
A respons�vel pelas armas no set de filmagem em que o ator Alec Baldwin matou acidentalmente uma diretora de fotografia "n�o tem ideia" de por que havia muni��o real no local, afirmaram seus advogados.
A declara��o � o primeiro coment�rio p�blico de Hannah Guti�rrez-Reed , de 24 anos, desde a morte de Halyna Hutchins durantes as filmagens do western "Rust", no Novo M�xico , na semana passada.
A muni��o real do rev�lver Colt .45 que Baldwin disparou durante um ensaio atravessou o corpo de Hutchins e tamb�m atingiu o diretor Joel Souza no ombro.
"Definitivamente, este set jamais teria sido comprometido se nenhuma muni��o real tivesse sido introduzida", diz a declara��o dos representantes de Gutierrez-Reed. "Hannah n�o tem ideia de onde vieram essas balas reais".
Como armeira da equipe de filmagem, Gutierrez-Reed deveria ser respons�vel por fornecer e manter em seguran�a as armas usadas no set, garantindo sua supervis�o em tempo integral e que as mesmas permanecessem trancadas em um local seguro quando n�o estivessem sendo usadas.
Seus coment�rios chegam ap�s dias de relatos sobre a falta de seguran�a no set, incluindo alega��es de que alguns membros da equipe tinham usado as armas com muni��o real para uma pr�tica de tiro ao alvo no dia da trag�dia, o que foi negado por Gutierrez-Reed nesta sexta-feira.
"Hannah e o aderecista tinham o controle sobre as armas e ela jamais testemunhou algu�m disparando com muni��o real com essas armas, e jamais permitiria isso", diz a declara��o.
"As armas permaneciam trancadas todas as noites e durante os intervalos, e n�o existe a possibilidade de alguma delas ter ficado sem supervis�o ou ter sido utilizada por membros da equipe", acrescentaram os advogados.
Baldwin - que, al�m de atuar, produzia o filme - recebeu a arma das m�os do diretor assistente Dave Halls, que admitiu aos investigadores n�o ter checado o rev�lver propriamente antes de atestar sua seguran�a.
A pol�cia de Santa F�, onde o filme estava sendo gravado, informou que apreendeu um lote de muni��o que estava no set e que acredita que algumas das balas s�o reais.
O xerife Adan Mendoza disse aos jornalistas que havia "algum tipo de complac�ncia" no set, e que alguns integrantes da equipe reclamaram de protocolos frouxos, que podem ter contribu�do para o acidente, incluindo dois incidentes anteriores em que armas foram disparadas.
Os advogados de Gutierrez-Reed afirmaram que nenhum desses incidentes envolvendo disparos acidentais foi culpa de sua cliente, e descreveram o cen�rio de uma produ��o em que os procedimentos de seguran�a estavam em segundo plano em rela��o �s considera��es de or�amento.
Eles acrescentaram que as restri��es na produ��o tornaram "extremamente dif�cil" o foco de Gutierrez-Reed em seu trabalho como armeira.
"Ela brigou para que houvesse mais treinamento, mais dias de manuten��o das armas, e tempo necess�rio para preparar as trocas de tiros, mas acabou sendo derrotada pela produ��o e seu departamento."
"Faltou seguran�a no set de produ��o inteiro por v�rios motivos, inclusive a falta de reuni�es para tratar de aspectos de seguran�a. Isso n�o foi culpa da Hannah", concluiu o escrit�rio de advogados.