o visual, produtividade e qualidade de vida. Isso porque, os sintomas s�o sensa��o de areia nos olhos, ard�ncia, vermelhid�o, fotofobia e vis�o emba�ada.
A l�grima no olho seco
A disfun��o, explica o m�dico, � uma altera��o na quantidade ou qualidade de uma das tr�s camadas da l�grima formada por �gua, gordura e muco. “A falta de lubrifica��o na superf�cie dos olhos predisp�e a outras complica��es, como les�es na lente externa do olho, a c�rnea, e � blefarite, inflama��o cr�nica das p�lpebras”.
Leia: Rinite, sinusite e bronquite: as diferen�as e por que crescem nesta �poca.
A chance de contrair conjuntivite viral durante o frio tamb�m � maior, principalmente se a pessoa permanecer em ambientes fechados, lembra o oftalmologista. Isso porque o frio espalha todo tipo de v�rus no ar e a diminui��o da l�grima deixa os olhos mais expostos. Uma evid�ncia bastante clara da prolifera��o dos v�rus neste per�odo � o aumento dos casos de COVID-19 nos �ltimos dias.
Leia: Rinite, sinusite e bronquite: as diferen�as e por que crescem nesta �poca.
A chance de contrair conjuntivite viral durante o frio tamb�m � maior, principalmente se a pessoa permanecer em ambientes fechados, lembra o oftalmologista. Isso porque o frio espalha todo tipo de v�rus no ar e a diminui��o da l�grima deixa os olhos mais expostos. Uma evid�ncia bastante clara da prolifera��o dos v�rus neste per�odo � o aumento dos casos de COVID-19 nos �ltimos dias.
Gatilhos do olho seco
Le�ncio Queiroz Neto ressalta que toda s�ndrome do olho seco � multifatorial. Sofre influ�ncia do meio ambiente, estilo de vida, idade, sexo, h�bitos alimentares, consumo de �gua, uso de lente de contato, doen�as sist�micas, como o diabetes, ou na superf�cie do olho como cicatrizes na c�rnea, ceratocone e blefarite.
A incid�ncia da s�ndrome � de e tr�s mulheres para cada homem. Pode tamb�m estar relacionada ao uso de ar-condicionado frio ou quente que diminuem a umidade do ar.
Medicamentos antial�rgicos, anti-hipertensivos e antidepressivos e a diminui��o dos horm�nios sexuais com o envelhecimento interferem nas gl�ndulas lacrimais e causam defici�ncia aquosa na l�grima, mas � a evapora��o a maior causa do olho seco.
Diagn�stico para a s�ndrome do olho seco

O m�dico afirma que 11% dos casos de olho seco s�o assintom�ticos. Isso ocorre porque 98% da l�grima � formada por �gua e a evapora��o passa despercebida quando � pequena. Por isso, poucas horas no computador ou celular n�o afetam os olhos.
“O diagn�stico manual feito com col�rio e contato com o olho pode mascarar o resultado por estimular a lacrima��o. Por isso, hoje � feito com uma c�mera que emite luz infravermelha e � teleguiada por um software para avaliar as tr�s camadas da l�grima sem interferir na superf�cie do olho. O exame tamb�m inclui a avalia��o das p�lpebras inferior e superior e das gl�ndulas de meib�mio. Por isso, permite flagrar logo no in�cio a blefarite, inflama��o na p�lpebra que est� relaciona a altera��es nas gl�ndulas de meib�mio".
Tratamento para o olho seco
O oftalmologista afirma que o olho seco brando � tratado com col�rios lubrificantes. Nos casos graves, pode ser feita uma cirurgia em que � implantado um plug no olho para reter a l�grima no globo ocular.
Mas o melhor tratamento para sete em cada 10 pacientes � a luz pulsada que desobstrui a gl�ndula de Meib�mio e estimula a produzir a camada lip�dica do l�grima.
Isso porque, um estudo da Association for Research in Vision and Ophthalmology (ARVO) mostrou que 70% dos casos de olho seco est�o relacionados a uma disfun��o nesta gl�ndula. “J� atendi pacientes que depois da aplica��o da luz pulsada comemoravam o al�vio nos olhos”, afirma.
Le�ncio Queiroz Neto conta que chegavam ao consult�rio com um saco cheio de col�rios, mas permaneciam com o desconforto. Pior, se n�o for aplicado um tratamento efetivo a gl�ndula pode sofrer les�es e causar grave redu��o da vis�o.
O tratamento geralmente � feito em tr�s sess�es, sendo uma/m�s, mas a reaplica��o pode ser necess�ria depois de um tempo. Al�m de preservar a produ��o da camada gordurosa da l�grma, observa, a luz pulsada reduz o gasto com col�rio.
Seis passos de preven��o do olho seco

As recomenda��es do ofltamologista para manter seus olhos lubrificados s�o:
- Nas telas, pisque voluntariamente e descanse olhando par um ponto distante a cada 20 minutos.
- Posicione o computador abaixo da linha dos olhos para manter a superf�cie ocular mais lubrificada.
- Desligue os equipamentos uma hora antes de ir dormir para ter uma boa noite de sono.
- Limpe a borda das p�lpebras com cotonete embebido em xampu neutro para evitar a obstru��o das gl�ndulas e a blefarite.
- Beba �gua. Hidrata��o nunca � demais. Protege os olhos, a pele e os rins.
- Inclua �mega na dieta. As melhores fontes s�o: abacate, castanhas e peixes gordos como a sardinha, salm�o e bacalhau.