Day deixa transbordar todo sentimento de alegria e euforia que vive com seu primeiro �lbum. “Est� sendo uma experi�ncia muito nova, � muito desafiador todos os processos que envolve, todas as burocracias desde o processo criativo at� colocar o produto nas plataformas digitais. Ver finalmente isso no mundo, o feedback das pessoas est� me deixando muito feliz e realizada. T� com um sentimento muito estranho de 'caramba, deu certo e ainda tem muita coisa para acontecer'”, comemora.
Das refer�ncias que a fizeram colocar no �lbum, a principal foi Avril Lavigne. “Nasci em 1995 e, ent�o, bem no in�cio dos anos 2000, eu era muito f� de Avril Lavigne. Eu escutei "SK8er Boi" e � uma mem�ria afetiva de ouvir e falar 'eu quero ser isso quando crescer'. Desde ent�o a Avril virou uma refer�ncia”, relembra.
Musicalmente, Day tamb�m destaca Paramore como uma grande refer�ncia, como Green Day, Simple Plan, Panic! at the Disco. Mas, quem conhece a artista sabe que na letra existe muito da experi�ncia pessoal que ela faz quest�o de contar.
“Pode falar. Eles v�o falar, mas n�o v�o me culpar s� por amar”, como diz a letra da m�sica “Fugitivos”, sugere o que enfrentou durante anos na igreja, quando percebeu que n�o se encaixava no contexto religioso que pregavam, ao se descobrir homossexual.
“Eu vivi durante bastante tempo da minha vida, acho que 20 anos, em um contexto religioso. Ainda sigo acreditando muito em Deus, que Ele � amor, que Ele � gra�a e realmente tudo isso me foi falado durante muito tempo e na hora da pr�tica eu vi algumas incoer�ncias. �s vezes as pessoas acham que eu tenho alguma coisa super contra de quem vai � igreja, mas eu tenho absolutamente coisas contra falta de respeito e a desumaniza��o de pessoas por uma coisa que se trata de contexto hist�rico”, comenta.
Tudo isso ela trouxe para o �lbum. “Brinco bastante nesse disco � em rela��o a um universo paralelo, de sonhar entre quatro paredes que foi realmente o universo que acabei criando para que eu pudesse sobreviver naquela realidade que eu vivia e n�o podia ser eu mesma”, diz.
“Eu s� comecei a entender aquela coisa do 'ame o pr�ximo como a si mesmo' quando eu pude me humanizar. A pessoa precisa se autoconhecer e ter a empatia que eles tanto pregam. Eu vivo muito mais em paz hoje e tranquila de poder ser quem eu sou e isso ningu�m me tira”, acrescenta.
O �lbum “Bem-Vindo ao Clube” est� dispon�vel em todas as plataformas digitais e a cantora tamb�m entregou um clipe cheio de refer�ncias.
A trajet�ria de Day
A cantora, que � de Goi�nia (GO), foi finalista do time Lulu no The Voice Brasil 2017. Nessa �poca, Day, que era muito f� da banda Fifth Harmony, come�ou a publicar covers da girlgroup no YouTube e ganhou uma base de f�s.
Desde ent�o, ela continuou na plataforma e enquanto isso tamb�m lan�ou m�sicas autorais, como “Clich�”, em parceria com Vit�o, e “Na Sua M�o”. Agora, ela entrega aos f�s um �lbum completo com 12 faixas.
Podcast Pouquinho
O Pouquinho � um podcast do jornal Estado de Minas e do Portal Uai, produzido e apresentado por Natasha Werneck e Luiza Rocha, que v�o levar aos f�s um pouco mais de conversa com artistas ou bandas que adoram. A inten��o � abordar essa pluralidade cultural do pa�s e contemplar a diversidade brasileira.