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Estado de Minas ARTES VISUAIS

MTC promove retrospectiva do artista mineiro que Minas Gerais esqueceu

Curadora da mostra 'Raymundo Colares - De volta � estrada' diz que o estado natal do pintor n�o reconhece que ele � um dos grandes nomes da arte contempor�nea brasileira


postado em 04/11/2019 04:00 / atualizado em 03/11/2019 18:19

A exposição 'Raymundo Colares: de volta à estrada' reúne 30 trabalhos do artista mineiro, morto aos 42 anos, em 1986 (foto: Jaime Acioli/Divulgação )
A exposi��o 'Raymundo Colares: de volta � estrada' re�ne 30 trabalhos do artista mineiro, morto aos 42 anos, em 1986 (foto: Jaime Acioli/Divulga��o )

Com trabalhos que re�nem tend�ncias como o construtivismo e a arte pop, ligados � programa��o visual, publicidade, fotografia e cinema, em integra��o � cultura pop, o artista mineiro Raymundo Colares (1944-1986), nascido em Gr�o Mogol, tem parte de sua obra exposta pela primeira vez em Belo Horizonte.
 
Com curadoria da cr�tica e escritora carioca L�gia Canongia, a exposi��o Raymundo Colares: de volta � estrada ser� aberta nesta ter�a-feira (5), �s 10h, na Galeria do Centro Cultural Minas T�nis Clube. Os 30 trabalhos permanecer�o expostos at� o dia 2 de fevereiro.
 
L�gia conta que, entre as obras selecionadas para essa individual, constam pinturas, gravuras, guaches, os famosos gibis, o di�rio pessoal e farto material documental sobre a vida e a produ��o do artista, que iniciou sua trajet�ria na d�cada de 1960, sob a influ�ncia da pop art norte-americana. “Para muitos, inclusive, esse foi o movimento que deflagrou o per�odo contempor�neo nas artes visuais”, ressalta a curadora.
 

''Ser� um chamado � aten��o p�blica para um artista mineiro que � de suma import�ncia para a historiografia da arte neste pa�s. Ele est� no mesmo patamar de Lygia Clark e Amilcar de Castro. Ent�o � um m�rito que ainda precisa ser reconhecido em Minas''

L�gia Canongia, curadora

 
Ela aponta Colares como um dos artistas mais importantes da arte contempor�nea brasileira. “Trazer a exposi��o dele para Minas, que � o seu estado natal, ser� corrigir um esquecimento que houve em rela��o � import�ncia dessa obra. Ser� um chamado � aten��o p�blica para um artista mineiro que � de suma import�ncia para a historiografia da arte neste pa�s. Ele est� no mesmo patamar de Lygia Clark e Amilcar de Castro. Ent�o � um m�rito que ainda precisa ser reconhecido em Minas.”
 
L�gia lembra que a obra de Colares j� foi reunida em duas retrospectivas no Rio de Janeiro e uma outra em S�o Paulo, al�m de contar com diversas cita��es em cat�logos internacionais. “Suas obras custam uma fortuna e ele, simplesmente, � desconhecido do grande p�blico mineiro. Esta mostra proporcionar� uma grande oportunidade de cobrir essa lacuna no conhecimento da popula��o local e trazer reconhecimento para a import�ncia dessa obra. Colares � citado em todos os livros da arte contempor�nea brasileira.”
(foto: Jaime Acioli/Divulgação)
(foto: Jaime Acioli/Divulga��o)
 

MORTE TR�GICA

Essa � a segunda retrospectiva de Colares com a curadoria de L�gia Canongia – a primeira foi realizada em 1997, no Centro Cultural Light, no Rio de Janeiro. “Estou tentando h� muitos anos fazer uma exposi��o dele aqui em Minas e agora surgiu esta oportunidade. Infelizmente, ele teve um fim tr�gico em 1986, quando morreu queimado por um inc�ndio em um hospital, na cidade de Montes Claros. Embora tenha tido uma vida muito curta, deixou uma obra muito expressiva, pois produziu bastante. Os principais museus e os grandes colecionadores brasileiros t�m obra dele.”

(foto: Jaime Acioli/Divulgação)
(foto: Jaime Acioli/Divulga��o)
Colares estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e depois se transferiu para o Museu de Arte Moderna, que, como observa a curadora, era um lugar de contato mais direto com a express�o contempor�nea e mundial e onde passou a ser aluno de artistas muito importantes.
 
“Colares tamb�m tem um segmento da produ��o que se chama Gibis. Ele tinha uma grande admira��o pelas hist�rias em quadrinhos e isto influenciou at� na sua maneira de estruturar as formas dentro da tela.”
 
L�gia lembra que o artista produziu livros manuse�veis, feitos de cores e recortes. “A hist�ria dele tem tudo a ver com um pouco da fragmenta��o cubista, com a decomposi��o e n�o com a composi��o. Esses livros s�o de p�ginas coloridas, todas recortadas e, quando se manuseia um recorte ou outro, vai se movendo a pr�pria imagem, a cor e a forma transformando-se. Estamos colocando tr�s r�plicas desses gibis para o p�blico manusear e acompanhar esse desdobramento das p�ginas.”
 
A exposi��o conta tamb�m com um painel de informa��es sobre a biografia de Colares. “Colocamos poemas, cartas que ele trocou com o artista Ant�nio Manoel e com H�lio Oiticica, al�m de retratos com a fam�lia, amigos. Fizemos um painel documental muito rico”, afirma.

• Raymundo Colares: de volta � estrada
Exposi��o de obras do artista, na galeria do Centro Cultural Minas T�nis Clube (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes, (31) 3516-1360). Desta ter�a-feira (5) a  2 de fevereiro, das 10h �s 20h (ter�a a s�bado) e das 11h �s 19h (domingos e feriados). Entrada franca.


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