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Gaby Amarantos lan�a ''Purak�'' e garante: Amaz�nia faz a m�sica do futuro

Cantora levou nove anos para soltar o segundo �lbum, depois de bombar com "Treme". Novo trabalho foi criado dentro da floresta amaz�nica


06/09/2021 04:00 - atualizado 06/09/2021 07:07

Gaby Amarantos afirma que sua música expande o imaginário sobre o Norte do Brasil
Gaby Amarantos afirma que sua m�sica expande o imagin�rio sobre o Norte do Brasil (foto: Rodolfo Magalh�es/divulga��o)


Na quinta-feira (2/09), a cantora paraense Gaby Amarantos colocou fim ao hiato de quase uma d�cada sem lan�ar �lbum in�dito. O esperado “Purak�” chegou �s plataformas digitais nove anos depois de “Treme” (2012), disco respons�vel por projet�-la nacionalmente. Esse intervalo de tempo n�o � comum, ainda mais para uma artista que conquistou p�blico e cr�tica com o trabalho de estreia. Mas Gaby n�o passou os �ltimos anos parada.
 
Ap�s colher o sucesso das can��es “Xirley” e “Ex mai love” (essa �ltima tema da novela “Cheias de charme”, da TV Globo), ela passou a desempenhar o papel de comunicadora. Na televis�o paga, apresentou os realities “Gaby gringa” e “Troca de estilos”, exibidos em 2013 e 2015, respectivamente. Em 2018, assumiu o posto de integrante fixa do programa “Saia justa” (GNT) e atualmente � uma das juradas do “The voice kids” (Globo).


JALOO

A m�sica n�o ficou totalmente de lado. Al�m da participa��o em trabalhos de artistas como Johnny Hooker e o colombiano Carlos Vives, Gaby Amarantos passou um bom tempo procurando “a pessoa certa” para produzir seu segundo disco. A resposta veio depois de assistir a um show do conterr�neo Jaloo, de quem � amiga h� oito anos.

“O 'Treme' foi muito aclamado e premiado. Queria fazer algo especial no segundo disco, � altura do primeiro. Na busca por algu�m que pudesse produzi-lo, chegou o Jaloo, que � da minha terra e entende a minha sonoridade. � libertador produzir com algu�m que sabe o que voc� est� falando e transforma seus desejos musicais em realidade. Seria muito estranho eu, enquanto artista com sonoridade espec�fica, produzir m�sica com algu�m que n�o sabe o que � guitarrada ou carimb� e nunca esteve numa festa de aparelhagem”, ela afirma.
 

Quero que as pessoas enxerguem que n�s somos muito mais do que elas imaginam. Muito se fala sobre calypso ou carimb�, mas � necess�rio ir al�m disso tudo''

Gaby Amarantos, cantora

 
A rela��o entre os dois n�o � novidade. O primeiro disco de Gaby marcou Jaloo de tal maneira que ele regravou uma das faixas em seu pr�prio �lbum de estreia, “#1” (2015). Mais tarde, convidou a amiga para um dueto em “Q.S.A”, faixa de seu segundo �lbum, “ft” (2019).
 
Al�m de diretor musical de “Purak�”, ele � o parceiro de Gaby na faixa “Tchau”, lan�ada como single em janeiro de 2021. Ali�s, o �lbum � cheio de parcerias, mas d� para dizer que a mais ilustre est� na primeira faixa, “�ltima l�grima”, que conta com a participa��o de Elza Soares, Alcione e Dona Onete. “Elas est�o ali como uma forma de aben�oar esse retorno e dando uns tapas na nossa cara, para a gente parar de chorar por homem lixo”, explica Gaby. Sofrida como pede a voz das tr�s convidadas, a can��o abre os trabalhos apresentando elementos eletr�nicos associados a guitarras e percuss�es sint�ticas. A m�sica tamb�m teve o dedo do produtor mineiro Baka, conhecido pelo trabalho com a banda Rosa Neon.
 
“Meu sonho � ser igual a essas mulheres. Ser igual a Elza e cantar at� o fim do mundo. A presen�a delas � um lembrete de que a gente precisa respeitar as mulheres mais velhas. Precisamos respeitar quem abriu o caminho para a gente”, afirma.
 
“Purak�” apresenta a “Amaz�nia futurista, muito al�m do estere�tipo”, diz Gaby. “As can��es foram feitas durante v�rias imers�es na floresta. Fizemos isso em uma casa em Mosqueira. Depois fomos para um barco no meio do Rio Arapiuns, comendo peixe, tomando cacha�a de jambu, nadando no rio e escrevendo m�sica. A gente mergulhou na floresta para mostrar o que tem ali al�m do que foi proposto no 'Treme'. � um novo som a partir do ponto de vista de quem � de l�”, defende.
 
Gaby n�o poupou elementos culturais amaz�nicos. O pr�prio nome do disco faz refer�ncia ao peixe-el�trico poraqu�, que pode atingir 860 volts. “A cada m�sica, as pessoas v�o sentir pequenos choquinhos eletrizantes”, ela diz.
 
Esse clima est� presente em baladas emocionantes como “Sangrando”, parceria com a cantora e drag queen Potyguara Bardo, e “Amor pra recordar”, com a presen�a da cantora Liniker.

HUMOR

Gaby n�o deixa de lado o humor e a irrever�ncia, sua marca registrada, em “V�nus em escorpi�o”, que divide com Ney Matogrosso e Urias, e em “Rolha”, cuja letra brinca com o duplo sentido da palavra. “Eu quero rolha”, ela canta no refr�o.
 
J� em “Arreda”, que conta com a participa��o de Leona Vingativa e Viviane Batid�o, dois �cones paraenses, Gaby parafraseia Caetano Veloso para celebrar os ritmos perif�ricos que a fizeram famosa. “Abre a roda/ Tecnobrega � foda”, diz a letra.
 
“Esse disco fala da minha viv�ncia como mulher que enxerga o futuro. Ele tem m�sicas sobre sacralidade e conex�o com a �gua. Mas tamb�m tem a fuleragem de que a gente gosta tanto”, comenta.
 
Os elementos sagrados a que ela se refere est�o em “Opar�”, que conta com a participa��o de Luedji Luna, e em “Rio”, refer�ncia direta aos rios que marcam a paisagem amaz�nica.
 
Gaby define a �gua como o elemento do disco. “A floresta amaz�nica n�o � o pulm�o do mundo. Ela � o umidificador do planeta. � ela que molha, faz as chuvas acontecerem, faz com que a gente n�o tenha seca e permite que a gente respire t�o bem. No �ltimo ano, com a pandemia, a respira��o se tornou algo t�o importante na nossa vida... Precisamos ter mais responsabilidade com essa floresta. � ela que nos mant�m vivos e respirando”, afirma.
 
Com o novo trabalho, ela pretende expandir o imagin�rio sobre o Norte do Brasil. Para isso, contou com os artistas paraenses Lucas Gouv�a e Luan Zumbi, que assinam a dire��o do conte�do audiovisual do �lbum.
 
“A gente buscou trazer para o projeto artistas visuais da periferia de Bel�m. Eles representam o movimento importante que est� acontecendo no nosso estado. Est�o em revistas internacionais, trabalhando com grifes importantes. S�o eles que representam a ess�ncia do 'Purak�'”, explica.
 
“Quero que as pessoas enxerguem que n�s somos muito mais do que elas imaginam. Muito se fala sobre calypso ou carimb�, mas � necess�rio ir al�m disso tudo. O que mais as pessoas do Par� s�o? A nossa m�sica � a m�sica do futuro. N�s, da Amaz�nia, estamos pensando no futuro e propondo coisas novas”, garante.
 
Por isso, Gaby considera “Purak�” a continua��o de “Treme”. “� a ponte que decidi seguir e para onde vou a partir daqui. Esse novo disco funciona como o norteador do meu caminho. Ele tem o tecnobrega do 'Treme', mas de uma forma mais atualizada. � como olhar para esse ritmo para ver o que ele se tornou”, analisa.


PALCO

Com a agenda cheia neste segundo semestre de 2021, ela acredita que n�o subir� aos palcos antes de 2022. At� l�, Gaby segue como jurada do “The voice kids” e grava “Al�m da ilus�o”, pr�xima novela das 18h da Globo, prevista para estrear no in�cio do ano que vem.
 
Por�m, isso n�o impede que ela pense em como ser�o as apresenta��es ao vivo do novo disco. Sem entrar em muitos detalhes, diz que sua equipe est� pensando “numa coisa nova, � altura do som que a gente criou”. “Quero algo muito visual”, adianta. E avisa: “Quem quiser vai ter que estar vacinado. Caso contr�rio, n�o entra”.

"PURAK�"


  • Disco de Gaby Amarantos
  • 13 faixas
  • Deck
  • Dispon�vel nas plataformas digitais 


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