Na quarentena, bandas produzem novas vers�es de m�sicas antigas

Com a rotina de shows paralisada em virtude da pandemia do novo coronav�rus, algumas bandas brasileiras t�m aproveitado para revisitar o pr�prio repert�rio, caso da Dingo Bells e da Terno Rei. 

Embalados pela quietude dos dias em casa, esses dois grupos lan�aram recentemente dois EPs cada um, cuja principal caracter�stica � a reinterpreta��o ac�stica de m�sicas que marcaram suas respectivas carreiras.

Produzido durante a quarentena, o registro dos ga�chos da Dingo Bells, intitulado Ac�stico, traz vers�es intimistas e desplugadas de sete m�sicas presentes nos �lbuns Maravilhas da vida moderna (2015) e Todo mundo vai mudar (2018).

Entre elas est� Dinossauros, que ganha uma atmosfera et�rea com a adi��o da voz do trio curitibano Tuyo, e sucessos como Eu vim passear, Mist�rio dos 30 e Tudo trocado. Destaque para a faixa Bahia, que faz o caminho inverso e, na nova vers�o, conta com uma abordagem mais eletr�nica.

Formada por Diogo Brochmann, Rodrigo Fischmann, Felipe Kautz e Fabricio Gambogi, a banda gravou o material em isolamento, com os integrantes isolados entre Porto Alegre e S�o Paulo. Ao mesmo tempo, o grupo trabalha na composi��o de seu terceiro �lbum, previsto para 2021.

�nica faixa in�dita do trabalho, Antes de dormir acena com uma perspectiva otimista em rela��o ao futuro, sem, no entanto, abrir m�o de certa melancolia, o que provavelmente tamb�m deve estar presente no novo �lbum da banda.

Lan�ado em abril passado, o single Para pra pensar � outra m�sica que a Dingo Bells liberou neste 2020. Registrada em 2019, num est�dio de BH, durante uma brecha da passagem do grupo por aqui, a can��o embala um lirismo buc�lico e bebe de fontes como o Clube da Esquina.

Despedindo-se do elogiado disco Violeta (2019), a banda paulistana Terno Rei tamb�m resgatou algumas can��es do trabalho e traduziu-as de forma mais org�nica. Assim nasceu um EP de cinco faixas igualmente intitulado Ac�stico.

M�sicas como S�o Paulo, Dia lindo, Medo e Luzes de Natal passam por novo tratamento nas m�os do quarteto formado por Ale Sater (primo de Almir), Bruno Paschoal, Greg Vinha e Luis Cardoso.

Originalmente j� bem produzidas, as can��es n�o fogem muito de suas primeiras vers�es, o que � um ponto positivo. Elas continuam do jeito que eram, com a diferen�a de que agora s�o executadas com outros instrumentos, o que lhes confere uma abordagem minimalista, que destaca a capacidade do vocalista Ale.

O destaque acaba ficando por conta da m�sica que encerra o trabalho, uma releitura de Eu amo voc�, eternizada na voz de Tim Maia (1942-1998), mas composta por Cassiano e S�lvio Rochael.

O trabalho tamb�m pavimenta a chegada de um novo disco de in�ditas da banda, ainda sem data de lan�amento. Pelas redes sociais, o grupo j� ati�a os f�s com fotos em est�dio. O trabalho ser� o quarto da carreira da banda, que, al�m do j� citado Violeta, tamb�m lan�ou os discos Vig�lia (2014) e Essa noite bateu com um sonho (2016). 

. Dingo Bells

. Rockambole

. Dispon�vel nas plataformas digitais

. Terno Rei

. Balaclava

. Dispon�vel nas plataformas digitais

Formado pelos m�sicos Raphael Vaz, o Fefel da banda Boogarins, e Alejandra Luciani, artista venezuelana que mora h� seis anos no Brasil e trabalha como engenheira de som, o Carabobina � um projeto de pop psicod�lico que vem sendo gestado desde 2017.

Na �ltima sexta-feira (16), a dupla anunciou o lan�amento de seu primeiro �lbum de est�dio em 6 de novembro pr�ximo. Com produ��o assinada de forma colaborativa entre os dois artistas, o registro ganhou uma pr�via com a chegada do single Pra variar, dispon�vel nas plataformas digitais.

Escolhida para anunciar o novo trabalho, a m�sica � composta por camadas de sintetizadores e ru�dos e mostra que a dupla est� disposta a traduzir uma variedade de imagens lis�rgicas em letra e som.