
Nessa quarta-feira (27/01) come�a a 7ª edi��o do BH in solos, dedicado a espet�culos c�nicos individuais. Em dois dias ser�o exibidos seis v�deos de curta dura��o, entre oito e 20 minutos, apresentando propostas teatrais, musicais e perform�ticas. Patrocinado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, o evento tem uma tem�tica ligada ao turismo na capital, promovendo a mensagem: “Quando tudo passar, venha para BH”!
Para isso, a abertura ter� um passeio virtual pela Rua da Bahia at� o Edif�cio Arc�ngelo Maletta, comandado pela guia de turismo Mayara Tavares. Chegando ao pr�dio, o ator e humorista Carlos Nunes assume o papel de mestre de cerim�nias e conduz o p�blico � Cantina do Lucas e � Gr�fica Bar, que recebem proje��es dos v�deos presentes na programa��o. A ideia � estimular o turismo ligado � arte. Essa parte da cidade foi escolhida por ser de grande familiaridade dos artistas.
Tanto a introdu��o quanto os v�deos dos espet�culos selecionados ser�o exibidos no Instagram e no Facebook. Robson Vieira, artista e idealizador do projeto, explica que “a princ�pio, tinha resist�ncia em fazer o BH in solos a dist�ncia, por n�o saber bem o que seria o teatro filmado e on-line e n�o querer me aventurar”. A possibilidade surgiu depois de muitas pesquisas realizadas ao longo dos meses de pandemia.
“O BH in solos existe enquanto tiver a necessidade de existir. Se for s� mais uma mostra na cidade, seria a hora de repensar. Assim que entrei na pandemia, como muitas artistas, n�o sabia o que fazer e comecei a experimentar muita coisa, gravar v�deos, editar. Ent�o, vieram pesquisas sobre a tecnologia da cena e a dramaturgia do v�deo e a� comecei a vislumbrar uma possibilidade”, argumenta Robson, que apresenta Fique em casa, performance feita a partir de um compilado de �udios e textos vinculados ao contexto da pandemia coletados e organizados por ele em uma narrativa coreogr�fica que remete a algumas caracter�sticas desse per�odo.

AFETO
Segundo ele, a curadoria se guiou pelo afeto. A programa��o ainda apresenta Similitudes, de Dudude Herrmann; Ondas de onde parto, de Mariana Rabelo; Top 5 – quarentena, de Marina Vianna; Lar doce lar, de Jana�na Morsee; e TU NO, de Rodrigo Khan. As produ��es, todas feitas em casa e individualmente pelos artistas, compartilham uma linguagem ligada ao isolamento social vivenciado nesses �ltimos dez meses.
“S�o v�deos que dialogam com a pandemia, com a produ��o feita dentro de casa. O Rodrigo Khan � dan�arino de dan�a de rua. Como � dan�ar dan�a de rua dentro de casa? � por a�. Em Lar doce lar, da Jana�na, � a Palha�a Brisa tendo de se reinventar com o fato de ficar dentro de casa”, revela Robson, que entende uma autenticidade especial nesse tipo de proposta.
“Desde o in�cio, tenho experimentado v�deos e isso me deixa num lugar de fala interessante. N�o ter a plateia � ruim, pois n�o h� o retorno. Por�m, � libertador no sentido de poder dizer coisas que n�o diria ao vivo. Posso rever, repensar se foi exagerado ou n�o e encontrar o melhor formato. Do ponto de vista da cria��o, antes havia um ensaio aberto em que o primeiro retorno era da produ��o, dire��o. Criando sozinho, o pr�prio artista � o primeiro a ver o trabalho. Ent�o, ele tem a percep��o que a plateia teria. � como ouvir pela primeira vez a pr�pria voz”, compara Robson.
BH in solos – 7ª edi��o
Nesta quarta (27/1) e quinta (28/1), �s 20h, no Facebook e no Instagram. Gratuito. Programa��o completa no site do evento.
No jazz, um olhar para a nova gera��o
Tamb�m na quarta-feira come�a a 3ª edi��o do Festival Jazz de Montanha, que pela primeira vez ser� totalmente on-line, com apresenta��o de seis shows gravados no Galp�o Cine Horto. A exibi��o ser� no canal do YouTube da produtora Beebop. No primeiro dia, o saxofonista e flautista Silas Prado traz repert�rio inteiramente composto por m�sica brasileira, acompanhado por Lucas de Moro (piano), Egberto Brant (baixo) e Estevan Barbosa (bateria).
Ainda na noite de abertura ser� exibida a apresenta��o da cantora Carolina Serdeira. Acompanhada de seu quarteto, o repert�rio explora o jazz e a bossa nova. Sobre a novidade de aus�ncia da plateia, ela v� como desafio extra. “Faz parte do esp�rito art�stico essa capacidade de adaptar �s coisas”, resume. Ainda assim, admite estranhar a falta de intera��o com o p�blico. Segundo ela, isso ser� poss�vel por meio do chat, durante a transmiss�o, como ocorrer� com outros convidados.
Respons�vel pela curadoria e organiza��o do festival, ela diz que a realiza��o foi poss�vel a partir dessa adapta��o �s limita��es impostas pela pandemia. “Tivemos de inventar um jeito de fazer, que n�o foi inventar a roda, mas entender o novo jeito. Migramos para o mundo digital, mas n�o quer�amos que perdesse a cara de festival, dessa experi�ncia, do palco, cen�rio, da luz. N�o quer�amos perder isso nem a coisa do show, que, mesmo gravado, foi gravado ao vivo, com praticamente nenhuma edi��o”, argumenta.
Carolina Serdeira explica que a decis�o por gravar os shows anteriormente passou primeiramente pelos protocolos sanit�rios, j� que as grava��es puderam ser espa�adas, com cada show em um dia, sem risco de aglomera��o. Al�m disso, havia preocupa��o em fornecer um registro em boa qualidade para os artistas iniciantes que foram selecionados.
“O Jazz de Montanha tem por ess�ncia esse olhar para a nova gera��o. N�o exclusivamente, mas tem esse cuidado com o novo. O festival nasceu com esse mote de gerar oportunidades, criar um espa�o, especialmente no interior, onde era realizado, em Juiz de Fora. Temos, por exemplo, a Camila Rocha, que � um grande destaque em in�cio de carreira, e a J�lia Ribas, que vem h� 25 anos no jazz. Nossa curadoria procura abranger isso”, afirma.


M�LTIPLA SONORIDADE
Carolina ainda destaca as diferentes possibilidades exploradas pela programa��o dentro do jazz, com a inclus�o de apresenta��es vocais, nem sempre presentes em outros festivais, e dos diferentes tipos de instrumentalidades. Al�m de Silas Prado, Carolina Serdeira, Camila Rocha e J�lia Ribas, est�o escalados Thiago Delegado, com uma apresenta��o dedicada ao viol�o de sete cordas, e o guitarrista e violonista Samy Erick, um dos vencedores do XIV Pr�mio BDMG Instrumental, em 2014.
At� a sexta-feira, o Jazz de Montanha ainda oferece ao p�blico workshops sobre jazz com os artistas e uma videoaula sobre a rela��o do estilo musical com Belo Horizonte.
Jazz de Montanha – 3ª edi��o
De quarta (27/1), a sexta-feira (29/1), com shows a partir das 21h no canal da Beebop no YouTube (www.youtube.com/user/beebopoficial). Gratuito
Programe-se
Quarta 27/ 01 – 21h
»Silas Prado
»Carolina Serdeira
»Videoaula ‘BH, Cidade do Jazz’
Quinta 28/01 – 21h
»Camila Rocha Quarteto
»Thiago Delegado
»Workshop: Harmonia e arranjo, com Samy Erick
Sexta 29 /01 – 21h
»Samy Erick
»J�lia Ribas
»Workshop: Improvisa��o, com Caetano Brasil
