Latinos marcam presen�a na competi��o do Festival de Veneza

Depois de Cannes, Veneza. Mais antigo festival de cinema do mundo, o evento italiano vai reunir um time de grandes cineastas em competi��o pelo Le�o de Ouro. Com sua 78ª. edi��o programada para o per�odo de 1º. a 11 de setembro, o festival selecionou 21 longas para sua principal competi��o. E Pedro Almod�var � quem vai abrir a se��o oficial.  

O cineasta espanhol vai competir com "Madres paralelas", que entrela�a a vida de v�rias mulheres numa hist�ria em que ele aborda dois de seus temas favoritos: maternidade e fam�lia. 

Tamb�m foi convidado ao concurso o ganhador do Oscar italiano Paolo Sorrentino, com seu filme "The hand of God", rodado em sua cidade natal, N�poles. Nele, o diretor explica sua rela��o com o futebol, com seu �dolo Maradona, e como ele salvou sua vida.

Ap�s mais de 10 anos desde seu �ltimo filme, a premiada neozelandesa Jane Campion ("O piano", 1993) volta a competir com o longa "The power of the dog", inspirado na novela de mesmo nome de Thomas Savage, sobre uma guerra entre irm�os.

Premiado em 2015 com o Le�o de Ouro com seu filme "Desde all�", o venezuelano Lorenzo Vigas volta a competir em Veneza com "La caja". O casal argentino Gast�n Duprat e Mariano Cohn participa pela terceira vez da mostra com o filme "Competi��o oficial", protagonizado por Pen�lope Cruz e Antonio Banderas.

retornos Outro retorno a Veneza � o do chileno Pablo Larra�n, aclamado h� seis anos pelo seu inquietante filme sobre os mecanismos para encobrir os padres ped�filos em "O clube". Este ano ele compete com "Spencer", dedicado ao fim de semana em que Lady Diana, interpretada por Kristen Stewart, decidiu se divorciar do pr�ncipe Charles.

J� o cineasta mexicano Michel Franco, que causou impacto no ano passado com seu filme "Nova ordem", volta a Veneza com "Sundown". O Brasil participa com dois filmes: o curta “Ato”, de B�rbara Paz, e o longa “7 prisioneiros”, de Alexandre Moratto, estrelado por Christian Malheiros e Rodrigo Santoro. Ambos ser�o exibidos fora de competi��o, na se��o Orizzonti.

O cineasta sul-coreano Bong Joon-ho ser� o presidente do j�ri, que vai contar tamb�m com o diretor italiano Sav�rio Costanzo, a atriz belgo-francesa Virginie Efira, as tamb�m atrizes Cynthia Erivo (Gr�-Bretanha) e Sarah Gadon (Canad�), o cineasta romeno Alexander Nanau e a chinesa Chlo� Zhao, diretora do premiado “Nomadland”. A atriz americana Jamie Lee Curtis e o diretor e ator italiano Roberto Benigni receber�o o Le�o de Ouro por suas trajet�rias no cinema.

Veneza deve chamar a aten��o pelas sess�es fora de competi��o, pois vai exibir alguns dos principais blockbusters do segundo semestre: “Halloween kills”, de David Gordon Green; “Duna”, de Denis Villeneuve; “Noite passada em Soho”, de Edgar Wright, e “O �ltimo duelo”, de Ridley Scott. (Com a ag�ncia France Presse)

N�o fosse o teatro, n�o haveria cinema. Pelo menos no caso de “Ato”, curta-metragem de B�rbara Paz que ser� exibido no Festival de Veneza. No segundo semestre de 2020, a atriz e diretora participou do projeto Teatro em Movimento Digital, criado pela empresa mineira Rubim Produ��es. Ap�s uma imers�o com o artista argentino Mat�as Umpierrez, B�rbara, a atriz e diretora Yara de Novaes e o ator e diretor Cac� Carvalho criaram, cada um, projetos h�bridos (teatro-cinema), que foram exibidos on-line. 

“Ato”, de autoria de B�rbara Paz, ela denominou de “cine-teatro” sobre a solid�o. Fez um novo corte, mais “cinematogr�fico”, para exibir o curta de 20 minutos em festivais. O de Veneza foi o primeiro em que se inscreveu. Rodado em Ouro Preto e com roteiro de Cao Guimar�es, o filme trata da solid�o a partir de dois personagens, interpretados por Alessandra Maestrini e Eduardo Moreira.  

   

SUSPENS�O

“� uma investiga��o sobre a solid�o, dessa fase de suspens�o que estamos vivendo com a pandemia. Chamei de ‘Ato’ porque � um movimento s�. E acho que fala de uma maneira interessante do que � arte hoje. Os artistas ficaram muito tempo sem plateia e, hoje, quando estamos voltando, temos muito a dizer e n�o podendo”, afirma ela, que coproduziu o curta com Tatyana Rubim. 

B�rbara comenta que trabalhou muito na pandemia. “Fiz videoarte, di�rio visual, o curta � meio uma jun��o de tudo, j� que os outros trabalhos foram mais solit�rios, e este em equipe.” Ela retornar� a Veneza depois de ter levado, h� dois anos, o Le�o de melhor document�rio por “Babenco: algu�m tem que ouvir o cora��o e dizer PAROU”.

• “Madres paralelas”, de Pedro Almod�var (Espanha)

•  “Mona Lisa and the blood moon”, de Ana Lily Amirpour (Estados Unidos)

•  “Un autre monde”, de St�phane Briz� (Fran�a)

•  “The power of the dog”, de Jane Campion (foto) (Nova Zel�ndia/Austr�lia) 

•  “America Latina”, de Fabio d’Innocenzo e Damiano d’Innocenzo (It�lia/Fran�a)

•  “L’�v�nement”, de Audrey Diwan (Fran�a)

•  “Competencia oficial”, de Gast�n Duprat (Espanha/Argentina)

•  “Il Buco”, de Michelangelo Frammartino (It�lia/Fran�a/Alemanha)

•  “Sundown”, de Michel Franco (M�xico/Fran�a/Su�cia)

•  “Illusions perdues”, de Xavier Giannoli (Fran�a)

• “The lost daughter”, de Maggie Gyllenhaal (Gr�cia/Estados Unidos/Reino Unido/Israel)

•  “Spencer”, de Pablo Larra�n (Alemanha/Reino Unido)

•  “Freaks out”, de Gabriele Mainetti (It�lia/B�lgica)

•  “Qui rido Io”, de Mario Martone (It�lia/Espanha)

•  “On the job: The missing 8”, de Erik Matti (Filipinas)

•  “Leave no traces”, de Jan P. Matuszynski (Pol�nia/Fran�a/Rep�blica Tcheca)

•  “Captain Volkonogov escaped”, de Natasha Merkulova e Aleksey Chupov (R�ssia/Est�nia/Fran�a)

•  “The card counter”, de Paul Schrader (Estados Unidos/Reino Unido/China)

•  “The hand of God”, de Paolo Sorrentino (It�lia)

•  “Reflection”, de Valentin Vasyanovych (Ucr�nia)

•  “La caja”, de Lorenzo Vigas (M�xico/Estados Unidos)

• “Ato”, de B�rbara Paz (Mostra Orizzonti de curtas; fora de competi��o)

• Longa “7 prisioneiros”, de Alexandre Moratto (Mostra Orizzonti Extra)