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Estado de Minas

Espet�culo conta um cap�tulo da hist�ria do Brasil em letra e m�sica

Com dramaturgia de Lu�s Alberto de Abreu, leitura de B�rbara Paz e participa��o dos filhos de Chico M�rio, Orquestra Ouro Preto faz �nica apresenta��o do espet�culo Consangu�neos, neste domingo (15), em Belo Horizonte


postado em 14/09/2019 04:00 / atualizado em 13/09/2019 18:34

A Orquestra Ouro Preto regida pelo maestro Rodrigo Toffolo(foto: Iris Zanetti/Divulgação)
A Orquestra Ouro Preto regida pelo maestro Rodrigo Toffolo (foto: Iris Zanetti/Divulga��o)

Nos 70 anos de nascimento do violonista mineiro Chico M�rio (1948-1988), no ano passado, a Orquestra Ouro Preto e a fam�lia do m�sico criaram um la�o afetivo e profissional. “O maestro Rodrigo Toffolo ficou muito entusiasmado quando assistiu ao document�rio Tr�s irm�os de sangue (que retrata a vida dos irm�os Betinho, Henfil e Chico M�rio) e queria fazer algo sobre o legado deles. A gente acabou se aproximando, e eu ajudei a criar a s�rie Domingos Cl�ssicos, que traz apresenta��es da orquestra uma vez por m�s, a pre�os acess�veis”, conta o compositor e produtor cultural Marcos Souza, filho de Chico M�rio.

E � como uma atra��o da s�rie Domingos Cl�ssicos que o espet�culo Consangu�neos, mescla de teatro e m�sica de concerto, ser� apresentado neste domingo (15), tendo como convidada a atriz B�rbara Paz. “� uma expans�o daquilo que apresentamos no ano passado. S� que, agora, o espet�culo ganhou uma roupagem c�nica com direito a uma hist�ria, dramatiza��o”, diz o maestro.

A partir de cartas dos irm�os Souza – algumas in�ditas –, o dramaturgo Luis Alberto de Abreu criou o roteiro que reverencia a mem�ria dessas tr�s grandes personalidades brasileiras. A dire��o ficou a cargo de Chico Pel�cio.
 

''Certamente vai ser um espet�culo bem bonito e forte. � importante a Orquestra Ouro Preto continuar com essas propostas que dialogam com outras linguagens. Nosso p�blico sempre espera algo novo da gente. E tenho certeza de que vai se surpreender com Consangu�neos''

Rodrigo Toffolo, maestro

“A orquestra vai executar a trilha, que � toda do Chico M�rio, e ganhou arranjos espec�ficos do maestro Jaime Alem. B�rbara Paz far� a representa��o dram�tica do texto, tendo a m�sica como pano de fundo. N�s a conhecemos quando gravamos uma cena do document�rio Babenco – Algu�m tem que ouvir o cora��o e dizer: parou, na Casa da �pera de Ouro Preto”, conta o maestro. O document�rio sobre o cineasta Hector Babenco (1946-2016) tem dire��o da atriz, que foi casada com o diretor. Apresentado este m�s na mostra Venice Classics, paralela ao Festival de Veneza, o filme foi premiado.

Sobre sua participa��o em Consangu�neos, B�rbara diz: “As cartas s�o muito bonitas, os textos s�o fortes, e � uma linda adapta��o. � um espet�culo de mem�ria, lirismo, saudosismo. S�o belas mensagens regadas a belas m�sicas. N�o pensei duas vezes quando recebi o convite".

Marcos Souza faz uma participa��o ao lado da irm�, Karina. Ele comenta que Luis Alberto de Abreu mergulhou na correspond�ncia da fam�lia e fez um texto que mescla realidade com um toque de fic��o. “A m�sica do papai vai costurando e contextualizando essa hist�ria. � bem cronol�gico. A trilha s�o os 10 movimentos do �lbum Su�te Brasil. Mas tamb�m incorporamos outras can��es dele, como Guerra de Canudos.”

A atriz Bárbara paz(foto: Felipe Hellmeister)
A atriz B�rbara paz (foto: Felipe Hellmeister)
As composi��es abordam momentos e aspectos marcantes da hist�ria e da cultura brasileiras, desde o descobrimento, passando pela chegada da fam�lia real, o barroco mineiro, o surgimento do chorinho, do samba, da bossa nova, o golpe de 1964, o AI-5, at� as Diretas-j�, express�o criada pelo cartunista Henfil.

Tem de tudo um pouco. � bem brasileiro. A m�sica tem esse poder de ensinar a gente tantas coisas – l�ngua, cogni��o, matem�tica e tamb�m hist�ria”, afirma o primog�nito de Chico M�rio, que trar� os filhos, os g�meos Francisco e Catarina, de 7 meses, pela primeira vez � terra do av�.

“Na �ltima m�sica, Marionetes, toco piano e a Karina, que � atriz e bailarina, faz uma improvisa��o de dan�a. Essa can��o � uma cr�tica que papai fez sobre como somos todos manipulados. Minha irm� tamb�m vai ler um texto, criado pelo Luis (Alberto de Abreu), em que dialoga com o nosso pai. Vai ser bem emocionante”, aposta Marcos.

Minha vida influencia meu trabalho, que � um reflexo da minha hist�ria. ''Nunca parei, nunca estacionei. Gosto de inventar hist�rias, de criar, preciso criar. No teatro, no cinema ou na televis�o, tudo � um processo de cria��o. Todos os caminhos fazem parte de uma coisa s�. � querer a evolu��o, buscar o melhor, fazer florescer tudo partindo do afeto, ter paix�o no que se faz. � meu motor, o que me move, me faz acordar. E n�o vou parar nunca, estou s� come�ando''

B�rbara Paz, atriz e diretora

Rodrigo Toffolo observa que, embora a obra de Chico M�rio tenha marcas temporais, ela segue muito atual. “N�o sei se foi proposital ele ter feito isso, mas s�o m�sicas que extrapolam o tempo. Certamente vai ser um espet�culo bem bonito e forte. � importante a Orquestra Ouro Preto continuar com essas propostas que dialogam com outras linguagens. Nosso p�blico sempre espera algo novo da gente. E tenho certeza de que vai se surpreender com Consangu�neos.”

A expectativa de Marcos Sousa tamb�m � alta. “� um espet�culo que est� em constru��o. Quem sabe mais para frente a gente n�o incrementa, inclui outras coisas, como proje��es. D� para fazer muita coisa bacana com esse material”, afirma. No tapete vermelho do Festival de Veneza, B�rbara Paz empunhou um cartaz em protesto contra o desmatamento na Amaz�nia no qual se lia “I am Amaz�nia”. "Passamos por um momento delicado, vivemos tempos sombrios. E ser ator � um ato pol�tico. Voc� tem a voz. O artista tem a obriga��o de fazer alguma coisa, tentar abrir os olhos das pessoas. E n�o tem como n�o se pronunciar em um evento como esse. O mundo est� preocupado com a Amaz�nia", diz ela.

Consangu�neos
Com Orquestra Ouro Preto, B�rbara Paz, Marcos e Karina Souza. Domingo (15), �s 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium. Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro. (31) 3270-8100. Ingressos: R$ 25 (inteira), R$ 12,50 (meia) e R$ 10 (Cliente Sesc).


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