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Estado de Minas CORONAV�RUS

Vacina russa contra a COVID-19 deve ser lan�ada em agosto

Em fase final de testes, f�rmula deve ser produzida em grande escala a partir de setembro; resultados indicam que a imuniza��o � t�o segura quanto as dispon�veis no mercado


postado em 14/07/2020 10:38

(foto: Ben Stansall/AFP)
(foto: Ben Stansall/AFP)
Em uma estrat�gia parecida com a dos chineses — que, no fim do m�s passado, anunciaram que dariam in�cio � aplica��o de uma vacina experimental de 'forma interna' no Ex�rcito —, o governo russo prev� iniciar, em um m�s, 'a circula��o p�blica' de uma f�rmula contra o Sars-CoV-2.

A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em parceria com a Universidade Sechenov, e tem obtido resultados promissores nas primeiras fases dos ensaios com humanos.

"A seguran�a da vacina foi confirmada. Corresponde � seguran�a das vacinas que est�o atualmente no mercado", disse Alexander Lukashev, diretor do Instituto de Parasitologia M�dica, Tropical e Doen�as Transmitidas por Vetores da universidade russa, em entrevista � ag�ncia de not�cias Sputnik.

O pr�ximo passo vem em sequ�ncia a esses avan�os. "L� para 14 e 15 de agosto, espero, entrar� em circula��o a quantidade pequena de vacina que devemos ser capazes de produzir", afirmou Alexander Ginsburg, diretor do Instituto Gamaleya, em entrevista � ag�ncia de not�cias RIA. Tamb�m de acordo com Ginsburg, a produ��o em massa da f�rmula deve ser iniciada em setembro.

Essa nova etapa funcionaria como uma fase 3 dos ensaios cl�nicos, quando se avalia a efic�cia de uma vacina a partir de um n�mero maior de volunt�rios. Nas fases 1 e 2, os cientistas est�o mais focados em investigar a seguran�a da abordagem proposta.

No caso da vacina russa, os testes com humanos est�o sendo conduzidos pela Universidade Sechenov e envolvem 38 volunt�rios saud�veis — homens e mulheres com idade entre 18 e 65 anos. O primeiro grupo, composto por 18 pessoas, foi vacinado em 18 de junho. O segundo, com 20 pessoas, em 23 de junho.

Segundo Yelena Smolyarchuk, diretora do Centro Universit�rio de Avalia��o Especializada de Medicamentos da universidade, a vacina testada se mostrou segura, como o esperado pela equipe. De acordo com o Minist�rio da Defesa, dados dispon�veis mostram tamb�m “que os volunt�rios desenvolveram uma rea��o imunol�gica � vacina contra coronav�rus”. Por�m, os resultados obtidos at� o momento n�o foram divulgados em uma revista cient�fica, quando h� revis�o dos pares.

Duas doses

Em nota, a universidade explica que a f�rmula � uma vacina liofilizada — "um p� do qual uma solu��o � preparada para inje��o intramuscular". Alguns participantes do estudo experimentaram dores de cabe�a e temperatura corporal elevada. "No entanto, esses sintomas desapareceram completamente dentro de 24 horas depois da administra��o da vacina", enfatiza o texto.

Segundo Yelena Smolyarchuk, essa resposta � inje��o � bastante t�pica no caso de doen�as infecciosas, e n�o houve piores complica��es.

A previs�o � de que o primeiro grupo de volunt�rios receba alta do hospital amanh� e o segundo, na pr�xima segunda-feira. Em 28 de julho, os participantes devem receber a segunda dose. Em entrevista � ag�ncia russa Ria Novosti, Alexander Gintsburg explicou que a medida pretende aumentar o tempo de prote��o. "A experi�ncia com a vacina contra o ebola mostra que, se voc� se restringir a uma �nica dose, ter� um n�vel de prote��o contra infec��o de cinco a seis ou sete meses. Para imunizar por dois anos ou mais, ser� necess�ria uma segunda dose”, justificou.

Por enquanto, os participantes est�o alojados em enfermarias simples ou duplas no campus da universidade. O isolamento de 28 dias tem como objetivo proteg�-los da exposi��o a outras infec��es. Al�m de apoio psicol�gico, eles podem frequentar instala��es esportivas para a pr�tica de atividades f�sicas, segundo a universidade. A vacina tamb�m est� sendo testada no Hospital Militar Burdenko, em Moscou. Nesse caso, por�m, � usada uma vers�o l�quida da forma.

Destaque chin�s

A vacina � a primeira e a �nica fabricada na R�ssia indicada no relat�rio mais recente da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) sobre ensaios cl�nicos em andamento: s�o 21 no total. O governo russo desenvolve 17 f�rmulas imunizadoras contra a covid-19, das quais tr�s ou quatro devem entrar na fase de produ��o, segundo o Minist�rio da Sa�de.

No momento, dois projetos est�o em est�gio avan�ado dos ensaios cl�nicos: um da chinesa Sinopharm e outro da AstraZeneca e da Universidade de Oxford. Essa segunda inciativa contar� com a participa��o de volunt�rios brasileiros, assim como a f�rmula desenvolvida pela chinesa Sinovac Biotech, cujo in�cio da fase 3 dos testes com humanos est� previsto para o pr�ximo dia 20.

A China � o pa�s com maior n�mero de testes de vacinas contra a COVID-19 em andamento. Ao todo, oito projetos receberam permiss�o para a realiza��o de ensaios em humanos tanto dentro do pa�s quanto no exterior. Um deles, conduzido pela empresa CanSinoBio e pela Academia Militar de Ci�ncias M�dicas, � testado apenas em militares, depois que “os dados dos testes cl�nicos demonstraram um bom perfil de seguran�a e n�veis elevados de resposta imune”, segundo nota divulgado pelo grupo.

Europeus negociam 300 milh�es de doses

A Sanofi est� perto de chegar a um acordo com a Uni�o Europeia (UE) para fornecer 300 milh�es de doses de uma eventual vacina contra o coronav�rus. O acordo seria semelhante ao finalizado recentemente com os Estados Unidos.

De acordo com  Olivier Bogillot, presidente do grupo farmac�utico na Fran�a, mas detalhes sobre a negocia��o ser�o divulgados “nos pr�ximos dias ou semanas”. “O nosso objetivo � trabalhar com o conjunto dos Estados para distribuir a vacina para todos ao mesmo tempo”, explicou Bogillot, em entrevista � ag�ncia France-Presse de not�cias (AFP).

A Sanofi foi alvo de fortes cr�ticas  quando seu diretor-geral, Paul Hudson, falou, em maio, sobre a possibilidade de favorecer os Estados Unidos na distribui��o da vacina, depois que Washington financiou parte de sua pesquisa.  O laborat�rio franc�s est� desenvolvendo duas vacinas contra a covid-19, com tecnologias distintas.


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