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Estado de Minas S�RIE

'We are who we are' oferece novo olhar sobre a adolesc�ncia

Dirigida por Luca Guadagnino, produ��o mostra jovens em conflito com a pr�pria sexualidade. Seriado � exibido no Brasil pela HBO


01/10/2020 04:00

Fraser (Jack Dylan Grazer) e Caitlin (Jordan Kristine Seamón) questionam padrões sexuais impostos a eles (foto: HBO/divulgação)
Fraser (Jack Dylan Grazer) e Caitlin (Jordan Kristine Seam�n) questionam padr�es sexuais impostos a eles (foto: HBO/divulga��o)

� primeira vista, We are who we are at� pode se parecer com Me chame pelo seu nome (2017), vencedor do Oscar de roteiro adaptado. Ambos s�o dirigidos por Luca Guadagnino, t�m como cen�rio id�licas paisagens italianas durante o ver�o e adolescentes como protagonistas. Mas, na verdade, a compara��o � pregui�osa, n�o s� porque Me chame pelo seu nome � um longa de 132 minutos, enquanto We are who we are, exibida �s segundas na HBO, �s 23h, � uma s�rie em oito epis�dios, a primeira do diretor italiano.

E n�o s� porque a a��o do filme � nos anos 1980, e a s�rie se passa em 2016. Mas tamb�m porque Elio (Timoth�e Chalamet), com pais compreensivos e intelectuais, n�o tem muito a ver com o rebelde Fraser (Jack Dylan Grazer), o menino com duas m�es – a nova comandante da base americana em Chioggia, Sarah (Chlo� Sevigny), e sua mulher, a brasileira e enfermeira do Ex�rcito dos EUA Maggie (Alice Braga).

Fora isso, Fraser � apenas um dos dois protagonistas. A outra � Caitlin (Jordan Kristine Seam�n), que tamb�m mora na base.

S�MBOLO 
A escolha de uma base militar americana na It�lia como cen�rio � interessante. Trata-se de um s�mbolo de deslocamento, um peda�o dos Estados Unidos na It�lia. Para Fraser, que acabou de se mudar de Nova York, � a morte. “Para qualquer adolescente, crescer numa esp�cie de gaiola � estranho. Voc� se sente um p�ria. Aqui � amplificado porque esses jovens est�o longe de casa e precisam descobrir quem s�o”, afirma Jack Grazer. “Fraser sente n�o ter nada. Mas uma hora ele vai se descobrir de uma maneira muito mais completa do que quando estava em Nova York.”

No caso de Fraser, isso significa lidar com a pr�pria sexualidade e com a rela��o complicada com sua m�e, que j� estava gr�vida quando conheceu Maggie. Para Caitlin, filha de um militar conservador (Kid Cudi), � entender o conceito de g�nero – secretamente, ela coloca camisas largas e prende o cabelo comprido, apresentando-se como menino.

“Fazer Caitlin me ensinou sobre diferentes estilos de vida e as dificuldades que isso implica”, diz Seam�n. A atriz, de 17 anos, acha importante fazer esse tipo de personagem na TV. “N�o � comum ver na TV jovens, especialmente negros, questionando sua identidade e fluidez de g�nero. Espero que a s�rie ajude outros jovens que est�o passando por isso a se sentirem menos sozinhos.”

Na s�rie, Guadagnino est� menos interessado na a��o do que no comportamento, no espa�o e nas intera��es. Fraser e Caitlin se tornam insepar�veis. Mas n�o s�. Era fundamental que todo o grupo de adolescentes parecesse real. Al�m de Seam�n e Grazer, h� Spence Moore II no papel de Danny, o agressivo irm�o de Caitlin, e Francesca Scorsese (filha do cineasta Martin Scorsese) como a desbocada e liberada Britney.

TRUMP 
Escolher uma base americana durante a elei��o de 2016 n�o foi algo aleat�rio. Grazer v� a rela��o disso com o estado mental de Fraser. “Na �poca, as pessoas estavam com medo do futuro”, explica o ator de 17 anos, que tinha 13 no ano da vit�ria de Donald Trump.

Ao abordar crescimento, sexualidade e fluidez de g�nero de adolescentes, Luca Guadagnino abre espa�o para uma leitura mais ampla sobre o estado do mundo em geral e dos Estados Unidos em particular. (Estad�o Conte�do)


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