
Depois de levar um tombo em 24 de dezembro, o rabugento Jorge (Hassum) desmaia. Acorda um ano depois e n�o se lembra de nada, mas se v� condenado a despertar na v�spera de Natal, ano ap�s ano. Pior: tem de lidar com as consequ�ncias do que seu “outro eu” fez nos demais 364 dias.
Jorge detesta a data dedicada a Papai Noel, n�o v� sentido na celebra��o, mesmo com dois filhos pequenos em casa. N�o esconde a insatisfa��o de passar o feriado ao lado das crian�as e da mulher (Elisa Pinheiro).
O filme destaca costumes do Brasil – a caixinha de Natal da rua, o arroz com passas, o cunhado que pede dinheiro emprestado no jantar e o calor escaldante. Leandro Hassum acredita que a identifica��o do p�blico � a “grande arma” do filme, pelo fato de as fam�lias brasileiras se sentirem representadas nele.
“Pelo menos um personagem a gente tem na fam�lia: o tio 'mala do pav�'”, brinca o ator. De acordo com ele, a mensagem do filme � potencializada pela pandemia. “O ano de 2020 nos mostrou que a vida � realmente um sopro e a gente deve aproveitar cada segundo. Tudo bem no Natal que vem traz um carinho neste fim de ano t�o dif�cil para todos n�s.”
A premissa do roteiro se baseou no bord�o tradicional – “a gente j� est� em dezembro e n�o vi o ano passar” –, mas os roteiristas n�o poderiam imaginar um 2020 t�o surpreendente. “Agora foi diferente. Todo mundo viu o ano passar, n�o teve como n�o ver, 2020 foi at�pico em todos os sentidos. O filme traz o carinho do humor para dar uma aliviada”, diz Hassum. De acordo com ele, a vacina para o coronav�rus seria o melhor presente poss�vel neste dezembro.
Tudo bem... n�o se limita a fazer gra�a, acredita. “N�o consigo acreditar numa com�dia que � s� com�dia. Mesmo nos meus outros filmes, como At� que a sorte nos separe (2012), sempre tem a mensagem de tentar valorizar algo a partir da emo��o. S�o produ��es feitas para a fam�lia, � isso que a Netflix espera. � um filme para todo mundo na sala rir, se emocionar, gargalhar e se identificar.”
Hassum chama a aten��o para a pol�tica adotada pela gigante do streaming. “A gente tem de valorizar muito a produ��o que a Netflix deixou em nossas m�os. Tudo que a gente precisou para realizar este filme de maneira profissional e competente foi feito”, garante.
Na opini�o dele, a produ��o nacional ter� alcance global, pois ser� exibida em 190 pa�ses. “Os filmes tradicionais de Natal s�o com Papai Noel e neve. Agora, vamos entender que tem o Natal do suor, do calor brasileiro, do abra�o, do arroz com passas, da maionese com ma��. Vamos levar isso para o mundo”, conclui.
TUDO BEM NO NATAL QUE VEM
• Dire��o: Roberto Santucci
• Com Leandro Hassum,
• Elisa Pinheiro e Arianne Botelho
• Em cartaz na Netflix
* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria