
Em 2003, j� fazia sete anos que era um homem livre (e com alguma popularidade), depois de duas d�cadas preso na �ndia. Pois Sobhraj foi ao �nico pa�s do mundo onde era procurado. Em Catmandu, circulou normalmente, chegando posar para fotos. N�o demorou para que fosse preso pelas autoridades nepalesas. Julgado pouco depois, foi condenado � pris�o perp�tua por assassinato duplo. Cumpre pena at� hoje.
Miniss�rie brit�nica em oito epis�dios, “O para�so e a serpente” (Netflix) acompanha a trajet�ria de Sobhraj (Tahar Rahim), assassino de jovens estrangeiros que viajavam pela trilha hippie (Tail�ndia, Nepal e �ndia) nos anos 1970. � a hist�ria dele, mas tamb�m a de seu principal algoz, o diplomata holand�s Herman Knippenberg (Billy Howle).
Em 1976, ao identificar os corpos carbonizados de dois turistas holandeses na Tail�ndia, Knippenberg, ent�o um jovem diplomata de terceiro escal�o, come�a uma investiga��o pr�pria, � revelia do embaixador e sem contar com o apoio da pol�cia local.
Basicamente, o que Sobhraj e sua namorada Marie-Andr�e Leclerc (Jenna Coleman) faziam era convidar jovens para se tornarem h�spedes deles em um badalado condom�nio de Bangkok. Sob falsa identidade e se apresentando como comerciante de pedras preciosas, ele os envenenava e matava.
Com os passaportes de turistas de v�rios pa�ses, viajava pelo mundo praticando crimes. Acredita-se que Sobhraj tenha matado ao menos uma d�zia de pessoas. Pela variedade de crimes e pela facilidade com que demorou a ser apanhado, ele ganhou o apelido de Serpente.
Com �tima reconstitui��o, mas indo e vindo excessivas vezes no tempo, o que faz com que o espectador se canse um pouco, “O para�so e a serpente” tra�a o retrato interessante n�o s� de um personagem, como tamb�m de uma �poca.