
Nesta v�spera do Dia dos Namorados, o Grupo Teresa lan�a seu primeiro disco com can��es sobre as diferentes fei��es do amor por meio do olhar feminino. Valorizando o di�logo do samba com outros ritmos, o �lbum “A cada esquina uma breve hist�ria sobre formas de amar” retrata tanto a paix�o rom�ntica quanto o amor-pr�prio.
Criada em 2010, a banda re�ne s� mulheres: Fernanda R�gila (multi-instrumentista), Nat�lia Pessoa (cantora, violonista e cavaquinista), Paloma Alves (percussionista) e Fl�via Cardoso (viol�o). O �lbum traz 14 faixas, cujas letras n�o se limitam � rela��o entre casais. “Levo comigo”, por exemplo, fala da paix�o materna.
“Por ser uma banda, a gente se agrega muito. Cada uma tem o seu posicionamento, um pensamento sobre o amor. A gente fala de amor rom�ntico, n�o monog�mico, h�tero, amor-pr�prio e daquele amor inesperado. Por isso o disco se chama 'A cada esquina uma breve hist�ria sobre formas de amar'”, afirma a cantora Nat�lia Pessoa, de 35 anos.
Grande parte das composi��es � anterior � pandemia – quatro singles foram lan�ados entre 2017 e 2020. A maioria vem da parceria de Fernanda R�gila com Nat�lia Pessoa, mas h� colabora��es da percussionista Paloma Alves e da produtora Za�ra Magalh�es, diretora art�stica do �lbum.
Na abertura, Teresa homenageia Oxum, orix� que remete ao amor, por meio de uma can��o de dom�nio p�blico. “A maioria de n�s � esp�rita, da umbanda e candombl�. As religi�es africanas s�o muito fortes no grupo”, comenta Nat�lia.
A diversidade de ritmos – samba de roda, pagode, ijex� e rap-samba – � o diferencial do �lbum de estreia do grupo mineiro. “Sou daquelas que escutam tudo. O samba � meu fraco, meu amor, mas gosto muito de funk, rap e arrocha. Isso � muito livre dentro da banda”, conta. “A gente se apoia muito na hora de escrever, uma sempre compra a ideia da outra. Isso � legal, deixou o disco mais diverso.”
V�rias convidadas participam desse projeto: a baixista Karen Fidelis (na faixa “Olha s� amor”), a cantora baiana Karla Matos (“Hor�rio comercial”), DJ Attlanta (nos beats de “N�o sou mais” e “Malbec”), a flautista Raissa Anast�sia (“Saudade n�o tem hora”) e a percussionista Dani Milena (em “Padilha”).
Nat�lia Pessoa diz que a escolha de mulheres � uma forma de fortalecer a presen�a feminina no samba, g�nero musical ainda cercado de machismo. “A gente v� mulheres sempre cantando, mas como instrumentistas e na produ��o � mais dif�cil de encontrar. Ent�o, optamos por trabalhar 90% com mulheres”, comenta. O diretor musical Serginho Vilar, que cuidou das grava��es e mixagens, � o �nico homem do projeto.
Apesar das dificuldades para gravar durante a pandemia, Nat�lia Pessoa considera o resultado “muito al�m do esperado”, tendo em vista a limita��o de recursos e o prazo exigido pelo edital da Lei Aldir Blanc, que viabilizou o �lbum. “Quero que as pessoas sintam o amor que a gente colocou no disco, escutem as mensagens que ele traz e a liberdade de ritmos que ele traz”, conclui.

“A CADA ESQUINA UMA BREVE HIST�RIA SOBRE FORMAS DE AMAR”
• Disco do Grupo Teresa
• 14 faixas
• Dispon�vel nas plataformas digitais a partir desta sexta-feira (11/06)
• Informa��es: @grupoteresa
*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria