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Estado de Minas PAIX�O VIRTUAL

O efeito que os aplicativos de namoro podem causar no c�rebro

A forma como os aplicativos funcionam pode liberar horm�nios no c�rebro


18/02/2023 17:24 - atualizado 19/02/2023 07:23


A modelo Cara Delevingne
A modelo Cara Delevingne � a apresentadora da s�rie "Planet Sex" da BBC Three. (foto: BBC)

N�s todos (ou quase todos) queremos nos apaixonar, certo? E os aplicativos de namoro est�o a� para nos ajudar.

Na nova s�rie da BBC Three, Planet Sex, a modelo Cara Delevingne investigou o que acontece com nossos c�rebros quando vemos imagens de pessoas que achamos atraentes.

Em um dos epis�dios, ela mesma foi examinada.

Seu c�rebro foi monitorado enquanto ele via imagens de pessoas que reconhecia, de conhecidos que achava atraentes a pessoas com quem teve relacionamentos de longo prazo.

As fun��es cerebrais de Cara se iluminaram mais quando imagens de seus amores s�rios do passado apareceram, e os resultados, disse a Dra. Bianca Acevedo, que conduziu sua varredura cerebral, prova que "o amor � um impulso realmente forte."

"Mesmo quando o relacionamento do casal n�o � bom, ainda h� uma forte conex�o - voc� v� intensa atividade de recompensa em seus c�rebros."

"O amor � basicamente uma droga", concordou Cara.


Ilustração de mão segurando celular
(foto: Getty Images)

N�o � nenhuma surpresa que os aplicativos de namoro, uma tecnologia que nos ajuda a encontrar o amor, sejam t�o populares.

Em 2022, ano em que o pioneiro Tinder comemorou 10 anos de exist�ncia, 323 milh�es de pessoas ao redor do mundo estavam usando esse e outros aplicativos semelhantes, segundo um estudo recente.

E � que s�o "incrivelmente viciantes", segundo a psic�loga e consultora cultural Zoe Mallett.

"Eles d�o a voc� a chance de conhecer pessoas que voc� n�o conheceria de outra forma", diz ele, mas acrescenta que nem tudo s�o coisas positivas.

Embora possam ajud�-lo a encontrar o amor, j� que h� muito tempo envolvido na tela, "eles podem mudar a maneira como voc� se comporta quando conhece pessoas na vida real", diz ela.

Eles s�o baseados em refor�o intermitente, algo que Mallett define como a "entrega de recompensas em intervalos irregulares".

"Os cientistas relacionam isso com jogos de azar. � a sensa��o viciante de nem sempre ganhar ", detalha.

Isso porque se voc� encontrar algu�m por quem se sente atra�do e escolher essa pessoa, nada garante que a mesma coisa acontecer� com essa pessoa, ent�o, quando ocorre o match, a recompensa parece maior.

"A incerteza faz com que voc� invista mais", explica ela, observando que, mesmo que voc� n�o consiga nenhuma correspond�ncia, desejar� "voltar para ter mais".

Como nos sentimos ao us�-los?

"Tem a ver com os n�veis de dopamina em seu c�rebro", diz a psic�loga.


ilustração de aplicativos de namoro
(foto: Getty Images)

Descrita em um estudo da University College London como um mensageiro qu�mico que nos ajuda a sentir prazer, a dopamina � liberada em seu c�rebro quando voc� "d� um match" em um aplicativo de namoro, ou seja, quando encontra um par que tamb�m gostou de voc�.

"� a mesma subst�ncia qu�mica liberada quando voc� faz sexo ou ganha alguma coisa. Pode fazer voc� se sentir relaxado e animado", diz Mallett.

"Voc� fica feliz quando usa, mas a onda de dopamina dura pouco, voc� est� constantemente querendo senti-la novamente "

"Para envolver o usu�rio, os aplicativos de namoro s�o projetados para serem emocionantes e divertidos", diz ele.

Semelhante � forma como usamos a m�dia social, os designers de servi�os de namoro querem que voc� volte sempre.

"Ambos t�m como alvo a mem�ria muscular do seu c�rebro, ent�o � a primeira coisa que voc� procura quando pega o telefone. Seu c�rebro ir� naturalmente para um lugar que sabe que pode fazer voc� se sentir bem."

E, assim como a m�dia social, os aplicativos de namoro s�o cuidadosamente projetados para "apagar voc� do resto do mundo".

"Eles querem que voc� esteja 'de �culos' quando usar o aplicativo", diz ele.


Ilustração de mão segurando aparelho celular
(foto: Getty Images)

Usando cores, fontes e linguagem cuidadosamente projetadas, eles tamb�m se concentram no seu lado emocional.

“Quando voc� v� algu�m de quem gosta em um aplicativo, pode come�ar a imaginar um futuro com essa pessoa. N�o se trata apenas da apar�ncia, mas tamb�m da narrativa que ela pode criar”, acrescenta.

Amor?

Os humanos est�o constantemente procurando por valida��o, diz Mallett, e � isso que os aplicativos de namoro tamb�m atraem.

"Quando voc� encontra um par em um aplicativo de namoro, por um breve segundo, todas as suas d�vidas podem desaparecer."

Al�m disso, a sensa��o de "desconhecido" mant�m os usu�rios viciados. "Voc� nunca sabe quem ser� o pr�ximo e isso � muito emocionante."

Mas essa emo��o pode se transformar em amor?

De acordo com um estudo da YouGov, 16% dos consumidores globais entre 25 e 34 anos conheceram seu parceiro por meio de um aplicativo.

Para a psic�loga, ganhar aquele pr�mio � resultado de uma mistura de "sorte" e "esfor�o".

"Se voc� passa muito tempo procurando por amor em um aplicativo de namoro, � mais prov�vel que encontre algu�m de quem goste.

"Mas tamb�m � uma quest�o de sorte. Voc� pode n�o gostar de ningu�m na �rea em que mora."

Cara a cara

A m�dia social e os aplicativos de namoro tamb�m mudaram a maneira como nos comunicamos na vida real, argumenta Mallett.


Ilustração de coração
(foto: Getty Images)

"Nossa depend�ncia da tecnologia fez com que algumas pessoas achassem dif�cil ter uma conversa cara a cara", diz ela.

“Agora as pessoas podem pensar que n�o precisam se expor ou se aproximar das pessoas que veem por a� se puderem simplesmente ir para casa e usar o aplicativo, o que � muito menos intimidador ”.

Ent�o � bom us�-los?

"Tudo tem partes boas e ruins", considera Zoe. "Se voc� quer conhecer seu parceiro, eles s�o uma �tima maneira de descobrir o que voc� pode ou n�o querer dele."

"Eles tamb�m podem aumentar sua confian�a, mas eu n�o recomendaria confiar neles como sua �nica maneira de conhecer pessoas ."

Al�m disso, ela diz, a maneira como usamos aplicativos de namoro est� come�ando a mudar.

“Aplicativos como Bumble e Thursday come�aram a hospedar eventos presenciais, o que � interessante porque leva os usu�rios para fora do aplicativo e para um ambiente da vida real”.

"(Os criadores dos) aplicativos est�o percebendo que ainda queremos conhecer pessoas na vida real", diz Zoe.

Mas nossa obsess�o por eles n�o deve diminuir.

"Os seres humanos gostam naturalmente de coisas que facilitam nossas vidas.

"Os aplicativos de namoro nos ajudam, facilitam nossa vida. Eles s�o uma solu��o. � dif�cil conhecer pessoas, ent�o n�o � surpresa que gostemos tanto deles ."


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