
A Academia Sueca anunciou, nesta quinta-feira (8), a poeta norte-americana Louise Gl�ck como vencedora do Pr�mio Nobel de Literatura de 2020. A honraria foi a ela atribu�da pela "voz po�tica inconfud�vel, com beleza austera, torna a exist�nci individual universal". A mais importante premia��o da literatura mundial foi concedida 113 vezes a 117 ganhadores entre 1901 e 2020.

O pr�mio foi comunicado � vencedora, que recebeu com surpresa o an�ncio. Devido � pandemia da COVID-19, n�o haver� a tradicional cerim�nia em dezembro em Estocolmo na Su�cia. A cerim�nia e os discursos ser�o transmitidos online.
A poeta nasceu em Nova York, em 1943, mas cresceu em Long Island. � considerada uma das mais taletosas poetas contempor�neas dos Estados Unidos. A obra se caracteriza pela precis�o t�cnica, sensibilidade e abordagem de temas como solid�o, rela��es familiares, div�rcio e morte.
Tais temas aparecem na retomada de mitos gregos e romanos, como Pers�fone e Dem�ter, movimento esse que foi classificado pela poeta e estudiosa norte-americana Rosanna Warren como “gestos de classiciza��o”. Warren destaca a capacidade de Gl�ck distanciamento do eu l�rico como sujeito e objeto de aten��o. A obra de Gluck se caracteria pelo distanciamento do material subjetivo.

Gl�ck publicou "Firstborn", (1968), "The house on marshland" (1975), "The garden" (1976), "Descending figure" (1980), "The triumph of Achilles" (1985) e "Ararat" (1990). O livro "The wild iris" foi ganhador do pr�mio Pulitzerem 1993. O mais recente livro "Faithful and Virtuous Night" (2014) venceu o National Book Award e "Poems 1962-2012" (2012) ganhou o Los Angeles Times Book Prize.
A historiadora e antrop�loga Lilia Schwarcz destacou que a indica��o foi uma surpresa, uma vez que, embora muito premiada nos Estados Unidos, a poeta � "pouco conhecida da cr�tica internacional". Destacou o esfor�o da Acadamia Sueca em equilibrar as indica��es em termos de g�nero. "Est� tamb�m (e finalmente) tentando equilibrar os premiados por g�nero, pois a despropor��o � grande e reveladora", escreveu nas redes sociais. Ela lembrou que o desequil�brio entre os laureados � gande, com a premia��o de uma maioria de homens e brancos.