Mutir�o de artistas, Circuito de Festivais abre espa�o para a diversidade

A pandemia da COVID-19 ressignificou a ideia de isolamento ao mesmo tempo em que refor�ou a import�ncia de atitudes coletivas, como o uso de m�scaras e a vacina��o. Esse “novo” modo de viver � a met�fora perfeita para explicar a edi��o virtual do Circuito de Festivais BH.

O “isolamento” est� na programa��o, formada por nove espet�culos solo, enquanto o “coletivo” est� no fato de que o evento � fruto da uni�o entre os festivais BH In Solos, Curta Dan�a e Rede Sola de Dan�a. Com in�cio nesta quinta-feira (18/2), o Circuito se estende at� 7 de mar�o com apresenta��es de teatro, dan�a e performance in�ditas em Minas Gerais.

“Em um momento t�o delicado quanto o que estamos vivendo, percebemos que temos mais visibilidade e oportunidade de troca se estamos unidos”, comenta Robson Vieira, idealizador do BH In Solos. “S�o espet�culos que afetam, geram rea��o, levam ao questionamento”, acrescenta.

Isso explica a sele��o de “Manifesto transpof�gico”, de Renata Carvalho, que abre o festival nesta quinta (18/2), �s 19h, pelo canal do BH In Solos no YouTube. Na montagem, a atriz narra o que chama de “transcestralidade”. � o primeiro espet�culo dela ap�s “O evangelho segundo Jesus, Rainha do C�u”, que, al�m de censurado no Festival de Inverno de Garanhuns (PE), em 2018, causou pol�mica por onde passou.

“BiChobicHa”, de Nadja Kai Kai, que ser� apresentado na sexta-feira (19/2), trata de estere�tipos e representa��es das pessoas LGBTQIA+. No s�bado, ser� a vez de “LOA”, de Flaviane Lopes, performance que destaca o corpo negro, sua perman�ncia e travessia pelos s�culos.

Como cada festival foi respons�vel pela escolha de tr�s trabalhos, o BH In Solos tamb�m selecionou “Pe�a”, de Marat Descartes, e “Um anjo passou por aqui”, novo projeto do mineiro Lenine Martins.

J� o Rede Sola escolheu “Ah, se eu fosse Marilyn”, de Edu O, e “EB�”, de Morena Nascimento. A equipe do Curta Dan�a colabora para a programa��o com “R�S”, de Veronica Santos, e “Ex-tinto”, de Rodrigo Antero.

“Esses trabalhos, que estiveram em edi��es anteriores do Curta Dan�a, foram feitos por pessoas com quem estabelecemos um v�nculo especial”, explica Cris Diniz. “Nosso festival sempre parte dos seguintes questionamentos: A gente colabora para a elabora��o de um discurso hegem�nico? O que podemos fazer para ter diversidade real na nossa equipe, na programa��o? Com quem a gente dialoga?”.

De acordo com ela, ser� uma oportunidade para destacar a pluralidade das artes do corpo. “Temos em cena, por exemplo, artistas da milit�ncia negra, trans e da dan�a inclusiva”, observa.

O Circuito de Festivais tamb�m promover� rodas de conversa sobre bastidores da cena, curadoria, arte e tecnologia no contexto da pandemia. No s�bado (20/2), �s 17h, Renata Carvalho, Nadja Kai Kai e Silvia Moura debater�o a cria��o em tempos de pandemia. No domingo (21/2), tamb�m �s 17h, Julio Viana e Jana�na Leite discutir�o o di�logo entre cinema e teatro nesta era da COVID-19.

Todos os espet�culos ficar�o dispon�veis on-line por tr�s dias ap�s as apresenta��es.

Quinta (18/2), �s 19h, pelo canal do BH In Solos no YouTube.

Sexta (19/2), �s 19h, pelo canal da Rede Sola de Dan�a no YouTube.

S�bado (20/2), �s 19h, pelo canal do Curta Dan�a no YouTube.

De quinta-feira (18/2) a 7 de mar�o. Informa��es no Instagram (@circuitodefestivaisbh) e no Facebook (facebook.com/circuitodefestivais.bh)