
Gravada no deque de uma casa na Joatinga, com vista para a Pedra da G�vea, no Rio de Janeiro, a apresenta��o vai ao ar neste s�bado (18/9), �s 20h30, pela p�gina da orquestra no YouTube e pelos canais 500 e 530 da Claro TV.
“Foi um fim de tarde lindo, com sol, m�sica maravilhosa, a paisagem, todo aquele clima de festa dedicada ao samba”, diz o regente da orquestra, Rodrigo Toffolo. Ele destaca que o encontro com o cantor e compositor carioca � homenagem aos grandes sambistas, mas o repert�rio n�o se limita ao g�nero, abarcando tamb�m can��es de Cazuza e Djavan.
PESQUISA
Toffolo diz que as sugest�es partiram do pr�prio Diogo, que assumiu seu lado int�rprete e se aventurou por praias que n�o costuma frequentar. O cantor revela que a escolha do repert�rio foi resultado de uma pesquisa informal que levou em conta o que ficaria bem com os arranjos propostos.
“Selecionamos algumas can��es que permitissem fazer a mistura de m�sica popular e orquestra. Fizemos uma pequena pesquisa e chegamos a esse resultado, que eu curti muito”, diz Diogo.
O maestro considera que, mesmo com repert�rio diversificado, o resultado � homog�neo justamente por causa da roupagem orquestral. Segundo ele, a solu��o para manter a cad�ncia e a ginga do samba foi somar instrumentos t�picos do g�nero a violinos, violas, violoncelos e contrabaixo.
“Resgatamos a pegada que o Radam�s Gnattali tinha de juntar regional de choro e grupo de cordas. Os timbres ficaram bem diferentes, e o Diogo ficou muito feliz com isso. A gente conseguiu manter a ess�ncia do samba, � ele que surge como porta-bandeira, na frente, tendo como pano de fundo a roupagem da m�sica de concerto”, diz.
� o primeiro trabalho da Orquestra Ouro Preto com o sambista carioca. “A gente tem respeito enorme pelo Diogo, que tem o sangue real do samba brasileiro”, afirma o maestro, referindo-se a Jo�o Nogueira, pai do cantor. “Ele � um dos expoentes do samba, essa heran�a que o Diogo traz torna tudo mais f�cil”, observa. “Foi uma honra e um privil�gio juntar a m�sica popular com o erudito, ainda mais com a Orquestra Ouro Preto, que � maravilhosa. Fiquei muito feliz”, salienta o cantor.
O clima de camaradagem, conforme aponta Toffolo, se reflete no bate-papo que ocorrer� na sequ�ncia da apresenta��o. A conversa passou por temas variados, como a pandemia e seus impactos para a sa�de emocional das pessoas, a dualidade de ser int�rprete e compositor de samba e compositores cujas obras foram inclu�das no repert�rio.
A-HA
No domingo, (19/9), no Sesc Palladium, a orquestra faz seu primeiro concerto presencial desde a chegada da pandemia, executando o repert�rio da banda norueguesa A-Ha, que j� havia sido apresentado em formato on-line, com grande repercuss�o, em maio deste ano. Os ingressos se esgotaram em apenas 48 horas.
“� um reencontro com o p�blico, que a gente espera ser o primeiro passo para a retomada de nossa agenda regular de concertos”, diz Toffolo, destacando o fato de que o Palladium seguir� todos os protocolos de seguran�a sanit�ria, com capacidade de p�blico reduzida a 60%, medi��o de temperatura na entrada, uso obrigat�rio de m�scara e distanciamento entre os assentos.
O outro compromisso ser� a s�rie de tr�s apresenta��es com Jo�o Bosco, em 27, 28 e 29 deste m�s, em Belo Horizonte e Ouro Preto. “Elas ser�o abertas ao p�blico, ao ar livre, mas em locais onde � poss�vel ter o controle de quantas pessoas entram, com cadeiras colocadas em frente ao palco, o devido distanciamento e o uso obrigat�rio de m�scara”, adianta o maestro.