'Qualquer outra coisa' vence o 51� Festival Nacional da Can��o

Realizada durante o feriad�o da Independ�ncia no Parque de Exposi��es de Passos, no Sudoeste mineiro, a etapa final do 51º Festival Nacional da Can��o (Fenac) teria 10 contemplados, mas a qualidade das m�sicas fez com que a premia��o se estendesse a 17 concorrentes.

A grande vencedora foi “Qualquer outra coisa” (Marcos Marinho e Achiles Neto), interpretada pelo cantor Caim. Al�m do Trof�u Lamartine Babo, os autores receberam R$ 20 mil. “N� de marinheiro” (Pedro Iaco e Guinga) ficou em segundo lugar e levou o pr�mio de R$ 15 mil.

Composta por Bhez�o, N� Stopa e Paulinho Pedra Azul, “Tanto pra chegar” foi a terceira colocada, com direito a R$ 10 mil, seguida por “Pescador cavaleiro” (Mundin Rocha, M�rcia e Valter Rocha), que recebeu de R$ 7 mil. O quinto lugar foi conquistado por “Quem chora” (Dudu Lellis), apresentada pelo Grupo Madalena.

INT�RPRETE

O pr�mio de Melhor int�rprete ficou com a dupla John Mueller e Mazin Silva, de Blumenau (SC), que defendeu “A cara do rei” (John Mueller e Gregory Haertel) e recebeu R$ 3 mil.

Desta vez, por causa da pandemia, o Fenac se viu obrigado a adotar o sistema h�brido, com shows presenciais e transmiss�es on-line. Gleizer Naves, idealizador e produtor do evento, afirma que a edi��o foi um sucesso, contando com cerca de 1,3 mil inscri��es.

Realizada pela primeira vez em Passos, a final presencial teve plateia reduzida a 100 pessoas devido ao protocolo sanit�rio imposto pela COVID-19.

"Todos que se apresentaram o fizeram pela primeira vez depois que a pandemia se instalou no pa�s. Cada um que subia ao palco falava da emo��o de voltar a cantar"

Gleizer Naves, criador e organizador do Fenac

 

“Apresentadores chamavam as can��es, que eram exibidas em tel�es, intercaladas com outras atra��es presenciais, como shows musicais e de dan�a. A estrutura in�dita, com tr�s dimens�es, fez com que o p�blico pudesse viajar em cada can��o”, diz Naves.

“A qualidade das can��es impressionou os jurados. Seriam 10 finalistas, mas, como presente para os classificados, o Fenac resolveu premiar 17. Foram distribu�dos cerca de R$ 80 mil em pr�mios”, orgulha-se o criador do festival.

Al�m de pr�mios para os cinco primeiros colocados, o Fenac destinou R$ 2 mil �s m�sicas classificadas entre o sexto e o d�cimo lugar e R$ 1,5 mil �s que ficaram entre a 11ª e a 17ª coloca��o.

O Fenac foi realizado de sexta (3/09) a segunda-feira (6/09). Durante o dia, apresentou atra��es nas �reas de dan�a, artes circenses, teatro, m�sica erudita e m�sica instrumental. Anteriormente, a festa ocorria na cidade de Boa Esperan�a.

COVID

Gleizer Naves ressalta que sua grande preocupa��o foi a pandemia. “Fizemos tudo com muita seguran�a, visando a sa�de de toda a equipe que trabalhou, assim como dos artistas que se apresentaram. � noite, o p�blico foi limitado a 100 pessoas, com assentos distanciados, de acordo com as normas sanit�rias. O uso de m�scara e �lcool em gel tamb�m foi exigido”, conta.

O organizador revela que realizar esta edi��o do Fenac foi um desafio imenso. “A Prefeitura de Passos topou e fizemos no formato h�brido, por�m tomando todas as medidas exigidas pelas autoridades de sa�de, com testes para cerca de 200 artistas”, informa.

Deu tudo certo. “Todos que se apresentaram o fizeram pela primeira vez depois que a pandemia se instalou no pa�s. Cada um que subia ao palco falava da emo��o de voltar a cantar”, comenta Naves, convicto de que o formato h�brido veio para ficar.

“Em 2022, se Deus quiser, vamos fazer o festival presencial em seis ou sete cidades, mas manteremos uma parte da transmiss�o on-line. O Brasil � riqu�ssimo culturalmente. Por�m, as pessoas t�m dificuldade de se deslocar para cantar no Sul de Minas.”

O formato virtual aproximou o Fenac n�o s� das v�rias regi�es do Brasil, mas de outros pa�ses. “Este ano, tivemos cerca de 100 inscri��es de compositores dos Estados Unidos, Portugal e Chile”, comemora Gleizer Naves.