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Estado de Minas QUARENTENANDO

Teuda Bara apela: 'Por favor, fiquem em casa'

Conhecida pelo temperamento irrequieto, atriz do Galp�o aprendeu a usar o WhatsApp, declama poemas da janela e ensaia pelo aplicativo Zoom. 'Vou fazer 80 anos, n�o posso brincar com a sa�de', diz


postado em 06/05/2020 04:00 / atualizado em 05/05/2020 20:55

Teuda Bara faz um apelo ao público: %u201CPor favor, fiquem em casa%u201D (foto: Guto Muniz/Divulgação)
Teuda Bara faz um apelo ao p�blico: %u201CPor favor, fiquem em casa%u201D (foto: Guto Muniz/Divulga��o)

“N�o aguento mais ficar trancada em casa. N�o vejo a hora de voltar aos ensaios.” O desabafo � de Teuda Bara, uma das fundadoras do Grupo Galp�o, que se tem desdobrado para cumprir rigorosamente a quarentena.

“�s vezes, vou at� minha janela e recito umas poesias para a vizinhan�a. Tamb�m vejo TV, escuto m�sica, leio. Mas como sou inquieta, � realmente dif�cil pra mim”, revela. Por�m, Teuda est� conformada: “Vou completar 80 anos em 2021, n�o posso brincar com a sa�de. Se � para ficar em casa, ent�o vamos ficar.”

Dona de sonora gargalhada e famosa pela agita��o, Teuda se desdobra para cumprir o isolamento social. “Nunca vivi algo assim. N�o tenho muita paci�ncia para ficar quieta. � muito chato permanecer em frente a uma tela, ficar ali apertando bot�es”, reclama, contando que detesta as parafern�lias eletr�nicas. “Tive uma resist�ncia enorme a entrar no WhatsApp, mas hoje consigo dominar a fera. Essa � a �nica rede social que tenho. Para ser sincera, n�o gosto das outras.”

Teuda diz que as redes s�o “muito chatas” porque estimulam as pessoas a bisbilhotar a vida alheira. Por isso, ela se limita ao WhatsApp – e olhe l�. “N�o quero outras redes, pois v�o ficar dando palpite na minha vida. Por�m, agora somos obrigados a esse isolamento social, um inferno para o artista”, comenta.

A atriz do Galp�o passou uma ter�a-feira triste devido � morte do colega Fl�vio Migliaccio, na segunda-feira. O ator, de 85 anos, deixou � fam�lia uma carta relatando sua desesperan�a com o mundo e o Brasil. “Isso me deixou muito machucada, o recado dele foi muito contundente”, diz.

ENSAIO 

Teuda lamenta que a quarentena tenha interrompido os ensaios presenciais de Quer ver escuta, o novo trabalho do Galp�o. “Trata-se de um espet�culo sobre poemas que estrear�amos em abril, no Festival de Curitiba. Nele, a gente usa a poesia de todos os jeitos”, explica.

O isolamento social exige que a trupe agora ensaie por meio do aplicativo Zoom, cada um em sua casa. “N�o � a mesma coisa, claro, mas seguimos trabalhando, ansiosos para que isso tudo passe logo e a gente possa cumprir a agenda.”

A 25ª montagem do Galp�o nasceu do projeto Experimentos c�nicos, realizado pelo grupo em sua sede, em Belo Horizonte. “Vamos levar � cena a poesia viva do Brasil contempor�neo. Ser�o encenados textos da nova gera��o de poetas de todas as partes do Brasil, numa mistura de teatro, literatura e performance”, diz Teuda.

A atriz lembra que, durante a quarentena, o grupo vem apostando em projetos on-line para ficar perto de seu p�blico. “Estamos disponibilizando espet�culos em nossa p�gina no YouTube. Os atores fazem leituras dos textos ligados ao processo de pesquisa da nova pe�a”, ressalta. Ao se despedir do rep�rter, Teuda faz quest�o de mandar um recado para o p�blico: “Por favor, fiquem em casa. Vamos escutar o que diz a Organiza��o Mundial da Sa�de. N�o brinquem com coisa s�ria!”



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