(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Com a dan�a como pano de fundo, 'Fosse/Verdon' foca casal de famosos

S�rie que estreia nesta sexta (30) na Fox Premium 1 conta a din�mica art�stica e o relacionamento de Bob Fosse e sua �ltima mulher, Gwen Verdon


postado em 30/08/2019 04:00 / atualizado em 29/08/2019 19:27

Michelle Williams interpreta Gwen Verdon, a última mulher de Bob Fosse, na série 'Fosse/Verdon'(foto: FX/DIVULGAÇÃO)
Michelle Williams interpreta Gwen Verdon, a �ltima mulher de Bob Fosse, na s�rie 'Fosse/Verdon' (foto: FX/DIVULGA��O)

“Eu nunca quis ser diretor. O que sempre quis ser foi Fred Astaire.” Bob Fosse (1927-1987) foi um dan�arino, core�grafo e diretor norte-americano. Fez muito sucesso na Broadway, mas sua consagra��o ocorreu no cinema, com filmes como Cabaret (1972, que lhe deu o Oscar de melhor diretor), Lenny (1974) e All that jazz (1979, tamb�m vencedor de quatro pr�mios da Academia de Hollywood).

Um artista genial, um homem genioso, que se utilizava das mulheres de acordo com sua conveni�ncia. � esse o retrato desenhado no primeiro epis�dio da s�rie Fosse/Verdon, que estreia nesta sexta (30), no Fox Premium (canal e app). Em oito epis�dios, a produ��o indicada a 17 Emmys (a premia��o ser� em 22 de setembro) acompanha a rela��o t�xica (para usar um termo em voga) entre Fosse e sua terceira e �ltima mulher, a atriz e dan�arina Gwen Verdon (1925-2000).

Com um apelo visual indiscut�vel, uma reconstitui��o de �poca idem e �timos n�meros musicais, a s�rie � estrelada por Sam Rockwell e Michelle Williams, aqui em p� de igualdade em atua��o. A narrativa tem in�cio com o casal j� maduro e vai retrocedendo em flashbacks que exploram sua parceria na vida privada e na carreira.

A pergunta que vem � tona logo no in�cio da s�rie �: quem foi Gwen Verdon?. E a resposta vem rapidamente, quando descobrimos, no primeiro flashback, que Verdon era a celebridade do casal. Uma das maiores estrelas da Broadway nos anos 1950 (venceu quatro Tony, o Oscar do teatro), ela no entanto nunca decolou no cinema, relegada a pap�is menores.

No cap�tulo inicial de Fosse/Verdon, a a��o chega rapidamente a 1969. Charity, meu amor, vers�o para a tela grande do sucesso da Broadway, � um grande fracasso nos cinemas. Na �poca, as cr�ticas culpam o insucesso do filme, o primeiro longa-metragem dirigido por Fosse, por um erro de escala��o. Por que n�o teriam colocado Verdon como a protagonista Charity (que ela tinha defendido com bravura nos palcos) no lugar de Shirley MacLaine?

Os anos passam e assistimos a como Fosse coloca a mulher em segundo plano, mesmo que precise dela para sua cria��o art�stica. Em 1972, Gwen viaja de Nova York para Munique para ajud�-lo durante as complicadas filmagens de Cabaret. “Bob � como minha l�ngua nativa”, ela diz ao produtor Cy Feuer (Paul Reiser), que bateu de frente com o diretor durante toda a filmagem. Gwen Verdon era a �nica interlocutora de Fosse, capaz de convencer qualquer um de suas op��es art�sticas.

Ela s� n�o conseguia que o marido lhe fosse fiel. Enquanto ficava em casa, assistindo � carreira entrar em decl�nio (e Fosse, pelo que a s�rie mostra, n�o fazia quest�o de que ela continuasse brilhando) e cuidando da filha do casal (Nicole Fosse, tamb�m dan�arina, que atuou como consultora e produtora-executiva da s�rie), o marido n�o conseguia fugir de um rabo de saia.

A despeito das constantes concess�es que fazia aos desejos do marido, Gwen Verdon n�o � retratada na s�rie como um capacho dele – parece mais uma artista fazendo as trocas que julga necess�rias. Ainda assim, n�o h� como n�o imaginar se a matem�tica do casal Fosse/Verdon seria a mesma nos tempos atuais.

FOSSE/VERDON
A miniss�rie em oito epis�dios estreia nesta sexta (30), �s 22h30, na Fox Premium 1


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)