(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Erasmo Carlos: 'Ficar em casa vivendo s� do passado n�o d�'

Aos 77 anos, o Tremend�o chega a BH nesta sexta (10) com a turn� de Amor � isso, disco em que homenageia a mulher e no qual teve a participa��o de convidados como Marisa Monte e Samuel Rosa


postado em 10/05/2019 05:07

(foto: Daryan Dornelles/Divulgação)
(foto: Daryan Dornelles/Divulga��o)


No �ltimo ano, Erasmo Carlos foi homenageado pelo Grammy, o Oscar da m�sica, se casou, fez um filme e lan�ou um disco em que mostra a sua melhor faceta: a de rom�ntico. “A gente vai vivendo e as coisas v�o aparecendo. Temos que movimentar a vida. O importante � sempre estar atuante e antenado com o que est� acontecendo para ser lembrado. Ficar em casa vivendo s� do passado n�o d�. A vida passa e por isso tem que sempre buscar novidades”, acredita.

Ap�s tr�s trabalhos majoritariamente dedicados ao rock’n’roll, Amor � isso, nome do novo �lbum e da turn� que chega hoje a Belo Horizonte (os ingressos est�o esgotados), tem o amor como mote e conceito, como o pr�prio t�tulo sugere. “A ideia foi abordar aquele amor infinitamente el�stico, que abra�a e encampa o amor pelos pais, pelos vizinhos, pelos irm�os, pelos amigos, pela pessoa amada e at� pelos objetos. � um amorz�o em que cabe tudo e n�o faz distin��o”, explica.

Boa parte das 12 faixas surgiu a partir de versos que o Tremend�o escreveu para a mulher, a pedagoga Fernanda Passos, de 28 anos. Ao longo de sete anos, foram 111 poemas dedicados a ela, que v�o se transformar em breve em livro. “A maioria das m�sicas foi inspirada nessas poesias e, a�, resolvi musicar. Chamei v�rias pessoas bacanas para me ajudar nessa empreitada”, conta.

Parcerias

Entre os convidados est�o artistas que j� haviam trabalhado com Erasmo ou que eram pr�ximos a ele,  como Marisa Monte, que assina com ele e Dadi Convite para nascer de novo; Adriana Calcanhotto, parceira em Seu sim, e Arnaldo Antunes, que comparece em Parece que foi hoje. “Marcelo Camelo tamb�m est� no disco e comp�s e canta Sol da Barra. � um cara que admiro demais. Eu o gravei antes mesmo de ele ficar conhecido”, comenta.

O �lbum, o 31º da carreira, traz tamb�m um parceiro das antigas, Tim Maia. New love (Novo love), composi��o gravada e escrita em ingl�s pelo S�ndico nos anos 1960, �poca em que foi morar nos Estados Unidos, ganhou nova roupagem e versos em portugu�s de Erasmo Carlos. A faixa � uma das mais bonitas do disco. “� uma m�sica especial para mim. Tim a fez quando era adolescente e me mandou para eu ouvir. Eu nunca me esqueci e sempre tive a ideia de grav�-la”, revela.

Em Amor � isso tamb�m h� espa�o para novidades como as participa��es de Samuel Rosa, parceiro em Novo sentido, e Emicida, que canta e comp�s junto com o �dolo da Jovem Guarda Termos e condi��es. “Foi muito bacana poder contar com os dois. No caso do Emicida, eu j� tinha feito uma m�sica com ele para a Gal Costa (Abre-alas de ver�o), que entrou no �ltimo disco dela (A pele do futuro). Achei que a can��o que fizemos agora ficou muito legal, com uma fala contempor�nea”, comenta.

Apesar de ter ficado marcado durante um bom tempo como roqueiro, o lado rom�ntico nunca foi deixado de lado. O cantor e compositor que completa 78 anos em junho acredita que, precisamente por falar de afeto e amor, sua obra sempre foi atual. “O amor nunca sai de moda. E ele parece o mesmo, mas n�o �. A cada dia muda, � diferente.” No entanto, mesmo com todo esse discurso amoroso, o Tremend�o acredita que n�o � f�cil tratar dessa tem�tica. “Por incr�vel que pare�a, amor � um sentimento f�cil de explicar com gestos, mas muito dif�cil com as palavras. E quem for ao meu show vai entender sobre isso nos v�deos que apresentaremos no palco. N�o posso adiantar muito, sen�o estraga a surpresa”, avisa.

O repert�rio do show traz n�o s� can��es do novo �lbum, mas tamb�m sucessos da Jovem Guarda e de outras fases do artista da Tijuca. “N�o d� para fazer um show e deixar de lado Sentado � beira do caminho e Mulher, por exemplo. O p�blico at� cobra”, afirma.

O cinema n�o � novidade no curr�culo de Erasmo Carlos. Nos anos 1970, ele participou, ao lado dos companheiros de Jovem Guarda Roberto Carlos e Wanderl�a, de produ��es como Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa e Roberto Carlos a 300 quil�metros por hora, de Roberto Farias (1932-2018). Mas foi Os mach�es, de 1972, dirigido por Reginaldo Faria, que comprovou que o Gigante Gentil, al�m de cantar, compor e tocar, sabia tamb�m atuar. “Ganhei o Coruja de Ouro, pr�mio m�ximo do cinema na �poca, pelo meu desempenho. Adorei fazer o filme. Era uma com�dia e tinha gente de peso, como o pr�prio Reginaldo, o Fl�vio Migliaccio”, recorda.

A faceta de ator se fez presente novamente, quando ele foi convidado para participar de Para�so perdido, longa de Monique Gardenberg (O pa�, � e Benjamim), que estreou no ano passado e contou com outros cantores no elenco, como Jaloo e Seu Jorge. Na hist�ria, Erasmo interpreta Jos�, gerente de um clube noturno que se chama Para�so Perdido. O cantor diz que adorou mais uma experi�ncia cinematogr�fica, principalmente o fato de trabalhar com Gardenberg. “� uma diretora formid�vel, que te passa confian�a. E agora o filme est� na Netflix. Mais pessoas, at� de outros pa�ses, poder�o assisti-lo. Gostei demais de fazer.”

Foi na telona tamb�m que o artista carioca viu a sua vida literalmente passar diante dos olhos. O filme Minha fama de mau, lan�ado em fevereiro passado, � baseado no livro hom�nimo de mem�rias escrito pelo cantor e compositor e traz um recorte de sua hist�ria: o come�o da carreira, a parceria e a amizade com o Rei e o sucesso da Jovem Guarda. Eramos Carlos afirma que assistir ao longa, que tem dire��o de Lui Farias, filho de Roberto Farias, foi impactante.

“� forte e ao mesmo tempo curioso ver a sua hist�ria, as suas viv�ncias sendo representadas por outras pessoas. Eu me emocionei e achei a atua��o n�o s� do Chay Suede (que interpreta Erasmo), como a do Gabriel Leone (Roberto Carlos) e da Malu Rodrigues (Wanderl�a) muito boas”, diz. Erasmo assegura que n�o deu palpites em nada e que s� viu o filme quando ele ficou pronto. Os m�sicos que integram a sua banda participam de Minha fama de mau. “Eles fizeram uma farra, porque colocaram aqueles trajes, o figurino dos anos 1960. Tiveram que remo�ar” (risos).

Outro motivo de comemora��o foi o fato de ter sido laureado com o Pr�mio de Excel�ncia Musical no 19º Grammy Latino. A cerim�nia ocorreu em dezembro passado, em Las Vegas. “Com um pr�mio como esse a gente sempre fica lisonjeado. Essa homenagem me fez sentir um orgulho muito grande.”

A apresenta��o em BH ser� na antev�spera do Dia das M�es. Erasmo Carlos teve na figura de dona Diva, interpretada em sua cinebiografia por Isabela Garcia, a figura mais importante de sua vida. Ela o criou sozinha e morreu em 2004, aos 83 anos. “Eu sou um cara que sou todo amor por conta da minha m�e. � o maior tesouro que ela me deu. N�o admito nada de m�-f�, de inveja, coisas ruins. Tenho nojo de tudo isso. Foi ela que me passou esses valores e eu nunca os perdi. Por isso continuo cantando e me guiando pelo amor”, salienta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)