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Estado de Minas MPB

Live destaca a obra multifacetada do genial Aldir Blanc

Neste domingo (17/10), o cantor Augusto Martins e o pianista Paulo Malaguti Pauleira apresentam releituras de parcerias do carioca com 10 compositores


17/10/2021 04:00 - atualizado 17/10/2021 09:36

O cantor Augusto Martins e o pianista Paulo Malaguti Pauleira posam sorrindo para lançar o disco 'Como canções e epidemias'
Novo disco de Augusto Martins e Paulo Malaguti Pauleira traz can��o in�dita de Aldir Blanc e Moacyr Luz (foto: Renato Varanda/divulga��o)
A obra singular de Aldir Blanc, que morreu de COVID-19 em maio do ano passado, ganha releitura do cantor Augusto Martins e do pianista Paulo Malaguti Pauleira. Neste domingo (17/10) � noite, live da dupla lan�a o disco “Can��es e epidemias”, j� dispon�vel nas plataformas digitais.

Com 14 faixas, o �lbum traz parcerias do poeta e compositor carioca com 10 autores, entre eles, Jo�o Bosco, Crist�v�o Bastos, Ivan Lins, Sueli Costa, Rosa Passos, Guinga e Moacyr Luz.  “De alguma maneira, acredito que a gente reinventou essas can��es”, afirma Martins.

“Queremos fazer homenagem ao Aldir, uma pessoa especial, � frente de seu tempo. Inquieto, ele era capaz de sorrir de suas pr�prias fraquezas, letrista de m�o cheia. ‘Ca�a � raposa’, que abre o nosso disco, parece que foi feita ontem, pois tem letra completamente atual”, comenta.

MENINGITE

 Ali�s, o pr�prio nome do novo �lbum veio de um verso da can��o-t�tulo do segundo disco de Jo�o Bosco, lan�ado em 1975. “Todas aquelas letras foram feitas pelo pr�prio Aldir, que se referia � epidemia de meningite naquela �poca. O legal � que a arte se reinventa, renasce, � reinterpretada. Isso � impressionante”, diz Martins.

O pianista Paulo Pauleira chegou ter d�vidas sobre regravar “Ca�a � raposa”, cl�ssico de Aldir e Jo�o Bosco. “Mas ela virou a can��o mais poderosa, a mais impactante do nosso �lbum. O Pauleira fez um arranjo incr�vel, tanto que Jo�o Bosco se apaixonou”, revela o cantor.

Entre as parcerias do mineiro com o carioca gravadas pela dupla est� “Querido di�rio”, que teve as palavras “me masturbei” censuradas. “Aldir tinha a capacidade de abordar qualquer tema e ficar incr�vel. N�o tinha medo de escrever coisa alguma e colocava aquilo contextualizado, n�o desperdi�ava uma palavra, algo genial”, elogia. “Gravamos esta can��o com a letra original. Por causa da censura, Aldir se viu obrigado a trocar palavras, colocou ‘Me machuquei’. N�o faz o menor sentido, ele s� bota mesmo o som ali com o intuito de sacanear a censura.”

Jo�o Bosco aprovou a releitura de Pauleira e Martins. “Arranjos maravilhosos, interpreta��es surpreendentes, uma coisa bel�ssima. E sinto o Aldir n�o estar aqui, porque tenho certeza de que ele ia se impressionar com essas releituras feitas por Augusto e Paulo”, avalizou, em mensagem enviada aos dois.

“Gostei muito da forma como foram abordadas as can��es, tanto no que diz respeito � sonoridade quanto ao entrosamento do duo. A interpreta��o de voz e piano parte de uma concep��o original para buscar um registro de muita personalidade e novos caminhos em cada can��o. Isso � tudo que um compositor deseja quando outro olha sobre sua can��o”, elogiou o autor de “Ca�a � raposa”.

Outro destaque do repert�rio da dupla � a in�dita “Muito al�m do jardim”, parceria de Aldir Blanc com Moacyr Luz.



O show on-line de hoje, que come�a �s 20h, � especial para a dupla. “As lives j� est�o diminuindo, pois as coisas presenciais t�m voltado. Mas acho bem simp�tico fazer no domingo, com as pessoas em casa nesse hor�rio”, diz o Martins, prometendo bate-papo com os internautas no intervalo das can��es.

O �lbum digital traz apenas um convidado: Z� Renato, que gravou “Filho de N�bia e Nilo”. “Como ele n�o poder� estar conosco, seremos s� eu e o Pauleira”, informa o cantor.

BATE-BOLA 
O repert�rio foi selecionado em um “bate-bola” da dupla. “Falei com Pauleira: vai voc� a� que vou aqui. Depois, nos encontramos e fizemos sugest�es para chegar a um lugar comum. Fiz pesquisa profunda. Li todas as letras publicadas do Aldir. Peguei aquele livro do Luiz Fernando Vianna (‘Aldir Blanc – Resposta ao tempo’), li uma por uma, ouvi tudo a que pude ter acesso”, conta.

O cantor chama a aten��o para um aspecto do legado de Aldir Blanc. “� interessante lembrar que a maioria dos parceiros dele � violonista. Isso ficou interessante para a gente, porque a nossa sonoridade � piano e voz, algo incomum na obra dele”, destaca Augusto Martins. “A gente quis gravar poucos sucessos, visitar can��es lindas e seus versos. A palavra � a rainha deste disco, mas, ao mesmo tempo, tem a musicalidade de cada um daqueles parceiros.”


REPERT�RIO


»  “CA�A � RAPOSA”
Aldir Blanc e Jo�o Bosco

»  “RESPOSTA AO TEMPO”
Aldir Blanc e Crist�v�o Bastos

»  “CAUSA PERDIDA”
Aldir Blanc e Rosa Passos

»  “QUERIDO DI�RIO”
Aldir Blanc e Jo�o Bosco

»  “POR FAVOR”
Aldir Blanc e Ivan Lins

»  “MUITO AL�M DO JARDIM”
Aldir Blanc e Moacyr Luz

»  “FILHO DE N�BIA E NILO”
Aldir Blanc e Moacyr Luz

»  “CORS�RIO”
Aldir Blanc e Jo�o Bosco

»  “O RANCHO DA GOIABADA”
Aldir Blanc e Jo�o Bosco

»  “ODALISCA”
Aldir Blanc e Guinga

»  “RETRATO CANTADO”
Aldir Blanc e Marcio Proen�a

»  “VALE A PENA OUVIR DE NOVO”
Aldir Blanc e Sombra

»  “�XTASE”
Aldir Blanc e Djavan

»  “ALTOS E BAIXOS”
Aldir Blanc e Sueli Costa

TIJUCA NA CAPA

Foto do bairro da Tijuca está na capa do disco 'Como canções e epidemias'
(foto: Reprodu��o)

O show de Augusto Martins e Paulo Malaguti Pauleira foi gravado num teatro da Rua Garibaldi, na regi�o do Muda, no bairro carioca da Tijuca, onde Aldir Blanc viveu. “� onde tem o Centro da M�sica Carioca Artur da T�vola, a uns 50 metros do pr�dio em que ele morou. Ent�o, h� esse esp�rito especial tijucano. Tamb�m sou cria do bairro. Tanto que a foto da capa do disco � o Vale da Tijuca, esse lugar em que a gente se fez gente”, diz Augusto Martins.



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