
Wilson n�o � mais Wilson. Ele se tornou “o pai de Rog�rio Flausino, Wilson Sideral e Fl�vio Landau”. Isso quando n�o � chamado de “pai do Jota Quest”. Marcos � “o pai de Andr�ia Horta”. Itamar, “o pai de Paula Pimenta”. E Ronald � “o pai de Victor & L�o”. Embora tenha sua pr�pria e consolidada carreira no teatro, Rog�rio Falabella tamb�m passou a ser mais famoso como “o pai de D�bora e Cynthia Falabella”. Mas eles n�o se importam. Ao contr�rio, enchem-se de orgulho quando o assunto � a prole. “Acaba havendo essa invers�o. Foi um processo natural. Eles deixaram de ser meus filhos, e eu passei a ser o pai deles (risos)”, diverte-se o dentista e professor universit�rio Wilson da Silveira Oliveira, de 74 anos.
Dos quatro filhos que teve com Maria das Gra�as de Oliveira, a Dacha, tr�s seguiram a carreira musical. “Brinco que s�o 'os tr�s maluquinhos'. S� a Let�cia foi para outro caminho, mas tamb�m � de humanas, j� que � publicit�ria. Eles puxaram muito o lado da minha esposa, porque meu sogro era seresteiro, gostava muito de cantar. Os meus cunhados tamb�m s�o bem musicais”, conta.
Wilson percebeu a voca��o art�stica dos filhos quando eles ainda estavam na inf�ncia. Aos 6 anos, Wilsinho pediu um viol�o. “Confesso que eu bem queria um filho m�dico ou engenheiro, que s�o profiss�es mais seguras. Mas, quando vi esse talento e que era o que eles queriam, passei a dar apoio e incentivar. N�o tinha jeito. Tanto � que est�o bem-sucedidos no que fazem.”
Quando o Jota Quest come�ou a despontar, Rog�rio, o primog�nito, ligou para o pai avisando que colocaria Flausino no nome em homenagem ao av� materno, Jos� Flausino. “Ele me perguntou se eu ficaria chateado com isso, por n�o ser da minha fam�lia. Muito pelo contr�rio. Eu era f� do meu sogro, ele foi o mentor musical de toda a fam�lia. Pena que morreu antes de ver o sucesso dos meninos”, comenta.
Vi�vo desde 2015, Wilson mora em Alfenas, mas est� passando uma temporada em Belo Horizonte e pretende passar o dia de hoje ao lado de toda a fam�lia. Apesar de viverem na estrada por conta dos shows, Fl�vio, Rog�rio e Wilson prometerem estar juntos neste Dia dos Pais, assim como Let�cia, que mora em BH. “N�o sei o que est�o preparando, mas o importante � encontrar os filhos, os netos, ainda mais agora que n�o temos mais a Dacha. Tenho muito orgulho de todos, da responsabilidade que eles t�m e de nunca terem perdido a simplicidade e os valores que eu e minha esposa transmitimos a eles.”
FILHOS QUE CANTAM Mesmo com a agenda intensa dos filhos, Ronald Zapal� Pimentel, de 68, d� um jeitinho de se comunicar com os sertanejos Victor e L�o, agora em carreiras solo. “Sempre que posso, vou at� a casa do L�o (em Uberl�ndia) e a do Victor (em BH). E, quando eles podem, v�m at� aqui (Vargem Alta, no Esp�rito Santo) tamb�m. Quando o show � mais pr�ximo, dou um jeitinho de ir, e o encontro � sempre caloroso. A dist�ncia n�o complica e com a internet facilita demais. A gente at� conversa olhando no olho um do outro”, diz.
O aposentado, que tamb�m � pai da psic�loga Paula, acompanhou o nascimento dos tr�s filhos e se diverte com a lembran�a da chegada de L�o. “No momento em que a enfermeira saiu com ele do centro cir�rgico, vi aquele garot�o lindo. Abracei ele e a enfermeira (risos).” Outra recorda��o marcante foi a do epis�dio em que presenteou o filho com um par de t�nis novos. “Ele devia ter uns 6, 7 anos. Dei o novo para ele deixar o velho mais encostado. No dia seguinte, L�o foi para a aula com o t�nis velho e n�o entendi. Ele me disse que tinha um coleguinha que s� ia de chinelo para a escola por n�o ter condi��es de comprar um novo e a� decidiu dar o t�nis dele a esse menino. L�o sempre foi uma pessoa de um cora��o imenso. N�o � apegado a coisas materiais. Se ele puder ajudar, ajuda”, afirma.
O pai diz se orgulhar dos filhos n�o necessariamente por serem artistas famosos. “Sei que se trata do Victor e L�o, mas n�o sou pai dos cantores, e sim de duas pessoas que cantam. S�o figuras maravilhosas, simples, inteligentes, sabem respeitar os outros.” Ronald n�o passar� este domingo com os filhos, mas ressalta que todo dia � dia dos pais. “Eles tamb�m s�o pais e estar�o com os filhos. A gente vai se falar, com certeza.”
PAIS DE PEIXE O ator e diretor Rog�rio Falabella, de 83, admite que n�o fez “muita for�a” para que as filhas Cynthia e D�bora Falabella seguissem os seus passos. “(A carreira art�stica) N�o � uma coisa certa, como um funcion�rio p�blico ou de uma empresa privada. Voc� nunca sabe o que vai acontecer, mas me d� muita satisfa��o e � gratificante ver que elas acharam seu caminho e com muita seriedade. As duas sempre foram muito dedicadas, estudiosas”, afirma.
Com a cantora l�rica Maria Ol�mpia, Rog�rio � pai tamb�m de J�nia, que seguiu carreira na publicidade e vive em BH. “S�o tr�s filhas, tr�s netas. Sou o �nico homem nesta fam�lia de mulheres. Mas acho �timo. A �nica coisa que a gente lamenta � que a D�bora e a Cynthia moram em S�o Paulo. O ideal seria todo mundo junto, mas a gente entende. A tecnologia ajuda a diminuir a saudade.” O Dia dos Pais ser� sem as filhas e as netas, que vivem na terra da garoa. “Com elas vai ser via WhatsApp, mas a J�nia e a Irene, minha neta, estar�o aqui celebrando conosco.”
Outro que viu a filha continuando seu legado � o ator, autor e diretor teatral Marcos Soares Horta, de 61. Mineiro de Juiz de Fora, mas morando em Santo Andr� (SP), na verdade ele era comerciante e se formou como t�cnico metal�rgico, of�cio que exerceu durante 13 anos. Mas quando "esbarrou" no teatro, por acaso, numa empresa em que trabalhava, resolveu estudar artes c�nicas e descobriu seu amor por interpretar, escrever e dirigir. J� est� neste ramo h� 24 anos e por isso sempre estimulou a filha, Andreia Horta, a trilhar seu caminho como atriz.
“Dois principais sentimentos me habitam faz tempo: um deles � o orgulho constante por ela conseguir esse status como fruto de seu talento aliado a uma dedica��o, estudo e respeito profundo ao seu dom, seu of�cio e sua arte. O outro � pela oportunidade de t�-la apoiado desde o in�cio e sentir que isso teve import�ncia. Das pe�as teatrais de que participou na inf�ncia e na adolesc�ncia, passando pelo incentivo a vir para S�o Paulo estudar artes c�nicas e trabalhar comigo em teatro empresarial, at� sua chegada � TV e ao cinema”, diz.
Marcos Horta conta que Andreia foi um beb� muito desejado. Cristina, a m�e, tentou engravidar durante quatro anos. “N�o quisemos saber o sexo antes e isso aumentou a emo��o ao ver aquela menina linda em nossos bra�os. Foi quando definimos seu nome. Est�vamos entre dois, mas o rostinho era de Andreia. Da� em diante, foi s� 'babar'!” A “tietagem” paterna continua. “Tenho quase tudo gravado e milhares de recortes de jornais e revistas. Sempre conversamos sobre seus trabalhos. Al�m disso, � uma filha amorosa, preocupada com os pais e presente. O Dia dos Pais ser� em minha casa, com os filhos reunidos (ele tamb�m � pai de Thiago e Guilherme). O melhor dos presentes nesta data � ter meus filhos felizes e por perto.”
F� N�MERO 1 Se tem algu�m que n�o pode reclamar da dist�ncia da filha � o ginecologista e obstetra Itamar Machado de Souza, de 71, pai da escritora Paula Pimenta. “Fui a primeira pessoa que a viu, fiz o parto em que ela nasceu. Eu me sinto muito feliz por isso. Foi maravilhoso e muito emocionante”, conta. Os dois vivem na capital mineira e v�o passar este 11 de agosto juntos, provavelmente na casa da sogra de Paula, pois � o primeiro Dia dos Pais do marido da escritora, M�rcio – Mabel, a primeira filha do casal, nasceu no fim de agosto do ano passado. O m�dico, que faz quest�o de gritar aos quatro cantos que � pai de Paula Pimenta e seu f� n�mero 1, enumera alguns momentos marcantes da vida da autora de Cinderela pop. “A festa de 15 anos, na qual dan�amos uma valsa. O lan�amento dos livros – sempre li muito e acho que a influenciei neste amor pela literatura. E, mais recentemente, o nascimento da Mabel, minha primeira neta. Acompanhei o parto, foi muito emocionante. D� muito orgulho ter uma filha reconhecida internacionalmente pelos seus livros.”