
Pouco mais de um ano ap�s a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) decretar a pandemia da COVID-19, a volta de shows e festivais com a presen�a do p�blico ainda � uma realidade distante no Brasil. Atualmente, o pa�s registra recordes di�rios de mortes ocasionadas pelo novo coronav�rus, o que impossibilita a realiza��o de atividades aglomerativas em seguran�a. Enquanto isso, pa�ses que conseguiram controlar a transmiss�o do v�rus j� permitem eventos musicais sem distanciamento social ou uso de m�scaras.
A Austr�lia n�o registra mortes por COVID-19 desde dezembro de 2020. Por isso, em algumas cidades j� ocorrem eventos para milhares de pessoas. Em 20 de mar�o, a banda Midnight Oil fez show para 13 mil pessoas em Geelong. A apresenta��o encerrou a miniturn� “Makarrata live”, iniciada no final de fevereiro em Mount Cotton, que tamb�m passou por outras duas cidades australianas e a capital, Canberra.

Nas redes sociais, a banda compartilhou imagens das apresenta��es – todas mostram a multid�o aglomerada na plateia. O jornal Geelong Advertiser descreveu a apresenta��o como “oficialmente o maior concerto de rock realizado na Austr�lia em mais de um ano”.
TAME IMPALA Outro grupo australiano que cantou para a multid�o foi o Tame Impala. A apresenta��o ocorreu em 5 de mar�o, em uma casa de shows de Perth, marcando o lan�amento do Tame Impala Sound System, projeto em que o m�sico Kevin Parker usa sintetizadores para recriar ao vivo can��es da discografia da banda.
Tamb�m em mar�o, o show em homenagem ao produtor Michael Gudinski, morto aos 68 anos no in�cio daquele m�s, reuniu 8 mil pessoas em uma arena em Melbourne. Kylie Minogue, Jimmy Barnes, Paul Kelly e Ed Sheeran participaram do evento.

Sheeran, que mora na Inglaterra, chegou ao pa�s em jato particular e cumpriu a quarentena de duas semanas. Esse � o protocolo seguido por todos que desembarcam na Austr�lia.
As fronteiras do pa�s est�o fechadas para estrangeiros at� junho. S� podem entrar cidad�os australianos ou residentes, por�m h� limite semanal de acesso. A medida foi adotada no in�cio da pandemia, assim como o confinamento, testes em massa e programas de rastreamento do cont�gio. O resultado disso se reflete nos n�meros da COVID-19. Atualmente, a Austr�lia tem cerca de 29 mil casos e 909 mortes.
Cen�rio semelhante ao australiano � o da Nova Zel�ndia. Considerado exemplo mundial no controle da pandemia, o pa�s permite shows e festivais desde o segundo semestre de 2020.
O tradicional Rhythm and Vines saudou a chegada de 2021 reunindo cerca de 20 mil pessoas na cidade de Gisborne. Entre 29 e 31 de dezembro de 2020, o evento promoveu shows com cerca de 100 atra��es.
Devido ao fechamento das fronteiras do pa�s, a programa��o privilegiou atra��es locais, como a cantora BENEE, o duo Broods e a banda Fat Freddy’s Drop. O p�blico n�o precisou usar m�scaras nem manter distanciamento social, segundo o site brit�nico NME.
O protocolo de seguran�a tamb�m foi dispensado na d�cima edi��o do festival Rhythm & Alps, realizado em Cardrona Valley, entre 29 e 31 de dezembro. J� o Nothern Bass, em Mangawhai, comemorou o r�veillon com edi��o com dura��o de tr�s dias e tr�s noites.
Outro festival sem restri��es foi o CubaDupa, na cidade neozelandesa de Wellington, realizado em 27 e 28 de mar�o. Tradicional no calend�rio cultural do pa�s, o evento contou com 1.750 atra��es espalhadas por 50 palcos. A imprensa local registrou mais de 120 mil pessoas nos dois dias de evento.
A banda Crowded House voltou aos palcos em miniturn� pela Nova Zel�ndia. O �ltimo show, em 12 de mar�o, reuniu 6 mil pessoas em Queenstown. A apresenta��o ao ar livre foi registrada nas redes sociais do grupo.
Em 31 de mar�o, Marlon Williams se apresentou em Auckland. Al�m dos ingressos esgotados, o show contou com a participa��o da cantora Lorde, que tamb�m � neozelandesa. Eles cantaram “Tougher than the rest”, cl�ssico de Bruce Springsteen lan�ado no �lbum “Tunnel of love” (1987).
Com 5 milh�es de habitantes, a Nova Zel�ndia registrou 2.501 casos de COVID-19 e 26 mortes. Desde o in�cio da pandemia, a primeira-ministra Jacinda Adern adotou medidas rigorosas, como isolamento de viajantes, rastreamento de cont�gio e lockdown. Em outubro de 2020, ela foi reeleita e deu a maior vit�ria eleitoral ao Partido Trabalhista.
BARCELONA Na Europa, o show da banda Love of Lesbian reuniu cerca de 5 mil pessoas em Barcelona, na Espanha, no s�bado passado (27/3). Autorizado pelo governo, o evento seguiu os protocolos de seguran�a, como a realiza��o obrigat�ria do teste de ant�geno, que detecta as prote�nas espec�ficas produzidas pelo v�rus, e o uso de m�scaras.
Os exames para a entrada na arena Palau Sant Jordi, local do show, foram realizados em tr�s pontos de Barcelona por 80 enfermeiros. O p�blico recebeu o resultado do teste por meio de um aplicativo no celular. O exame e a m�scara foram inclu�dos no pre�o do ingresso.
Ao meio-dia, tr�s pessoas das 2,4 mil testadas receberam o resultado positivo, uma delas teve contato com um caso positivo. Foram proibidas de entrar no evento, recebendo a garantia de reembolso.
A apresenta��o come�ou com a sauda��o do vocalista da banda, Santi Balmes: “Bem-vindos a um dos shows mais emocionantes de nossas vidas!”. (Com ag�ncias)