Fachada do Pal�cio das Artes, no Centro de BH, virou galeria a c�u aberto

Quem passa em frente ao Pal�cio das Artes, no Centro, depara com 25 imagens feitas por 12 fot�grafos plotadas na fachada do pr�dio. Elas remetem a conflitos do mundo contempor�neo, � biodiversidade e � mem�ria ancestral. 

O conjunto � um recorte da mostra expositiva do 4º Festival Internacional de Fotografia de BH (FIF-BH). Realizado em formato on-line em 2020, o evento recebeu 1.745 inscri��es e selecionou trabalhos vindos de 19 pa�ses. A exposi��o f�sica j� est� montada nas galerias do Pal�cio das Artes e na C�meraSete – Casa da Fotografia de MG, mas s� receber� visitantes quando as autoridades liberarem o acesso a esses espa�os.

“Ver uma obra no �mbito presencial implica participar da experi�ncia. O meio digital n�o supre a experi�ncia do espa�o, mas a nossa expectativa � de que as fotografias tragam impulsos imaginativos ao p�blico”, afirma Guilherme Cunha, cocurador do FIF-BH.

A a��o “Imagens resolutivas”, em cartaz na fachada do Pal�cio das Artes, se prop�e a gerar reflex�es sobre os impasses contempor�neos. “Buscamos imagens que contribuam para ampliar o nosso entendimento sobre as diferentes formas de pensar, sobre as maneiras de s�ntese de organiza��o de vis�o de mundo. Queremos que elas contribuam para conseguirmos construir formas de aproxima��o menos polarizadas, menos agressivas”, diz Cunha.

A ocupa��o busca conectar o material exposto com o ambiente urbano, extrapolando paredes das galerias e democratizando o acesso � fotografia, diz Guilherme Cunha, que divide a curadoria do projeto com Bruno Vilela, em parceria com Patr�cia Azevedo.

“� importante que, em vez de apontar para um lugar exclusivamente de den�ncia ou contribuir para enfatizar o que j� est� complicado de resolver, n�s possamos buscar aquilo que amplia o nosso entendimento e aponta para algum tipo de resolu��o, da� o t�tulo ‘Imagens resolutivas’”, refor�a Guilherme.

A a��o re�ne trabalhos das s�ries “Sob ataque”, de Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes (Brasil); “Hist�ria depois do apartheid”, de Haroon Gunn-Salie (�frica do Sul); “59 retratos da juventude negra brasileira”, de Edu Sim�es (Brasil); “Contar contos”, de Lebohang Kganye (�frica do Sul); “Garotas do calend�rio”, de Julia Gunther (Alemanha); “Nantu”, de Pablo Albarenga (Uruguai); “Cimarr�n”, de Charles Fr�ger (Fran�a); “Her�is do brilho”, de Federico Estol (Uruguai); “Utopia pl�stica”, de Henri Blommers (Holanda); “Chicarron”, de Hiro Tanaka (Jap�o); “Regras ocultas separadas”, de Makoto Oono (Jap�o); e Mundos em constru��o”, de Nicolas Henry (Fran�a).

EM CASA 

Impedido de realizar atividades presenciais devido � pandemia, o FIF-BH promoveu, no final de 2020, palestras, oficinas, encontros com artistas e processos formativos. “No primeiro momento, a exposi��o do festival ocorreu de forma on-line. Tamb�m abrimos inscri��es para que as pessoas recebessem uma publica��o com 100 p�steres. Com essas imagens, elas puderam montar a pr�pria exposi��o em casa”, informa Guilherme Cunha. Foram enviadas cerca de 500 publica��es para diferentes lugares do Brasil e do exterior.

“Assim que houver consentimento das autoridades sanit�rias para que os espa�os culturais voltem a abrir, teremos a exposi��o presencial”, garante o cocurador do FIF-BH. “S�o mais de 30 artistas participando da mostra f�sica dentro das galerias, com 160 imagens, v�deos e longa-metragem”, informa Guilherme Cunha.