Atores de 'Dez por dez' revelam seu amor ao of�cio em tempos de pandemia

 

Dez atores apresentam 10 mon�logos curtos em planos-sequ�ncia. � essa a g�nese de “Dez por dez”, projeto on-line que estreia no site do Teatro Unimed, nesta quinta-feira (20/5). Teatro, cinema? Na verdade, passados 14 meses com espa�os fechados e toda a cadeia cultural tentando se reinventar no ambiente digital, isso pouco importa.

A cole��o de mon�logos escrita pelo roteirista, cineasta e dramaturgo norte-americano Neil LaBute ganha vers�o brasileira dirigida pelos Irm�os Leme (o ator e diretor Guilherme e o cineasta Gustavo), produzida pela Dueto, de Monique Gardenberg.

A cada quinta-feira, at� 17 de junho, ser�o exibidos dois mon�logos, filmados em preto e branco no Edif�cio Santos-Augusta, em S�o Paulo, onde funciona o Teatro Unimed.

Falando diretamente para a c�mera estar�o os atores Angela Vieira, Leopoldo Pacheco, Denise Fraga, Eucir de Souza, Pathy Dejesus, Bruno Mazzeo, Chandelly Braz,, Luisa Arraes,  Johnny Massaro e �caro Silva.

“Fico comovida com as brechas que temos achado no meio de tempos t�o duros para exercer o of�cio”, afirma Denise Fraga. Ela interpreta a mulher que revela o desejo de se matar ap�s passar por eventos tr�gicos. Mesmo que o texto tenha sido escrito muito antes da pandemia, h� rela��es com o presente, diz ela. “Minha personagem retrata como as pessoas est�o perdidas hoje.”

“Todos os personagens est�o vivendo numa linha de suspens�o e podem despencar a qualquer momento”, comenta Leopoldo Pacheco, revelando que “desabou” ap�s gravar sua participa��o como o homem que se revela racista e intolerante. “Quando acabou a grava��o, fui conversar com um amigo e desmontei, literalmente. Senti muito por estar fazendo alguma coisa, me senti seguro e amparado.”

Luisa Arraes, cuja personagem passa a ter rela��es sem sentido ap�s trai��es do namorado, afirma que o texto � totalmente c�nico, mas com formato cinematogr�fico. “N�o tem por que a gente n�o fazer a jun��o, pois faz muito bem para o cinema ter o teatro dentro dele e vice-versa.”

Angela Vieira, que abre hoje a programa��o interpretando a mulher que fala de uma rela��o marcante que se resumiu a um �nico beijo, conta que esse foi o primeiro trabalho dela desde o in�cio da pandemia. “Passamos um per�odo em que fomos muito atacados. Mas somos t�o unidos e temos tanto respeito pela nossa profiss�o que, apesar das tentativas de acabar com nosso prazer, n�o conseguiram. Sempre vamos conseguir uma maneira de chegar ao p�blico.”

Bruno Mazzeo, que vive o homem para quem o futebol � parte fundamental da vida, concorda com Angela. “A arte tem a caracter�stica de reinven��o em momentos de exce��o, isso j� foi demonstrado historicamente. Todos n�s temos orgulho de poder encontrar maneiras de nos comunicar. J� fiz trabalhos audiovisuais dentro de casa, espet�culos teatrais dentro de casa. Isso mexe comigo, pois d� mais saudade do palco com p�blico.”

Durante a exibi��o dos mon�logos, o p�blico ser� convidado a fazer doa��es para o Fundo Marlene Col� (www.fundomarlenecole.com.br), em prol dos trabalhadores do teatro em situa��o de inseguran�a alimentar devido � pandemia da COVID-19.

>> Com Angela Vieira. Mulher relembra a rela��o que se resumiu a �nico beijo.

>> Com Johnny Massaro. Garoto incomodado com a imin�ncia da calv�cie revela profundo amor pela m�e.

>> Com Denise Fraga. Mulher relata eventos tr�gicos e revela o desejo de se suicidar.

>> Com �caro Silva. Homem conta sobre viagem de avi�o em que ficou incomodado com vizinha de poltrona.

3/6 

>> Com Pathy Dejesus. Mulher fala do abuso f�sico e emocional que sofreu no casamento.

>> Com Bruno Mazzeo. Homem conta como o futebol � fundamental 

para a vida dele.

>> Com Chandelly Braz. Mulher fala sobre o acidente de tr�nsito em que amiga morreu.

>> Com Eucir de Souza. Homem discorre sobre o orgulho de estar casado h� 30 anos.

>> Com Luisa Arraes. Jovem tra�da pelo namorado passa a ter rela��es afetivas sem sentido.

>> Com Leopoldo Pacheco. Homem exp�e o inc�modo com mudan�as de costumes na sociedade.