(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ARTES C�NICAS

'Mulheres encenadoras em rede' destaca o trabalho das diretoras de teatro

Evento chama a aten��o para a 'invisibilidade' das artistas que se dedicam � dire��o. A atriz trans Ave Terrena abre o encontro on-line, nesta ter�a-feira


17/08/2021 04:00 - atualizado 16/08/2021 22:33

Esta noite, a diretora e atriz trans Ave Terrena faz a performance-palestra do encontro(foto: UM COLETIVO/DIVULGAÇÃO)
Esta noite, a diretora e atriz trans Ave Terrena faz a performance-palestra do encontro (foto: UM COLETIVO/DIVULGA��O)

A primeira edi��o do projeto “Mu- lheres encenadoras em rede” prop�e a discuss�o sobre as possibilidades do feminino na dire��o teatral, al�m de divulgar o trabalho de artistas inviabilizadas pela sociedade. A programa��o on-line oferece palestra-performance, mesas de debate, oficinas, resid�ncias art�sticas e podcasts. O evento, que ser� aberto nesta ter�a-feira (17/08), � dedicado a Hayd�e Bittencourt (1920-2014), diretora, atriz e pedagoga que comandou por 21 anos o Teatro Universit�rio da Universidade Federal de Minas Gerais, o TU.

A iniciativa � do coletivo Mulheres Encenadoras, com recursos da Lei Municipal de Incentivo � Cultura de Belo Horizonte. O grupo surgiu h� quatro anos no N�cleo de Pesquisa em Dire��o Teatral do Galp�o Cine Horto, coordenado por Raquel Castro.

HIST�RIA 

Raquel Castro aponta o “apagamento” do feminino nas artes c�nicas. “Eu, por exemplo, estudei teatro e tinha pouqu�ssimas refer�ncias oficiais de mulheres na �rea te�rica ou como diretoras. Historicamente, � uma fun��o mais ocupada por homens”, afirma a atriz, diretora e professora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).

“Por�m, na hist�ria sempre houve mulheres fazendo trabalhos muito significativos de dire��o teatral. N�o s� no Brasil, como em todo o mundo”, pondera Raquel, atribuindo a invisibilidade feminina � estrutura patriarcal e machista.

Nas �ltimas d�cadas, diz a fundadora do coletivo mineiro, houve avan�o da participa��o feminina. No entanto, o cen�rio ainda est� distante do ideal. Certas estruturas machistas do s�culo passado ainda prevalecem no presente, acredita ela.

“Por um lado, h� esse crescimento. Por outro, ainda existe a estrutura que n�o favorece tanto as mulheres se arriscarem no teatro e na encena��o, especialmente as mulheres negras e perif�ricas”, comenta.

O podcast “Mulheres encenadoras”, por exemplo, vai trazer depoimentos de 14 artistas ligadas ao coletivo: Ione de Medeiros, Cida Falabella, Jana�na Leite, Thalita Braga, Ju Pautilla, Marina Viana, Soraya Martins, J�lia Tizumba, Bernadeth Alves, Aline Andrade, Meire Regina, Cl�udia Henrique, Sara Rojo e Romina Paula.

“Enquanto a gente pesquisava nos livros e n�o achava muitas refer�ncias sobre diretoras, percebemos ao nosso redor mulheres atuantes, artistas de muita relev�ncia”, explica Raquel Castro, citando a cena belo-horizontina, com Cida Falabella, Ione de Medeiros e Sara Rojo. “S�o diretoras de Minas muito inspiradoras. A gente gostaria de levar a voz delas mais al�m, para que mais gente as conhe�a”.

Os sete epis�dios do podcast ser�o lan�ados �s quintas-feiras, no Spotify. A arte negra e perif�rica ganhou as mesas-redondas “Mulher, teatro e comunidade” (30/08, �s 20h), “TeatrA negra e cenas descoloniais” (23/08, �s 20h) e “O cora��o � o norte: diretoras de outros eixos” (25/08, �s 20h), al�m da oficina “Dramaturgia afrodiasp�rica – Um foco na constru��o de narrativas negras” (de 18 a 20/08, das 9h �s 11h30). “� uma forma de reverberar todas as vozes, n�o s� algumas”, explica Raquel.

Cida Falabella durante a peça
Cida Falabella durante a pe�a "Domingo", encenada em sua pr�pria casa, em 2015 (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press %u2013 24/2/15 )


ABERTURA 

A atriz e diretora trans Ave Terrena, de S�o Paulo, vai abrir o evento nesta ter�a-feira (17/08), �s 20h, com palestra-performativa. Ela vai comentar processos de cria��o de suas pe�as sobre a ditadura militar (“As 3 uiaras de SP city”, “E l� fora o sil�ncio” e “O corpo que o rio levou”) e de seu livro “Segunda queda” (2018), transformado em espet�culo po�tico-musical.

“Queremos contribuir para a reflex�o sobre a encena��o nos dias de hoje e tamb�m para o papel da mulher nesse espa�o. A ideia � deixar para tr�s o cen�rio desigual, fazer um reparo hist�rico”, conclui Raquel Castro.

*Estagi�rio sob supervis�o da editora-assistente �ngela Faria

“MULHERES ENCENADORAS EM REDE”
Abertura nesta ter�a-feira (17/08), �s 20h, com performance-palestra de Ave Terrena (SP). At� 16 de setembro. � necess�ria inscri��o pr�via para oficinas e resid�ncias art�sticas. Informa��es no Instagram e Facebook do evento @mulheresencenadoras


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)