Lily Collins está em 'Emily em Paris',  cujas indicações são questionadas

Lily Collins est� em "Emily em Paris", cujas indica��es s�o questionadas

CAROLE BETHUEL/NETFLIX/DIVULGA��O

Sucesso da Netflix em 2020, “Emily em Paris” recebeu duas indica��es na categoria de com�dia: como melhor s�rie e atriz, para Lilly Collins. J� quando do an�ncio dos nomeados houve pol�mica, pois uma produ��o da HBO, “I may destroy you”, tida pela cr�tica especializada como uma das melhores s�ries deste in�cio de d�cada, foi ignorada pelo Globo de Ouro.

A bafaf� se tornou um esc�ndalo ap�s reportagem recente do “Los Angeles Times” denunciando suborno integrantes da Associa��o de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood (HFPA). De acordo com o jornal, em 2019, a Paramount Network, que produziu “Emily in Paris”, deu a 30 eleitores do Globo de Ouro (um ter�o dos votantes) uma visita de luxo ao set de grava��es.

A viagem para a Fran�a incluiu “uma estadia de duas noites no hotel cinco estrelas The Peninsula Paris, onde os quartos custam atualmente cerca de US$ 1,4 mil por noite (cerca de R$ 7,6 mil), al�m de uma entrevista coletiva e almo�o no Mus�e des Arts Forains, um museu privado repleto de brinquedos de divers�es que datam de 1850, onde a s�rie foi filmada. ”

“Eles nos trataram como reis e rainhas”, disse ao “Times” um integrante que participou da viagem. A reportagem destaca que a HFPA pro�be que seus membros aceitem presentes de est�dios e produtoras que custem mais de US$ 125 (R$ 680). Ainda destaca que os associados t�m sido retratados como “obcecados por celebridades, trocando votos por vantagens e acesso, e minando qualquer no��o de credibilidade jornal�stica”.

Um representante do grupo disse ao jornal: “Nenhuma dessas alega��es jamais foi provada em tribunal ou em qualquer investiga��o e elas refletem um preconceito inconsciente contra os membros diversos da HFPA”.

A hist�ria s� ganhou mais vulto ap�s um texto em primeira pessoa publicado no brit�nico “The Guardian”, em que Deborah Copaken, roteirista de “Emily em Paris”, criticou a nomea��o de sua s�rie e o desprezo por “I may destroy you”. “Eu pude ver como um programa sobre um americano branco vendendo luxo branco, em uma Paris pr�-pand�mica livre de suas vibrantes comunidades africanas e mu�ulmanas, pode irritar”. Escreveu ela, que considera a s�rie de HBO seu “programa favorito de todos os tempos”.

REPUTA��O EM XEQUE 


Em 2015, tamb�m �s v�speras da cerim�nia, o jornal “New York Post” publicou reportagem listando hist�rias que mostram por que o Globo de Ouro havia sido apelidado de “Subornos de Ouro”.

Em 2013, a HFPA foi processada pelo jornalista Michael Russell, que integrou a associa��o por 17 anos. Russell disse que foi demitido porque tentou combater a corrup��o na entidade. Segundo ele, os membros com frequ�ncia aceitavam dinheiro, viagens e presentes de est�dios de cinema em troca de indica��es no Globo de Ouro.

A reportagem, entre outros epis�dios, citou os filmes “O turista” (com Angelina Jolie e Johnny Depp) e “Burlesque” (com Christina Aguilera e Cher) – que receberam cr�ticas bastante negativas, mas levaram tr�s indica��es cada um – como casos envolvendo suborno.