
Inquieta��es, d�vidas, ang�stias, medos e aprendizados de atores de teatro, apresentados ao p�blico com poemas de Ana Martins Marques, Paulo Henriques Britto, Alberto Pucheu, Marcelo Montenegro, Dimitri BR e Fabr�cio Corsaletti. Essa � a f�rmula do filme-ensaio �ramos em bando, do Grupo Galp�o.
“Acho que esse filme � sobre reinven��o e sobre a poesia poss�vel nos dias de hoje”, comenta Marcelo Castro, que dirigiu o projeto em parceria com Pablo Lobato e Vin�cius de Souza.
�ramos em bando ser� exibido pela primeira vez nesta quinta-feira (4) e ficar� em cartaz at� domingo (8), como parte do projeto Circuito em Casa, da Funda��o Municipal de Cultura. As exibi��es ser�o sempre �s 20h, pelo YouTube (canalfmc), Facebook (circuitomunicipaldeculturabh) e Instagram (circuitomunicipaldecultura).
CURITIBA
Com a pandemia do coronav�rus, o Galp�o cancelou a estreia da pe�a Quer ver escuta, que ocorreria em abril, durante o Festival de Teatro de Curitiba. Com os encontros presenciais impossibilitados, o grupo decidiu continuar com os ensaios do espet�culo pela plataforma on-line Zoom. “Est�vamos nos encontrando sem saber o que poderia gerar. Durante esses encontros, percebi que tinha algo acontecendo ali. Aquilo j� era um registro hist�rico, isso que estava acontecendo talvez nunca mais iria se repetir com tanta novidade e frescor dentro dessa situa��o e tendo que se reinventar. A partir da�, percebi que dessa pot�ncia surgia um filme”, revela Marcelo Castro sobre �ramos em bando.As mais de 15 horas de filmagens dos ensaios foram transformadas em um filme de 60 minutos, que conta com a participa��o dos atores Antonio Edson, Eduardo Moreira, In�s Peixoto, J�lio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo Andr� e Teuda Bara.
“A gente j� tinha o desejo de continuar (trabalhando) e de registrar este momento, que � hist�rico e �nico: uma pandemia que est� afligindo a todos e afeta nosso direito de ir e vir. Esse filme � a oportunidade de mostrar para o p�blico todo o processo que estamos vivendo”, conta Eduardo Moreira, um dos fundadores do Galp�o. Para o ator, o filme tem uma pulsa��o inquietante. “Nos faz pensar, � uma reflex�o sobre este momento que estamos vivendo, os poss�veis caminhos da arte e do teatro. E como vamos conseguir ou n�o dar a volta por cima.”
Mesmo acostumado a dirigir pe�as, e sendo esse o primeiro filme o qual dirige, Marcelo Marcelo Castro conta que n�o encontrou muitas diferen�as entre os dois universos. “Tem uma coisa que liga todas as artes, o desejo de cria��o. Enquanto estava fazendo, eu n�o pensava nas diferen�as, mas no desejo de criar algo potente.”
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Tet� Monteiro