Na noite do �ltimo domingo (12/09), o perfil do ex-presidente Michel Temer no Instagram repostou no stories o post de um admirador que enaltece a frase “em um relacionamento s�rio com a democracia”, na bio do Instagram do pol�tico na rede social. Como trilha sonora, foi usada a m�sica "Genesis", o que foi o bastante para colocar o nome de sua autora, a cantora canadense Grimes, entre os assuntos mais comentados do Twitter na manh� de segunda-feira (13/09).
Para quem acompanha o mundo da m�sica, principalmente de estilos alternativos, Grimes n�o � novidade. Ela est� na ativa desde antes de meados de 2010 e tem uma carreira consolidada por cinco �lbuns bastante elogiados pela cr�tica e pelo p�blico que a acompanha. Para quem acompanha Michel Temer, talvez ela seja uma descoberta recente.
Grimes n�o � uma artista comum que produz m�sicas de apelo radiof�nico. Nascida Claire Boucher, em Vancouver, come�ou suas experimenta��es musicais enquanto estudava na Universidade McGill, em Montreal. Foi nessa mesma �poca que ela se envolveu com artistas da cena eletr�nica da cidade e lan�ou seu �lbum de estreia, "Geidi primes", inspirado no livro de fic��o cient�fica "Duna", de Frank Herbert.
Pouco depois, lan�ou seu segundo �lbum, "Halfaxa", que a colocou no radar dos ca�adores de tend�ncia musical. O disco fez com que ela fosse escalada como ato de abertura da turn� norte-americana da cantora sueca Lykke Li. Os dois primeiros �lbuns foram gravados e produzidos inteiramente em casa por ela, por meio do programa de produ��o musical GarageBand, da Apple.
Diante da aten��o que ganhou com os dois trabalhos, Grimes foi contratada pela gravadora independente 4AD, pela qual lan�ou o seu disco mais celebrado at� hoje, "Visions" (2012), o qual cont�m a m�sica "Genesis", compartilhada por Temer, al�m de outros hits como "Oblivion" e "Be a body".
Com "Genesis" e "Oblivion", Grimes estourou mundialmente e passou a ser empresariada pela empresa de Jay Z, a Roc Nation. Somadas, as m�sicas t�m cerca de 220 milh�es de reprodu��es no Spotify. Dispon�veis no YouTube, os clipes de cada uma t�m cerca de 70 milh�es de visualiza��es. Soma bastante incomum para uma artista alternativa.
Em "Art angels" (2015), seu quarto �lbum, Grimes apostou em uma abordagem pop dan�ante de sua est�tica experimental. M�sicas como "Kill V. Maim", "Flesh without blood" e "Realiti", ela aposta em instrumentais sonoramente mais limpos, diferente dos trabalhos do in�cio da carreira.
A mesma l�gica se aplica para o seu disco mais recente, "Miss Anthropocene", lan�ado no in�cio de 2020, ap�s um hiato de cinco anos sem lan�amentos in�ditos, emplacando mais uma leva de can��es que podem ser identificadas no limiar entre o pop e a experimenta��o.
Em mar�o de 2021, Grimes anunciou que estava de sa�da da 4AD para assinar com a Columbia Records. "Obrigada por sintonizar todos esses anos", ela tuitou. "Nos encontraremos novamente em breve."
NOME CODIFICADO
Em 2018, ela surpreendeu os f�s ao assumir o namoro com o magnata Elon Musk, CEO da Tesla Motors, durante o baile do Met Gala. Os dois est�o juntos at� hoje e deram � luz X � A-12, em maio de 2020. Durante entrevista ao podcast The Joe Rogan Experience, o bilion�rio afirmou que o nome da crian�a est� codificado. "X � a letra X (que, em ingl�s, se pronuncia '�quis'). O � se pronuncia como 'Ash'. E A-12 ('ei-twelve') foi a minha contribui��o para o nome. O resto foi escolhido pela minha parceira".
Em seu Twitter, a cantora deu outra explica��o. "X � a vari�vel desconhecida. � � a ortografia �lfica de AI (amor e/ou intelig�ncia artificial). A-12 = precursora da SR-17 (nossa aeronave favorita). Sem armas, sem defesas, apenas velocidade. �tima em batalha, mas n�o violenta. A = 'Archangel', minha m�sica favorita", esclareceu ela.