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Estado de Minas MINAS E BAHIA

Videodan�a conquista espa�o, com di�logos criativos durante a pandemia

Mostra em Belo Horizonte e festival em Salvador destacam a pot�ncia da linguagem nascida do encontro entre corpo e imagem


24/04/2021 04:00 - atualizado 23/04/2021 19:52

O olhar feminino é tema da mostra 'Move Concreto! Mulheres e videodança', realizada em BH desde 16 de abril
O olhar feminino � tema da mostra 'Move Concreto! Mulheres e videodan�a', realizada em BH desde 16 de abril (foto: Andrea Costa/divulga��o)

Em Belo Horizonte e Salvador, dois eventos apostam no di�logo da dan�a com a linguagem audiovisual, em meio � impossibilidade de apresenta��es presenciais de bailarinos devido � pandemia. Al�m de performances, est�o previstos debates e atividades formativas.

Na quinta-feira (29/4), come�a o evento baiano “ Vivadan�a Festival Internacional ”, que at� 9 de maio apresentar� produ��es do Brasil, Alemanha, Fran�a, Mo�ambique, Senegal, Espanha, Pol�nia, Togo, Nam�bia, Camar�es, N�ger e Tanz�nia.

O continente africano � o destaque da programa��o. “Temos uma heran�a muito grande da m�sica e da dan�a africana na Bahia. Moro numa cidade (Salvador) onde mais de 80% das pessoas s�o negras”, afirma Cristina Castro, diretora do Vivadan�a.

A vers�o africana da coreografia “A sagra��o da primavera”, da alem� Pina Bausch, ser� o destaque da abertura, na quinta-feira, Dia Internacional da Dan�a. Coprodu��o entre Senegal, Alemanha e Reino Unido, o filme “Dancing at dusk/ Dan�ando ao anoitecer – um momento com 'A sagra��o da primavera'” conta com 38 bailarinos de 14 pa�ses africanos.

“Quando a gente abre o festival no Dia Internacional da Dan�a, com 14 pa�ses africanos dan�ando 'A sagra��o da primavera', estamos afirmando a diversidade e a visibilidade de artistas negros. N�o � apenas celebra��o, � um ato pol�tico”, defende Cristina Castro.

O festival apresentar� uma sele��o da produ��o audiovisual de dan�a na Bahia concebida durante o isolamento social. Cristina informa que grande parte das obras evoca a natureza em meio ao confinamento social. “Pensei que chegariam muitos v�deos gravados dentro de casa, mas recebi v�rios de �reas externas. As pessoas procuraram se conectar com a natureza de v�rias formas: com as montanhas, os rios, o mar e as folhas”, afirma.

A diretora do Vivadan�a diz que a intensa produ��o em v�deo � um marco na trajet�ria do evento. “A dan�a dialoga muito bem com o audiovisual, mas � outro tipo de conte�do, n�o � igual ao presencial. A gente abre caminhos, cria novas estradas para a linguagem da dan�a. Isso vai ser para sempre, n�o vejo como algo do momento de pandemia”, afirma.

MULHERES

Em cartaz at� domingo (25/4), a mostra on-line “ Move Concreto! Mulheres e videodan�a ”, promovida pelo Grupo Contempor�neo de Dan�a Livre, de BH, re�ne 25 trabalhos. Desde 16 de abril, a curadoria busca trazer a po�tica feminina para a tela, confrontando o ambiente predominantemente masculino do cinema e do audiovisual. O evento recebeu cerca de 700 inscri��es.

“Os artistas exploraram diferentes modos de fazer, seja com equipamentos amadores ou profissionais, por meio de grandes equipes de produ��o cinematogr�fica ou com apenas uma realizadora. H� trabalhos com vi�s mais documental e tamb�m de protesto, dan�as populares, al�m de linguagens que mesclam corpo e tecnologia. Tem de tudo um pouco”, afirma Duna Dias, idealizadora da “Move”.

Os trabalhos selecionados vieram de 10 estados. A Mostra Principal exibe 15 cria��es com at� 20 minutos de dura��o, enquanto a categoria Minuto tem 10 v�deos de at� 60 segundos. O evento tamb�m disponibiliza quatro trabalhos com audiodescri��o.

Nove projetos dirigidos por mulheres se destacam: “Corpo de dados” (Thain� de Carvalho), “Fronteira” (Manuela Mares), “Saliva no c�u” (Bianca Sanches), “Sem cabe�a” (Jennifer Candeias), “CorPoeira” (Kristiany Nascimento), “Chama” (Lu�sa Machala e Nicole Blach), “Para atravessar o deserto de um dia” (Flaviane Lopes), “Reminisc�ncia” (Diana Ruth Zamorra, Duna Dias e Heloisa Rodrigues) e “Saguaro” (Duna Dias e Socorro Dias).

A videodan�a faz parte da Move Concreto! desde a primeira edi��o, mas agora, com a pandemia, ela se tornou o foco da mostra. “Muitas obras j� foram feitas nesse contexto (de crise sanit�ria)”, diz Duna Dias, observando que a linguagem tem suas especificidades. “N�o � simplesmente filmar ou registrar a dan�a, tem de ter a rela��o entre a imagem e o corpo.”

Neste s�bado (24/4), duas oficinas ser�o realizadas. �s 10h, “Africanidade e videodan�a: registro de afetos” aborda a representa��o das corporeidades brasileiras na di�spora. A atividade estar� a cargo das pesquisadoras mineiras Anne Caroline Vaz e Rayane Calixto. � necess�ria inscri��o pr�via. Das 19h �s 21h, ser� a vez de “Mulheres na videoarte. Corpo e protesto”, ministrada por Amanda Marques. Inscri��es est�o dispensadas.

“MOVE CONCRETO! MULHERES E VIDEODAN�A”
• At� domingo (25/4). Gratuito. Transmiss�o pelo canal do Grupo Contempor�neo de Dan�a Livre no YouTube. 

“VIVADAN�A FESTIVAL INTERNACIONAL – EDI��O ON-LINE”
• De quinta-feira (29/4) a 9 de maio. Informa��es: www.festivalvivadanca.com.br

* Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria


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