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Estado de Minas ROB�TICA

Rob�s mais pr�ximos de adquirir habilidades para interagir com humanos

Pesquisadores dos EUA trabalham no desenvolvimento de sistema de aprendizado de m�quina que ajuda aut�matos a entender se a��es que executa ajudam


25/12/2021 04:00 - atualizado 25/12/2021 10:27

Em simulação, as máquinas decidem como vão interagir entre elas
Em simula��o, as m�quinas decidem como v�o interagir entre elas, e os humanos conseguem tanto entender quanto prever essas rea��es (foto: MIT/divulga��o)
Ch�o de f�brica. Um rob� v� um funcion�rio indo executar uma etapa da produ��o e decide se vai ou n�o ajud�-lo. A cena � mais veros- s�mel que h� alguns anos, mas ainda imposs�vel. Fazer com que essas m�quinas desenvolvam habilidades sociais e interajam com humanos de forma mais independente segue sendo um desafio na rob�tica.

E os resultados de um trabalho desenvolvido no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, come�am a sinalizar caminhos para que isso se torne realidade. A equipe trabalha no desenvolvimento de um sistema de aprendizado de m�quina que ajuda rob�s a entenderem e realizarem certas intera��es sociais.

Al�m disso, as rea��es dos aut�matos s�o previs�veis. Em simula��es, quando os cientistas mostraram, para volunt�rios, v�deos desses rob�s interagindo uns com os outros, os espectadores acertaram principalmente sobre que tipo de comportamento social estava acontecendo. Para a equipe, essa possibilidade de um novo n�vel de rela��o m�quinas/humanos permitir� intera��es mais “suaves e positivas”. Como exemplo, eles citam a chance de usar esse recurso para ajudar a criar um ambiente mais atencioso para idosos que vivem em casas de repouso.

“Os rob�s viver�o em nosso mundo em breve, e eles realmente precisam aprender como se comunicar conosco em termos humanos. Precisam entender quando � hora de ajudar e quando � hora de ver o que podem fazer para evitar que algo aconte�a”, afirma Boris Katz, pesquisador principal do projeto.

Katz enfatiza, tamb�m em comunicado, que o trabalho desenvolvido � promissor, mas bastante inicial. “Estamos apenas arranhando a superf�cie, mas sinto que essa � a primeira tentativa muito s�ria de entender o que significa para humanos e m�quinas interagirem socialmente”, afirma o tamb�m integrante do Centro de C�rebros, Mentes e M�quinas (CBMM) do MIT. Agora, a equipe trabalha no desenvolvimento de um sistema com agentes 3D em um ambiente que permita muitos mais tipos de intera��es, como a manipula��o de objetos dom�sticos.

METAS DIVERSAS 

Para chegar � etapa atual, os cientistas do MIT criaram um ambiente simulado em que rob�s tinham que cumprir objetivos f�sicos e sociais enquanto se moviam em uma grade bidimensional. A meta f�sica estava ligada ao meio ambiente – por exemplo, dirigir-se a uma �rvore e reg�-la. A meta social envolvia adivinhar o que outra m�quina estaria tentando fazer e, a partir da�, agir com base nessa estimativa e decidir como ajud�-la a cuidar da planta.

A partir desse modelo – que estabelece objetivos f�sicos e sociais, al�m da �nfase que deve ser dada a cada um deles –, o rob� � recompensado por a��es que executa e o deixam mais perto de cumprir suas metas. Se ele est� tentando ajudar o companheiro, ajusta-se a recompensa para corresponder � do outro rob� – e, da mesma forma, se est� tentando atrapalhar. Um algoritmo trabalha como o planejador, decidindo quais a��es os rob�s devem realizar.

Ravi Tejwani, coautor principal do artigo, chama a aten��o para as caracter�sticas inovadoras do projeto. “Abrimos uma nova estrutura matem�tica para modelar a intera��o social entre dois agentes. Se voc� � um rob� e deseja ir para o local X e eu sou outro rob� e vejo que voc� est� tentando ir para o local X, posso cooperar, ajudando voc� a chegar ao local X mais r�pido. Isso pode significar mover X para mais perto de voc�, encontrar outro X melhor ou realizar qualquer a��o que voc� tenha que tomar em rela��o a X. Nossa formula��o permite que o plano descubra o ‘como’. Especificamos o ‘o qu�’ em termos do que as intera��es sociais significam matematicamente”, detalha.

Capacidade de tomar decis�es sofisticadas

A estrutura matem�tica foi usada para a cria��o de tr�s tipos de aut�matos. O de n�vel 0 tem apenas objetivos f�sicos e n�o pode raciocinar socialmente. O de n�vel 1 tem objetivos f�sicos e sociais, mas assume que todos os outros rob�s se dedicam apenas a objetivos f�sicos. Assim, pode realizar a��es com base nos objetivos f�sicos dos outros, como ajudar e atrapalhar. Por fim, o rob� de n�vel 2 assume que os outros t�m objetivos sociais e f�sicos e, dessa forma, pode realizar a��es mais sofisticadas, como se unir para agir em conjunto.

Para ver como o modelo se compara �s perspectivas humanas sobre as intera��es sociais, os cientistas do MIT criaram 98 cen�rios distintos usando os tr�s tipos de rob� e convidaram 12 humanos para assistirem aos 196 videoclipes que mostravam as m�quinas interagindo. Os volunt�rios tinham que avaliar os objetivos f�sico e social dos aut�matos e, na maioria dos casos, o que pensavam sobre se as intera��es sociais correspondiam ao que havia sido programado.

No futuro, a equipe pretende conduzir um experimento para coletar dados sobre os recursos usados por humanos para determinar se dois rob�s est�o engajados em uma intera��o social. “Esperan�osamente, teremos uma refer�ncia que permita a todos os pesquisadores trabalharem nessas intera��es sociais e inspirar os tipos de avan�os da ci�ncia e da engenharia que vimos em outras �reas, como reconhecimento de objeto e a��o”, aposta Andrei Barbu.


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