
Outubro de 1999. A cantora e compositora Patr�cia Ahmaral vivia um misto de ansiedade, tens�o e contentamento. Ela se preparava para subir ao palco do Teatro Sesiminas e apresentar seu �lbum de estreia ao p�blico: Ah!.
“Confesso que eu estava t�o nervosa que, quando acabou a apresenta��o, eu queria repetir (risos), porque n�o sabia se tinha ficado bom ou n�o”, conta. “� natural ter toda essa expectativa, ainda mais em se tratando do primeiro disco. Naquele �poca, por mais que eu tenha ficado muito satisfeita com o resultado, eu n�o tinha no��o do que esse trabalho representaria na minha vida e na minha trajet�ria”, diz Patr�cia.
Vinte anos ap�s o lan�amento, a artista mineira radicada em S�o Paulo desde 2008 vai celebrar a data com um show revival nesta quinta-feira (17) no Cine Theatro Brasil Vallourec, em Belo Horizonte, no qual contar� com a participa��o especial de Zeca Baleiro, produtor do disco.
“Vai ser uma grande festa, e ter o Zeca comigo � a cereja do bolo. Na �poca, fiquei muito agradecida por ele ter assumido a produ��o, j� que ele estava no seu segundo disco, com uma carreira j� se consolidando. Ele juntou o frescor de quem estava come�ando com sua genialidade. Foi um trabalho muito consciente e, ao mesmo tempo, livre. E ele foi fundamental para esse desfecho”, afirma.
Foi por meio de uma amiga em comum – a tamb�m cantora e empres�ria do meio musical Rossana Decelso – que Patr�cia chegou at� Zeca Baleiro. Ele se interessou pelo trabalho da cantora e, quando soube que ela finalmente iria gravar o seu primeiro disco, ofereceu seu apoio. Zeca n�o assina somente a produ��o, como tamb�m canta e tem duas composi��es entre as 12 do disco, Voduzinho e Locopoco.
“Por isso acho mais do que essencial t�-lo agora nesta celebra��o. Vamos cantar boa parte do repert�rio de Ah!, al�m de m�sicas dele e minhas”, avisa. A cantora tamb�m aproveita a data para lan�ar o disco nas plataformas digitais, mas avisa que haver� um estoque do �lbum f�sico � venda no teatro (por R$ 25).
"Quando a gente faz uma obra, independentemente de qual seja a linguagem, tem uma ang�stia de saber o que est� sendo criado. Depois vem a ang�stia de como vai ser compreendido. S� com o passar do tempo � que vamos saber se aquilo sobreviveu ou n�o, e eu fico muito feliz em saber que Ah! tocou as pessoas"
Patr�cia Ahmaral, cantora
Patr�cia estar� acompanhada no Cine Brasil da banda que participou das grava��es do CD, formada por Celso Pennini (arranjos, guitarras e viol�o), Rog�rio Delayon (arranjos, guitarras, viol�o, bandolim), Thiago Correa (baixo), Lu�s Patr�cio (bateria) e Tat� Sympa (acordeom e teclados). “E ainda vamos ter o Egler Bruno na guitarra e viol�o, que � um m�sico que n�o participou do Ah!, mas est� comigo h� anos.”
REPERT�RIO
Ah! tem um repert�rio que mescla cl�ssicos da MPB, como Beijinho doce (Nh� Pai), A volta do bo�mio (Adelino Moreira) e Eu quero � botar meu bloco na rua (S�rgio Sampaio), can��es at� ent�o in�ditas, caso de M�quina do tempo (George Israel e Mathilda K�vak), e regrava��es, como as de M�quina de escrever (Lu�s Capucho e Mathilda K�vak) e Perto demais de Deus (Chico C�sar). O nome do projeto foi uma sugest�o do jornalista e cr�tico musical Kiko Ferreira.Ap�s uma consulta com a numer�loga Monah Di, Patr�cia decidiu mudar seu sobrenome (sem muita aprova��o da fam�lia) e acrescentou o Ah ao Amaral. “A coisa mais dif�cil, ainda mais em se tratando do primeiro disco, foi batiz�-lo. Rola muita inseguran�a em rela��o a tudo.
O Kiko � quem observou esse Ah dentro do nome e o sugeriu. � uma express�o exclamativa. E isso acabou tornando at� a minha decis�o de mudar o sobrenome mais leve”, recorda.
Com tr�s discos lan�ados – al�m de Ah! (1999), ela gravou Vitrola alquimista (2004) e Superpoder (2011) –, Patr�cia Ahmaral prepara agora um novo trabalho, que deve ficar pronto em 2020 e ser� uma homenagem ao poeta e letrista Torquato Neto. A cantora vai mostrar duas can��es que estar�o nesse �lbum no show desta noite.
“Quando a gente faz uma obra, independentemente de qual seja a linguagem, tem uma ang�stia de saber o que est� sendo criado. Depois vem a ang�stia de como vai ser compreendido. S� com o passar do tempo � que vamos saber se aquilo sobreviveu ou n�o, e eu fico muito feliz em saber que Ah! tocou as pessoas”, afirma.
Patr�cia Ahmaral convida Zeca Baleiro – 20 anos de Ah!
Show revival e lan�amento digital do �lbum. Nesta quinta (17), �s 20h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Pra�a Sete, Centro). Ingressos: Plateia I: R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia); Plateia II: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), � venda na bilheteria do teatro e pelo site Eventim.