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Colis�o rara de duas estrelas mortas � detectada por novo telesc�pio

Colis�es de estrelas de n�utrons s�o fundamentais para nossa compreens�o do Universo %u2014 mas sua luz s� � vis�vel por algumas noites.


22/07/2022 07:44 - atualizado 22/07/2022 09:29


Colisão de estrelas de nêutrons
Colis�o de estrelas de n�utrons � uma oportunidade de ver o que h� dentro delas (foto: BBC News/Stelios Thoukidides)

Os astr�nomos podem pela primeira vez detectar a colis�o de s�is mortos, conhecidos como estrelas de n�utrons, gra�as a um novo e poderoso telesc�pio.

As colis�es de estrelas de n�utrons s�o fundamentais para nossa compreens�o do Universo.

Acredita-se que tenham criado metais pesados %u200B%u200Bque formaram estrelas e planetas, incluindo o nosso, bilh�es de anos atr�s.

A luz das colis�es s� � vis�vel por algumas noites, ent�o o telesc�pio precisa ser �gil para localiz�-las.

Os astr�nomos observaram uma dessas colis�es em 2017, mas se depararam com ela praticamente por acaso.

Constru�do pelos brit�nicos, o Observador �ptico Transit�rio de Onda Gravitacional (GOTO, na sigla em ingl�s), localizado acima das nuvens na ilha vulc�nica de La Palma, na Espanha, agora vai rastre�-las sistematicamente.

"Quando surge uma detec��o realmente boa, todos colocam a m�o na massa para aproveitar ao m�ximo", diz o professor Danny Steeghs, da Universidade de Warwick, na Inglaterra, que est� em La Palma.

"A velocidade � essencial. Estamos procurando algo com vida muito curta — n�o h� muito tempo at� que desapare�am".

As estrelas de n�utrons s�o t�o pesadas que uma pequena colher de ch� do seu material pesa quatro bilh�es de toneladas.

O telesc�pio permite que os astr�nomos, na pr�tica, consiga ver seu "conte�do interior".


Sistema GoTo
Novo telesc�pio parece uma bateria de lan�adores de foguetes (foto: BBC News/Kevin Church)

Para que possa ter uma vis�o clara do c�u, o telesc�pio est� localizado no pico de uma montanha, que abriga uma d�zia de instrumentos de todas as formas e tamanhos, cada um estudando um fen�meno diferente.

Quando suas c�pulas g�meas se abrem, revelam duas baterias pretas de oito telesc�pios cil�ndricos aparafusados juntos — estruturas que mais parecem lan�adores de foguetes amea�adores. Cada bateria cobre o peda�o do c�u acima dela girando rapidamente vertical e horizontalmente.

Uma estrela de n�utrons � um sol morto que colapsou sob seu imenso peso, esmagando os �tomos que antes a faziam brilhar. Elas possuem uma gravidade t�o forte que s�o atra�das uma pela outra. Mais cedo ou mais tarde, colidem e se fundem.

Quando isso acontece, elas criam um clar�o de luz, e uma poderosa onda de choque se propaga pelo Universo. Ela faz oscilar tudo no Universo, inclusive, imperceptivelmente, os �tomos dentro de cada um de n�s.

A onda de choque, chamada de onda gravitacional, distorce o espa�o. E quando � detectada na Terra, o novo telesc�pio entra em a��o para encontrar a localiza��o exata do clar�o.


Estrela de nêutrons
Estrelas de n�utrons s�o s�is que entraram em colapso sob o peso de sua pr�pria gravidade, esmagando os �tomos que outrora as fizeram brilhar (foto: BBC News/Stelios Thoukidides)

O objetivo dos operadores � localiz�-la dentro de horas, ou at� mesmo minutos a partir da detec��o da onda gravitacional.

Eles tiram fotos do c�u e depois removem digitalmente as estrelas, planetas e gal�xias que estavam l� na noite anterior.

Qualquer ponto de luz que n�o estava l� antes pode ser a colis�o de estrelas de n�utrons.

Isso normalmente leva dias e semanas, mas agora deve ser feito em tempo real. � uma grande tarefa, realizada por meio de um software de computador.

"Voc� poderia pensar que essas explos�es s�o muito energ�ticas, bastante luminosas, deve ser f�cil", diz o professor de astrof�sica Joe Lyman.

"Mas temos que procurar em cem milh�es de estrelas o �nico objeto em que estamos interessados."

"E temos que fazer isso muito r�pido porque o objeto desaparecer� em dois dias."


Telescópios
(foto: BBC News/Kevin Church)

A equipe trabalha com outros astr�nomos para estudar a colis�o com mais detalhes.

Uma vez que identificam a colis�o, eles se voltam para telesc�pios maiores e mais poderosos em todo o mundo, para analisar a colis�o com muito mais detalhe, e em diferentes comprimentos de onda.

Esse processo est� "nos contando sobre a f�sica ao extremo", explica Lyman.


Clouds
Telesc�pio est� localizado acima das nuvens para que possa obter uma vis�o clara do c�u � noite (foto: BBC News/Kevin Church)

O pico da montanha aproxima os astr�nomos um pouco mais das estrelas. Com o telesc�pio, eles t�m uma nova maneira de explorar o cosmos, diz Kendall Ackley, cientista de instrumenta��o do GOTO.

Segundo ela, a astronomia tradicional se resumia a "ter sorte". Mas isso est� mudando.

"Agora n�o ficamos mais � espera de novas descobertas. Em vez disso, estamos sendo informados sobre onde encontr�-las e descobrindo, pe�a por pe�a, o que existe no Universo."

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62263016

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