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Estado de Minas PANDEMIA

'Di�rio de um confinado' brinca com os dramas da flexibiliza��o

Segunda temporada da s�rie gravada a dist�ncia traz o neur�tico Murilo, personagem de Bruno Mazzeo, �s voltas com churrascos e passeios de carro. Novos epis�dios est�o em cartaz no Globoplay


06/10/2020 04:00 - atualizado 06/10/2020 09:02

Bruno Mazzeo escreveu, dirigiu e atuou em Diário de um confinado, série gravada a distância (foto: Globo/reprodução)
Bruno Mazzeo escreveu, dirigiu e atuou em Di�rio de um confinado, s�rie gravada a dist�ncia (foto: Globo/reprodu��o)
A pandemia provocada pelo novo coronav�rus alterou radicalmente os planos dos artistas, obrigados a buscar solu��es que, ao menos, remediassem o surpreendente cancelamento de suas atividades. Entre os in�meros exemplos destaca-se o ator e roteirista Bruno Mazzeo, que, ao lado da mulher, Joana Jabace, criou a s�rie Di�rio de um confinado, cuja segunda temporada est� dispon�vel na plataforma Globoplay.

Os seis novos epis�dios mostram novamente o dia a dia de Murilo (Mazzeo), que, ainda cumprindo a quarentena, tenta agora sair de casa. O loft onde vive – na verdade, a sala do apartamento onde Joana e Mazzeo moram com os filhos, no Rio – continua o principal cen�rio da trama.

“A segunda temporada � dividida em tr�s fatias, e a principal delas ainda � a das cenas do Murilo no apartamento”, observa Joana, que assina a dire��o art�stica da s�rie. “Na outra, ele interage com outros personagens por meio de aplicativo de conversa, pelo computador ou celular.”

O personagem fala remotamente com a analista, os amigos, a m�e. “Na terceira fatia, Murilo vai � casa de um amigo, d� uma volta de carro, vai a um restaurante ao ar livre. � algu�m que tenta lidar com o mundo que est� se flexibilizando, mas ainda tem muito medo. Murilo � um paranoico nato, um angustiado. Ele vive nessa gangorra da d�vida, indo e voltando.”

Se, na primeira temporada, Murilo � obrigado a viver nova rotina (como evitar o contato com entregadores de refei��es, por exemplo), agora seu aprendizado � a tentativa, ainda que p�lida, de voltar ao mundo. “A gente come�a a falar um pouco do que vamos encontrar l� fora. Murilo continua com seus altos e baixos de humor, mas vai tentar dar esse passinho na flexibiliza��o. Por�m, ele est� ainda mais neur�tico. Quanto mais relaxamento, menos relaxado ele fica”, explica Mazzeo.

A maioria dos personagens aparece por videochamadas, dirigidas por Joana, tamb�m a dist�ncia. Os pr�prios atores fizeram a capta��o de suas cenas com kits preparados para uso individual, composto por dois celulares, trip�s, microfone externo e aparelhagem usada para controlar a ilumina��o. “Quer�amos continuar sendo produ��o caseira, mas n�o amadora”, afirma Mazzeo.

entrevista
Bruno Mazzeo
roteirista e ator

‘‘A gente conseguiu’’

Qual foi o principal aprendizado conquistado na primeira temporada de Di�rio de um confinado para melhor realizar a segunda?

Joana teve muitos aprendizados na maneira de produzir e dirigir, coisas que at� foram acontecendo durante a primeira. Dif�cil dizer com exatid�o, �s vezes s�o at� coisas subjetivas, mas tamb�m no texto a gente sempre vai entendendo como a narrativa funciona melhor, que tipo de gag funciona mais. A segunda � bem diferente, porque tem mais cenas externas, participa��es presenciais. Ent�o, t�nhamos que descobrir novas maneiras.

Amigos confinados deram sugest�es para voc�s? 

Claro que as hist�rias que ou�o dos amigos acabam sendo inspira��o, assim como as dos amigos parceiros de texto. Uma pena que n�o conseguimos usar quest�es de casal, em fun��o de o personagem ser solteiro. Sofri com isso, pois todas as minhas primeiras ideias eram relacionadas ao casamento quarentenado.

A primeira temporada termina em tom po�tico, carregado de esperan�a. A s�rie contribuiu para ajudar as pessoas a enfrentar o isolamento social? 

Escrever sempre me faz bem, para botar para fora quest�es minhas. Acredito que possa ter feito bem �s pessoas que se identificaram, mais do que a divers�o, o fato de se ver ali, saber que n�o est�o sozinhas nessa.

Murilo se arrisca a sair de casa. Isso era inevit�vel? 

A s�rie foi criada em cima de uma situa��o pontual, muito espec�fica. S� faria sentido continuar se ela acompanhasse a evolu��o do assunto. Acredito que a gente conseguiu. As pessoas continuam me escrevendo que t�m se identificado com essa quest�o da flexibiliza��o neur�tica do Murilo. (Estad�o Conte�do)










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