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Estado de Minas M�SICA

Os 'doces psicod�licos' desafiam a pandemia

Banda Sweet Psychedelics estreia descartando fazer lives e mandando o primeiro disco para plataformas digitais


17/12/2020 04:00 - atualizado 17/12/2020 07:08

Sweet Psychedelics lança disco com influências dos Beatles e do Clube da Esquina(foto: Ana Valadares/divulgação)
Sweet Psychedelics lan�a disco com influ�ncias dos Beatles e do Clube da Esquina (foto: Ana Valadares/divulga��o)

"Pude realizar o sonho de crian�a de ser a garota da banda. Isso se apresentou com um frescor, uma novidade e um desafio enormes%u201D

Eug�nia Melo e Castro, cantora


Beatles, Clube da Esquina e anos 1960 s�o influ�ncias marcantes da banda Sweet Psychedelics, que tem entre seus integrantes o mineiro Robertinho Brant, sobrinho de Fernando Brant, e Eug�nia Melo e Castro, cantora portuguesa. O primeiro disco do grupo j� est� dispon�vel nas plataformas digitais. Traz a sonoridade sessentista, mas com timbres e arranjos contempor�neos que j� cativaram quase 1,4 mil ouvintes mensais na plataforma musical Spotify.

Al�m de Robertinho (viol�o e produ��o musical) e Eug�nia (vozes), o grupo re�ne Marcelo Sarkis (voz, vocal e letras), Rike Frainer (bateria e percuss�o) e Thiakov (baixo, guitarra, �rg�o, vocal e coprodu��o musical).

“� dif�cil definir Sweet Psychedelics como uma banda luso-brasileira. Esse nascimento n�o tem rigorosamente nada a ver com nenhum movimento luso-brasileiro. � um grupo que pretende se posicionar a polpa, livre de r�tulos e ideias predefinidas”, afirma Eug�nia, de 62 anos.

PAI 

A cantora portuguesa tem rela��o antiga com o Brasil. Por influ�ncia do pai, o escritor Ernesto Manuel Geraldes de Melo e Castro, ela cresceu ouvindo MPB. Apaixonou-se pelo Clube da Esquina, que re�ne Milton Nascimento, L� Borges, Ronaldo Bastos, Beto Guedes, Fernando Brant, Wagner Tiso e Fl�vio Venturini, entre outros.

“(O Clube) Foi o movimento que mais mexeu comigo. O som de Minas tem originalidade incr�vel. As melodias e a inten��o musical s�o muito � frente”, comenta Eug�nia. No in�cio da d�cada de 1980, a cantora veio ao Brasil buscar o pianista Wagner Tiso para trabalhar em seu primeiro �lbum, Terra de mel. Ali come�ou a conex�o concreta dela com artistas do pa�s.

Ao longo de sua carreira, Eug�nia trabahou com Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento, Toninho Horta, Ney Matogrosso, Adriana Calcanhotto e Gal Costa, entre outros destaques da MPB.

Quando gravava o �lbum Um gosto de sol (Selo Sesc, 2011), produzido por Robertinho Brant, a cantora portuguesa conheceu as can��es do mineiro e foi convidada a integrar seu novo projeto musical, que logo se tornaria o grupo Sweet Psychedelics.

“Para mim, foi o m�ximo. Pude realizar o sonho de crian�a de ser a garota da banda. Isso se apresentou com um frescor, uma novidade e um desafio enormes, porque ser produzida pelo Robertinho n�o � f�cil”, revela.

Com carreiras paralelas, os m�sicos e amigos se reuniram ao longo dos anos no Est�dio Verde, em Belo Horizonte, para registrar seu primeiro �lbum, que leva o nome da banda. As 14 faixas s�o can��es antigas de Robertinho Brant e Marcelo Sarkis.

A sonoridade, ao mesmo tempo contempor�nea e vintage, passeia por baladas de rock, valsas psicod�licas, bossas setentistas e can��es inspiradas em filmes. As letras em ingl�s, muitas vezes, d�o voz a personagens ficcionais ou reais.

“Este trabalho � desvinculado de fronteiras est�ticas. Sweet Psychedelics � o encontro desses personagens para fazer m�sica a partir da influ�ncia do Clube da Esquina e dos Beatles. Em ingl�s para o mundo”, afirma Robertinho Brant, de 53 anos. A orquestra��o de cordas do �lbum foi especialmente arranjada por Wagner Tiso.

A cantora portuguesa conta que j� incorporou o timbre marcante do Sweet Psychedelics. “N�o sou mais aquela Eug�nia que cantava de outra maneira. Estou completamente envolvida nessa nossa forma de cantar, que acho linda”, afirma.

Lan�ar o projeto em meio � pandemia n�o estava nos planos. O �lbum Sweet Psychedelics ficou pronto no in�cio deste ano, mas, devido ao cen�rio ca�tico imposto pela COVID-19, a estreia foi adiada para 27 de novembro.

Apesar da impossibilidade de realizar shows presenciais, a banda decidiu manter a data de lan�amento em novembro. “Tudo vai acontecer no ano que vem, mas a gente se sente com muita sorte de conseguir lan�ar, mesmo com todas as dificuldades e limita��es que estamos vivendo”, afirma Robertinho Brant.

Eug�nia v� pontos positivos da empreitada, apesar do cen�rio at�pico. “Isso traz uma abertura muito prop�cia, porque � um �lbum que busca resgatar aquele tempo em que a gente parava tudo para ouvir um disco. O Sweet foi feito com essa inten��o”, afirma.

De acordo com ela, o projeto “se autocompleta” com a aten��o dos ouvintes, do in�cio ao fim, como os �lbuns de antigamente. “Nosso disco n�o � um amontado de m�sicas, ele tem uma leitura. � muito trabalhado, tivemos tempo de preparar os materiais com muita calma”, explica.

"A gente se sente com muita sorte de conseguir lan�ar, mesmo com as dificuldades e limita��es que estamos vivendo"

Robertinho Brant, compositor e produtor


LIVES 

Mesmo sem nunca ter feito show, o grupo se surpreendeu com a receptividade no Spotify. Ontem, eram 1.394 ouvintes mensais. No atual contexto de performances on-line, o Sweet Psychedelics n�o vai aderir � febre das lives.

“Nosso primeiro show vai ser um grande acontecimento. Ter� de ser do jeito gente que a gente sonhou: presencialmente”, afirma Robertinho. A banda acredita na retomada dos eventos presenciais at� meados de 2021. “N�o vejo a hora”, conclui Eug�nia.

*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria

SWEET PSYCHEDELICS
14 faixas
Sony Music
Dispon�vel nas plataformas digitais
Site: sweetpsychedelics.com
Instagram: @sweetpsychedelicsofficial
YouTube: youtube.com/SweetPsychedelicsofficial


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